quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Aula 04 - partes de um equipamento flexo tradicional

 


As máquinas e equipamentos para produção flexográfica, em especial as de rótulos e etiquetas possuem alguns elementos além dos sistemas descritos em nossa Aula 03. No decorrer de nosso curso falaremos com mais detalhes sobre estas partes e acessórios.

Vamos então conhecer mais um pouco sobre os equipamentos antes de entrarmos no assunto sobre os modelos e conceitos existentes no mercado.

  • Desbobinador - é a unidade da máquina onde colocamos o nosso rolo (bobina) de substrato para ser impresso. Seria a entrada da máquina;
  • Guias e Rolos de transporte - servem para apoiar e conduzir o substrato para o interior da máquina e entre os grupos impressores, unidades de acabamento até a saída;

  • infeed ou alimentador - é um sistema de cilindros que promove o tracionamento do substrato da bobina de entrada para o interior da máquina. Em outras palavras ele "puxa" o papel para que seja processado. Neste sistema começa acontecer o tracionamento e tensão para o interior da máquina;

  • Grupos impressores - também conhecida como cabeça de impressão, unidade de impressão e tantos outros nomes, são formados por um conjunto de cilindros distribuidores de tinta, tinteiros onde a tinta é armazenada, manípulos de regulagem e cilindro porta chapa variável (o tal do porta clichês);

  • Sistema de secagem entre cores - pode ser um simples soprador de ar quente/frio ou ainda sistemas de lâmpadas que irradiam I.R. (infravermelho) ou ainda U.V. (ultravioleta). Seu objetivo é curar (secar) a tinta entre um grupo impressor e outro permitindo assim maior velocidade de impressão;

  • Sistema de secagem final - similar ao de secagem entre cores tem o objetivo de curar (secar) a tinta antes do acabamento e rebobinamento;
  • Sistema de corte (troquelamento) - onde o processo de acabamento, corte de etiquetas é feito;
  • Sistema de corte longitudinal - usado para dividir o substrato ao meio ou em mais partes no sentido de comprimento do mesmo. Este sistema pode ser composto de discos rotativos que trabalham sobre um cilindro contra-facas, através de faca e contra-faca por cisalhamento (como uma tesoura) ou por meio de facas fixas (gillette ou lâminas);

  • Rebobinadores - permitem recolher o material impresso e os descartes (chamados de esqueleto), do corte. Seria como o final da máquina a saída.

Além disso podemos tem acessórios e dispositivos opcionais como:

  • Hot-stamping - usado para impressão e personalização através de películas que possuem cor ou cores, holografias, imagens ou outras ilustrações para cima do substrato através de pressão e calor;
  • Vídeo inspeção ou Vídeo Scan - sistema de inspeção de impressão com o equipamento rodando em tempo real e ampliação da mesma para poder proceder ajustes de registro, ajustes de cor e conferência de resultados no mesmo momento que se esta produzindo facilitando muito o trabalho do operador e permitindo maiores velocidades de produção com menos perda de qualidade;

  • Mesa de empilhamento - usado para recolher o produto impresso quando este é finalizado por corte em folhas;
  • Bombas de circulação de tinta - permitem maior qualidade na distribuição de tinta e maiores volumes em uso deixando o operador livre para cuidar de outros pontos do processo mais importantes. Permite também melhor homogeneização da tintas e menos problemas relacionados a perda de tom na diluição.

Há muitos outros acessórios e dispositivos como: registro eletrônico; equalizador de pressão de corte; sistema de contagem de etiquetas;  Alarme de portas abertas; Sistema de bateção de tintas (movimento constante de anilox); sensor de fim de bobina e ruptura de esqueleto, e tantos outros que dariam para fazer mais um curso só sobre cada um deste dispositivos.

Aguardo você na próxima aula!

Esta gostando do curso? Gostaria de sugerir um assunto para o blog? Participe e envie seus comentários. 

E se você quer um curso para sua empresa e realidade de negócio, desenvolvido para suas maquinas e produtos que atenda seu pessoal de produção, vendas e apoio entre em contato que podemos falar mais sobre um curso mais abrangente e direcionado para sua necessidade.


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Aula 03 - Os equipamentos flexográficos - Definição

 


Nossa aula anterior demos uma pequena demonstração do que pode ser impresso ou fabricado pelo processo flexografico.

Uma coisa que eu não comentei foi que a flexografia, diferentemente de outros processos de impressão é bem completo e, com uma única máquina (no caso de banda estreita) é possível realizar o trabalho do começo ao fim.

Vou explicar, imagine que você tem um rótulo para fazer e digamos que já comprou o papel cortado na medida, com um único equipamento flexográfico (impressora) você será capaz de imprimir, cortar, rebobinar e revisar em uma única etapa não necessariamente precisando de outros equipamentos.

Claro que isso seria contraproducente, mas é possível.

Mas vamos lá, os equipamentos flexográficos são em sua grande parte máquinas rotativas alimentadas por bobinas (seja ela de papel, películas plásticas ou outro material compatível com a engenharia da máquina e insumos claro).


Isso quer dizer que os produtos que serão impressos são fornecidos em bobinas (rolos). Você pode fazer a analogia de um rolo de material impresso com um rolo de papel higiênico, aquele formato de um tubete de papel sobre ele enrolado o material é o que chamamos de bobinas.

Dito isso, e com exceção de algumas máquinas de impressão de corrugado (papelão ondulado) que é alimentado por chapas (folhas de papelão), as máquinas flexográficas possuem controle de alimentação, para que o papel de bobina entre em máquina de forma controlada e tensionada (esticado sem romper) e estes controles podem ser manuais ou automáticos. 

Logo após esse mecanismo que alimenta a máquina com o substrato vem os grupos impressores (onde realmente acontece a "pintura" do papel), e na sequência a estação de acabamento (corte ou troquelado) e rebobinamento.

Algumas máquinas permitem após a impressão e acabamento, na saída, em vez de rebobinar ou enrolar em rolos o material impresso ele faz a saída em folhas ou até sanfonado (dobrados).

Então resumindo (como neste curso tudo será bem resumido mas suficiente para você se dar bem em flexografia), um equipamentos flexográfico é formado por:


  1. entrada - alimentação;
  2. grupos impressores - impressão um para cada cor, vamos explicar isso mais tarde; 
  3. troquelado ou acabamento - onde se faz o corte das etiquetas;
  4. saída que pode ser:
    1. rebobinamento (volta a formar um rolo com o material agora impresso e cortado);
    2. corte em folhas ou sheeter;
    3. sanfonador ou fanfold 

Esta é a definição mais simples possível para uma máquina flexográfica.

Mas e se for banda larga?

As máquinas banda larga já dependem mais de outros equipamentos para realizarem o trabalho todo. Em geral as impressoras banda larga somente desbobinam (alimentação), imprimem (grupos impressores) e rebobinam (saída) não possuem acabamentos como troquelado e cortadores de folhas ou ainda sanfonadores.

Não perca nosso próximo encontro dia 24/11/21

Este curso tem o proposta de assuntos técnicos resumido da flexografia de banda estreita, caso deseje um curso direcionado para sua empresa e negócio entre em contato. Nossos cursos possuem recursos áudio visuais, aplicativos para cálculos para celular android e pc windows, mac e linux, apostilas e muito mais.

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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Aula 02 - O que se pode fazer com a flexografia?


Em nossa Aula 01 definimos o que é a flexografia com palavras bem simples mas suficientes para todos do empresário ao ajudante possa saber o que é flexografia e como ela se difere de outros tipos de impressão.

Nesta Aula 02 vamos falar das possibilidades da flexografia, do que ela é capaz de produzir.

A flexografia é flexível, desde o nome até o tipo de produto que pode fazer.

Ela não fica limitada somente a rótulos ou a embalagens, ela faz muitos tipos de rótulos e milhares de tipos de embalagens.

A flexografia é usada para:

  • Impressão de rótulos - rótulos de cosméticos, alimentos, bebidas em grande parte são feitos em flexografia, um exemplo rótulos de shampoo, rótulos de vinhos e rótulos de bandejas de frios no supermercado são feitos pelo processo flexográfico;

  • Etiquetas de precifiação - aquelas etiquetinhas de preço coladas nos produtos são feitas também em flexo;
  • Etiquetas de identificação e descrição de produtos - etiquetas de tabelas nutricionais que são coladas nos produtos em supermercados;

  • Rótulos de produtos farmacêuticos - rótulos de remédios como xarope;
  • Rótulos de produtos agrícolas - como de pesticidas;
  • Etiquetas de autenticidade - como as etiquetas de cartório que validam documentos e assinaturas;
  • Etiquetas de segurança de violabilidade - selos e lacres de produtos ou alimentos;
  • Etiquetas de decoração e para brinquedos ou utencílios;
  • Figurinhas adesivas colecionáveis;
  • Etiquetas publicitárias e de promoção;
  • As famosas "praginhas" um tipo de etiqueta para campanha política com a "cara" do candidato ou número do partido;
  • Etiquetas orientativas como as usadas para sinalização;
  • Sacos e sacolas plásticas;

  • Cartuchos de papel;
  • Caixas corrugadas;
  • Etiqueta de tecido para roupas;
  • Impressão de rótulos bula;
  • Impressão de panfletos;
  • Impressão de produtos médicos hospitalares;
  • Produtos técnicos e de precisão como discos de tacógrafos;
  • e acreditem ou não até cerâmica (pisos e azulejos) são impressos em algum tipo de processo flexográfico.

O universo é enorme, inimaginável e muito promissor para flexografia.

Mas como isso é possível?

Bem, é muito simples:

  1. a flexografia tem máquinas versáteis e pode ser fabricadas para impressão tanto de produtos flexíveis, semi-rígidos e rígidos;
  2. A forma de impressão e flexível e "macia", tem resiliência e se "molda" por ser de material polímero ou borracha a qualquer tipo de substrato e rugosidade que este possa ter (porosidade);
  3. Devido os clichês serem feitos de material polímero inertes por assim dizer, não podem suportar muitos tipos de solventes e compostos químicos das tintas e assim permitirem maior diversidade de produtos usados como substratos;
  4. Por serem polímeros os clichês (formas de impressão) estas podem (a critério do fabricante destas placas, demanda e procura por novas opções) criarem materiais mais resistentes a abrasão e solventes mudando algumas caracteristicas em sua fórmulação, diferente de uma off-set por exemplo que usa chapas de material como alumínio que seriam facilmente atacadas e degradas por exemplo solventes ou compostos ácidos;
  5. As tintas flexo são líquidas o que permite melhor penetração a qualquer tipo de produto e podem ser fabricadas para "fixar" nos substratos em questão.
  6.  a distribuição da tinta pode ser facilmente alterada e permite grandes volumes sobre as placas dando maior cobertura se comparado por exemplo a off-set que a película é muito fina devido as próprias caracteristicas físico/quimicas do processo.

Claro estes são os pontos fortes, como eu disse, este curso é básico e tenderemos a tratar os assuntos de forma mais resumida.

Agora nós nos encontramos na próxima aula 17/11/21.

Para um curso mais completo, voltado para necessidade de sua empresa e pessoal, entre em contato.

 

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Aula 01 - O que é a Flexografia?


Olá, estamos inaugurando com esta Aula 01 nosso curso intensivo (básico e teórico), sobre flexografia de banda estreita (mas pode ser aplicado reservando as devidas proporções para banda larga também).

O curso tem o objetivo de ser com pouco texto, explicações simples e curtas (na medida do possível), relacionados aos assuntos teóricos mais importantes da flexografia e produção de rótulos, etiquetas e tags adesivos ou não.

Então vamos deixar de "lero-lero" e vamos para a definição.

Mas o que é flexografia afinal?

Falar de um processo de impressão sem definir o que é ele ou para que serve não é um bom começo. Eu sempre ao entrevistar candidatos para a vaga de operadores ou mesmo para trabalhar com arte (designer) para flexo e até para alguns vendedores eu faço esta pergunta: Você saber o que é flexografia? Defina para mim em poucas palavras?

Bem, se o candidato para a vaga de impressor não souber definir, mesmo com palavras deles o que é flexografia ou para que serve, ele não serve concordam?


Então vamos nos preparar para uma possível pergunta dessas que pode ser feita em sua entrevista de emprego, o que é Flexografia?

Flexografia é um processo de impressão gráfica, rotativa ou semi-rotativa que utiliza chapas de impressão (clichês), flexíveis e tintas líquida para impressão de virtualmente qualquer substrato.

Esta é a definição mais simples que se pode ter da flexografia.

Ainda podemos acrescentar que:

  1. as máquinas flexográficas são rotativas ou cilíndricas;
  2. as chapas de impressão, chamadas de clichês são relevográficas, ou seja, áreas em alto relevo onde são formadas imagens e texto (grafismos);
  3. tintas líquidas a base ou solúveis em diversos tipos de solventes como:
    1. tintas solúveis em água (base de água);

    2. tintas solúveis em álcool (base de álcool);
    3. tintas solúveis em solventes (base solventes - mistura de diversas substâncias como acetona, álcool, etileno glicol, propileno glicol, tolueno, etc.);
    4. tintas bi-componentes como as tintas reagentes a UV (ultravioleta).
  4. os substratos podem ser:
    1. papéis dos mais diversos adesivados ou não;
    2. películas plásticas como BOPP (polipropileno bi-orientado), PE (polietileno), PVC, Poliéster, PET, etc.;
    3. tecidos como cetim, nylon, etc;
    4. materiais sintéticos em geral.
  5. os substratos podem ser:
    1. flexíveis;
    2. semi-rígidos ou ainda
    3. rígidos (caso de chapas de corrugado - papelão ondulado).

 Um pouco de história:

Não sabemos ao certo quando surgiu a flexografia. Os ingleses dizem ter documentado o seu início ao fim do século XVIII (século 18), mas alguns registros mostram que a flexografia já era usada por volta de 1860 nos Estados Unidos.

As tintas da época eram simples corantes de anilina dissolvidos em álcool com pouca ou nenhuma resina para dar ancoragem, por isso que durante muito tempo a flexografia (até meados de 1950), era conhecida como "impressão anilina".

O nome flexografia no entanto foi adotado a partir de 1952 no 14° Fórum do Instituto de Embalagens também nos EUA.

A flexografia até não muitos anos atrás era considerado com um processo de impressão inferior de baixa qualidade e voltado para produtos que não necessitavam de "beleza" como sacos de ráfia, sacos de padaria e pequenas etiquetas a 3 cores.


Hoje no entanto a qualidade e aplicabilidade da flexografia é quase que incontável, pois podemos ter desde rótulos multicoloridos com imagens, fotos e aplicação de acabamentos como hot-stamping (douração), cortes especiais e estruturas diferenciadas como etiquetas no formato de rótulos bula, tintas regentes que dão autenticidade ao produto, impressão no adesivo para eliminar o uso de contra rótulo e tantas outras características inovadoras feitas em um só equipamento e em uma só etapa com a flexografia.

Por hoje é só, nós nos encontraremos na próxima semana para mais uma aula, (dia 10/11/21).
Mas se você quer um curso mais completo e abrangente escrito e ministrado para sua empresa e necessidade entre em contato.


Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...