A engrenagem é uma
figura geométrica, tridimensional, um polígono de muitas faces. A
engrenagem, esta roda dentada que permite acoplar, transmitir força
e movimento a eixos é fundamental nas máquinas e equipamentos.
Há engrenagens em
tudo que possamos imaginar (desde que necessitemos de movimentos), na
bicicleta (engrenagem de corrente – coras e catracas), nos carros
(caixa de câmbio, diferencial), nos portões automáticos de
garagens (engrenagens e cremalheira), nos redutores (cora e sem fim)
e é claro nas máquinas gráficas e em especial na flexografia.
As engrenagens são
de dois tipos principais em flexografia:
-
Dentes helicoidal ( e não eliquidal ou eliquiodal como muitos pronunciam) que possui uma inclinação ou ângulo nos seus dentes (angular em relação ao eixo);
-
Dentes reto, onde o dente é reto ou paralelo ao eixo.
As engrenagens dente
reto são mais populares e utilizadas em grande parte das máquinas
de banda estreita tambor central fabricadas até o ano de 2005 onde
uma grande procura e a popularidade da Helicoidal ganhou espaço.
Hoje é raro uma máquina tambor central ser fabricada com
engrenagens dente reto.
As vantagens das
engrenagens dente reto são na sua fabricação, ajustes, montagem e
simplicidade, já que dispensam o uso de chavetas e dispositivos de
ajustes lateral sendo fixadas unicamente por um parafuso.
Já as helicoidais
possuem muitas vantagens. Pelo seu desenho e ângulo mais dentes de
uma engrenagem movida estão em contato com uma motora. Outro detalhe
no seu desenho é que se observado a inclinação dos dentes
assemelha-se a uma “rampa”, isso quer dizer que movimentos para
direita ou esquerda (paralelos ao eixo) possibilitam que a engrenagem
“suba” ou “desça) movimentando o eixo no sentido de sua
rotação para frente ou para trás (atrasando ou adiantando) a
impressão ou movimento por assim dizer. Isso permite que se tenha
ajustes de regulagem de impressão longitudinal (no sentido de
comprimento do substrato) precisos e em linha, com o equipamento
funcionando e com precisão micrométrica.
As desvantagens são
que as engrenagens helicoidais necessitam de mais cálculos para
serem fabricadas. Erros de segundos (medida angular) pode fazer com
que a engrenagem ganhe ou perca graus, o que aparentemente não é
visível mas que desgasta outras engrenagens com ela acopladas (por
exemplo, como dizem os impressores “come” a engrenagem). A
necessidade de se ter uma guia ou movimentador (gargalo como chamado
comumente) para manter a engrenagem em sua posição paralela ao
eixo, isto é necessário devido a engrenagem assemelha-se a uma
rampa, se deixar solta ela tende a “correr” para o lado de
pressão maior, ou seja, ela se movimentará para a direta ou
esquerda paralelo ao eixo. Outra necessidade é de uma chaveta, não
podemos fixar a engrenagem no eixo (no cilindro porta clichês ok,
nos outros cilindros isso muda), pois como a engrenagem é uma rampa
se movimentarmos os cilindros porta clichês para direita ou
esquerda, em busca de ajustar a impressão lateralmente e a
engrenagem for fixa no cilindro sem chaveta que permita ela correr no
eixo (mas mantém sua posição lateral pelo guia ou gargalo), a
impressão iria sair de registro no eixos longitudinal. Por isso há
chavetas nas engrenagens para que o eixo movimente-se perpendicular a
engrenagem sem mover esta da posição. E quando atuamos na guia da
engrenagem esta se move perpendicular ao eixo sem mover este,
complicado? Nem tanto ao observar uma engrenagem destas em
funcionamento é simples de entender, ou mesmo analisando o desenho
abaixo já se pode ter uma ideia de como isso funciona.
Quer saber mais?
Entre em contato comigo e tenha a certeza de aprender tudo sobre
flexografia. Treinamentos e consultorias no setor, desenvolvimento de
peças e dispositivos.
Engrenagem desenvolvida em software CAD Paramétrico por Robson Yuri |
Nenhum comentário:
Postar um comentário