sábado, 31 de outubro de 2020

Calculando a quantidade de material (vídeo)

 Já falamos bastante no blog sobre como calcular a matéria prima para produção de rótulos e etiquetas, mas a pedidos resolvi gravar um vídeo sobre este tema para que você aprenda de forma simples e rápida.

Para calcular a quantidade de material necessário para produção de um rótulo ou etiqueta você pode usar um papel e caneta, uma calculadora, o excel ou mesmo o LibreOffice.

Não se esqueça de dar o like e se inscrever no canal do youtube, assim podemos produzir mais vídeos e o youtube entende que o vídeo é relevante e deixa ele em destaque para você. E o desafio é: A cada 1000 likes nos vídeos postados eu coloco automaticamente um novo vídeo para você sobre assuntos de flexografia, banda estreita, técnicas e dicas ok. Em tão tem que dar like e se inscrever ok.



sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Como eu protego a impressão de uma etiqueta?

 


Ao fazer uma impressão, normalmente usamos tintas que ou são a base de água ou solvente ou ainda por cura UV.

Quando a tinta cura (ou seca se preferir) ela terá certas características de brilho, tom, reflexão, resistência a luz, produtos químicos, esfregaço (atrito), resistência água, etc.

Eliminando algumas das características como resistência a luz e radiação UV, podemos proteger nossa impressão contra o atrito, produtos químicos (alguns químicos ok, pois nem toda proteção de etiquetas é 100% efetiva), resistência a água e ainda conferir certo brilho a etiqueta e as tintas utilizadas ou uma superfície opaca sem brilho (fosca).

Dentre as técnicas mais utilizadas temos:

  • aplicação de verniz a base de água;
  • aplicação de verniz a base de solventes;
  • aplicação de verniz a por cura UV;
  • aplicação de laminação de um polímero como: Poliéster, BOPP, PE, etc

Cada uma das técnicas e produtos acima descritos promove e permite um nível de proteção e qualidade na reprodução e até um espessamento (aumenta a espessura do substrato) permitindo ainda resistências extras ao rasgo, ruptura e estiramento.


Você deve avaliar o custo do produto final e sua aplicação e resultados que deseja obter, ler o pacote técnico de exigências e tolerâncias de fabricação de sua etiqueta e então escolher mais apropriadamente o recurso e produto a ser usado e agregado a sua etiqueta.

Lembre-se que ainda que optar por um simples verniz ele vai agregar não só valor mas custos para você e nem sempre o método escolhido por você ou exigido pelo cliente poderá ser fabricado ou produzido pelo seu equipamento (máquina) ou por sua equipe (know how / conhecimento), e este deve também ser avaliado para você não ter problemas de desistir do trabalho depois de ter aceitado (isso seria negativo para você fornecedor) ou ter que amargar uma devolução pelo produto não atender as expectativas e técnicas  exigidas pelo seu cliente.

Quer saber mais? Você pode contratar meus serviços de assessoria e consultoria.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Tinta que esta no tinteiro devo devolver na lata de tinta original?


 Alguns impressores me perguntam se depois de terem realizado o trabalho com as cores Amarelo (Yellow), Magenta, Cyan e Preto (Black) podem devolver o resto de tintas para a lata (balde ou galão) de tinta virgem de mesma cor?

A resposta é NÃO, DE JEITO NENHUM.

Mas não é a mesma cor, não veio do mesmo balde?

Sim para a mesma cor e sim para veio do mesmo balde, pote ou galão mas, tem um detalhe muito importante porque você não pode devolver a tinta usada para o mesmo recipiente da tinta virgem.

Imagina você que ao trabalhar, você abriu a lata de tintas colocou no tinteiro um volume de tinta e completou com solvente (água, diluente, etc.) e começou rodar o serviço.

Seu tinteiro é um circuito fechado? Não claro que não, então o pó do ambiente, as interferências de calor e humidade incidirão sobre a tinta.

Depois o pó do papel ou substrato será carregado para dentro do tinteiro pelos clichês. 

Como eu disse ainda a pouco a consistência e viscosidade da tinta terão que ser corrigidas ou no início do trabalho ou no decorrer dele, então você vai agregar a uma tinta pura (ou quase isso) solventes, diluentes e produtos que mudarão tanto as características físico-químicas quanto o tom e a densidade da tinta.


Ai tem outros fatores, respingos de graxa e óleo provenientes das engrenagens e lubrificação dos eixos, desgastes das lâminas doctor blade (metal), desgastes dos rolos de borracha, restos de tintas que ficaram incrustadas nos cantos dos tinteiros, rolos de borracha e rolos anilox, e quando não acontece o pior aquela goteira danada que insiste em pingar uma tinta sobre o tinteiro de baixo.

Bem, se estes não são motivos suficientes de que você não pode misturar as tintas não sei mais o que pode lhe convencer de que misturar você não só contamina tintas puras quanto diminui o sucesso de reprodução de suas cromias (tendo como base o exemplo das cores CMYK citadas) nos próximos serviços (trabalhos), e a cada nova "mistura" a coisa se agrava.

Espero ter ajudado a entender por que não se deve misturar tintas.

Quer saber mais? Pode contratar meus serviços de assessoria e consultoria contato flexonews.br@gmail.com

sábado, 24 de outubro de 2020

A pedidos, um vídeo sobre grupo impressor flexográfico

 Depois de muitos leitores e inscritos no canal me cobrarem vídeos, fiz um pequeno vídeo que explica de forma bem simples o grupo impressor típico de flexográficas banda estreita.

Caso o vídeo tenhas ao menos 1000 likes, vou produzir o segundo vídeo da série e a cada novos inscritos e cada vídeo que for publicado ganhar 1000 likes eu faço um novo vídeo, com mais conteúdo e até com as sugestões dos leitores ok, então dá logo o click de gostei e inscreva-se, quanto mais inscritos e likes, mais rápido sai outro vídeo. 

Serão uma coletânea de vídeos que podem preparar você sobre o funcionamento e sobre o processo flexográfico, suas técnicas, ajustes e regulagens e transformarão você em um profissional mais completo e conhecedor de todos os pontos do processo flexo.



sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Por que não gravo vídeos de minhas abordagens e temas do blog?


 Recentemente fui perguntado por mais de um leitor por que eu não gravo vídeos?

Bem, vamos lá. Conhecimento é uma ferramenta que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso correto? 

Se você busca conhecimento em blogs sérios como o que estou comprometido a escrever, você encontra informações, técnicas, debates de assuntos que trazem parte desse conhecimento. Então se você faz sua parte e se esforça para ler, tenho a certeza que você esta em busca de respostas e esta empenhado em encontrá-las.

Sei que o mundo é moderno, que é dinâmico e que muitos vídeos quebram um baita galho, mas se você busca conhecimento deve fazer sua parte e se esforçar e após ler, encontrar o que busca ou se ficar aquela dúvida você terá o ponto de partida para novas pesquisas e experiências. 


O blog (assim como seria um vídeo baseado no texto do meu blog) tem o objetivo de primeira orientação e apresentação do assunto e caso você queira se aprofundar mais poderá contratar não somente os meus serviços de assessoria mas de outros profissionais e empresas ligadas ao assunto. Por exemplo, não sei se eu seria a pessoa mais indicada para falar sobre impostos e taxas de importação, nestes casos um contador que tenha essa vivência e especialização é o profissional mais indicado.

O outro detalhe é que gravar vídeos requer: 

  • um bom equipamento de vídeo - câmera de boa qualidade e estas custam caro;

  • um software de edição de vídeo - se não fica uma bela porcaria, há cortes a fazer, edição de cores, melhoramentos (por melhor que a câmera seja, há sempre ajustes a fazer), etc;
  • computador com bastante memória RAM, compilar vídeos precisa de processador e memória, para fazer coisa boa claro, fazer porcaria ai qualquer coisa serve.
  • um ambiente que seja tranquilo, quieto e com iluminação apropriada;
  • por falar em iluminação é outro item caro, não é uma lâmpada, são de 4 a 6 pontos de luzes diferentes para se obter resultados bons;

  • tempo para realizar a filmagem - o tempo usado para gravação;
  • tempo para edição da filmagem - este tempo geralmente consome de 5 a 6 vezes o mesmo tempo da gravação, para se ter uma ideia 20 minutos de filmagem levam de 2 a 3 horas para ficarem prontas na edição e gerar de 5 a 8 minutos de vídeo final;
  • revisão dos textos pois marcas, nomes, imagens e o conteúdo todo deve ser bem e muito bem revisto para não infringir os direitos de imagem e para que a linguagem utilizada não seja qualificada como imprópria tendo assim o canal ou vídeo bloqueado;
  •  Este são só alguns pontos e tem mais...

Tudo isso citado acima deve ser original, não estou falando em usar o tal Sony Vegas Pirata ou o Adobe Premiere também "Corsário", se você vai fazer algo e quer ter seu trabalho respeitado tem que respeitar os dos outros, concordam?

Cada processo e etapa citada anteriormente tem um custo, este custo quem se propõe a pagar? É bem difícil, quando você fala em colaboração, patrocínio as empresas e até os leitores correm como quem viu um fantasma ou assombração.

Monetizar vídeos no youtube só da certo se você tem ao menos 5 milhões de inscritos para começar a valer a pena e ter alguma retorno (e agora existem tantas restrições que até canais com 5, 10 milhões de inscritos estão com monetização bem baixa). Um detalhe vídeo monetizado são aqueles vídeos que você começa assistir ai entra uma "propaganda", ai mais 5 minutos mostra outra e cheio de propagandas que você desiste ou perde o foco do que esta vendo.

Ai também tem outro detalhe, tem alguns desocupados, essa é a palavra, que não movem uma única pilha de papel, não limpam um tinteiro (usei termos da indústria gráfica ok 😆), e vão lá no vídeo criticar o seu trabalho, fazer comentários maldosos e se aproveitar da área de comentários para pegarem carona e fazerem seu "jaba" de produtos e serviços para venderem sem patrocinar, agradecer ou sequer pedir um espacinho nosso aqui.

Eu posso gravar vídeos sim, sem problemas, mas teria que viabilizar o investimento de tempo e equipamento na base de ter patrocínio (ou permuta depende tudo é estudado), afinal é o meu tempo e conhecimento que esta sendo utilizado pesquisando para fazer matérias interessantes e úteis para os leitores e no caso de vídeos telespectadores.

Já até tentei fazer "parcerias" e até "permutas" com empresas fabricantes de máquinas, tintas, papéis, insumos e a resposta sempre foi NÃO. Então, por este motivo e não achando justo eu me esforçar  e não receber nada por isto apesar de amar ensinar e passar os conhecimentos, fazer pesquisa e ajudar. 

Um fato que inclusive já aconteceu mais de uma vez de algumas pessoas usarem meus materiais e apostilas para ministrarem seus cursos e "consultorias" alegando eles serem os autores, isso desanima.

Bem, fica ai minha explicação, não que eu descarte a possibilidade de gravar vídeos e colocar no youtube, mas no momento o custo X retorno não justifica eu investir dinheiro, tempo e ter este trabalho todo. 

Quer patrocinar? Gostaria que divulga-se seu produto, empresa ou negócio? Entre em contato: flexonews.br@gmail.com

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Novos mecanismos de vendas!


Em quase todas as minhas consultorias e assessorias, no primeiro encontro com o contratante, que por vezes é o próprio dono do negócio recebo, após alguns minutos de "bate papo" a seguinte pergunta: "Você não conhece um bom vendedor para indicar para nós?".

Acredito que a falta de profissionais e principalmente de responsabilidade de muitos (como eu disse, são mais de 35 anos atuando no segmento), faz com que sempre o empresário esteja em busca de bons vendedores.

Quando eu falo responsabilidade não é nenhuma ofensa ou de forma alguma é pejorativo, é a verdade. Responsabilidade não é só cumprir horários como muitos pensam, ou "bater metas" estipuladas pelo cronograma da empresa, responsabilidade começa no momento de marcar a visita ao cliente, em recolher e organizar as informações sobre o trabalho e o produto que deverá ser realizado, é dar um prazo realista e verdadeiro tanto para produção quanto para entrega, é estar na hora combinada com o cliente sem desculpas como já ouvi várias: "Sabe como é o transito na marginal né?", se você sabe que o transito é ruim saia mais cedo, se programe, pontualidade faz parte da venda e indica o quanto você esta comprometido e o quanto o cliente é importante para você.

Mas não estou aqui para "ensinar o ofício de vender e ser responsável" estou aqui para dizer quais mais mecanismos de vendas você pode contar com este novo cenário de reclusão e novas abordagens de distanciamento a que todos no Mundo fomos impostos.


A primeira forma de vendas com certeza é montar um bom showroom virtual, sim precisa ter um site com o nome de sua empresa, isso dá credibilidade. Você pode e deve ter redes sociais sim, mas rede social é geralmente bloqueado em empresas para acesso pelos computadores, então colocar 100% dos seus investimentos em um Alfacebook por exemplo não é uma excelente estratégia.

Outro ponto, invista em marketing digital, não adianta só colocar um site ou publicar seus produtos nas redes sociais se você não tem uma pessoa que entenda do negócio de divulgação digital dando assistência, respondendo aos interessados, organizando os anúncios, imagens, posts, etc. coloque alguém é fundamental.


Uma vez que você tem uma vitrine invista em telemarketing, sim, aquela velha forma de ter uma pessoa ao telefone ligando para os clientes, apresentando o produto, apresentando sua empresa, indicando soluções, agendando visitas técnicas e de vendedores, etc. Mas essa pessoa não pode ser qualquer um deve ser treinada, conhecer, saber o que esta falando. Muitos telemarketing não dão certo pois colocam pessoas sem conhecimento do produto e até da empresa. O telemarketing deve vestir a camisa, viver, respirar a empresa, conhecer cada canto, cada processo, cada etapa, para que no mercado de etiquetas e rótulos conseguir vender por telefone.

Invista em marketplaces, sim venda no Mercado Livre, no Magalu, na Amazon, na B2W, ou sei lá mais qual exista ou mais se aproxime do perfil e produto que sua empresa realiza. Mas só conseguira um sucesso neste setor se antes adequar as etapas já mencionadas anteriormente.

Faça um bom controle de suas finanças e elabora um bom sistema de formatar preços, contemplando não só os custos de produção mas os custos de logística, estoque e envio que são bem diferentes para o novo público que será atraído pela sua nova metodologia de vendas adotado.

Invista em embalagens interativas e explicativas, que além de protegerem o produto no transporte fale um pouco de você (sua empresa no caso), produtos e faça um merchan de seus produtos, afinal a embalagem já esta paga, e com tanta área que ela tem aproveitar um espaço para própria promoção é não só uma estratégia como inteligência.

Dê suporte, crie um canal de interação com o usuário, comprador e interessados. Seja com respostas pré montadas seja com pessoas para responder.

Crie brindes criativos e funcionais, apelos ecológicos e ambientais são muito bem vindos e mostram a sua preocupação com o futuro do planeta, isso dá no mínimo de 15% a 20% de vantagem a você em relação a seu concorrente.


Bem, os mecanismos de vendas, promoção de seus produtos e alavancadores de negócio são inúmeros, um simples Brinde, alguns minutos de um bom suporte técnico e um site bem estruturado mostrando que você sabe como fazer e principalmente o que esta fazendo fazem toda a diferença e são importantíssimos para o sucesso neste novo mercado de vendas a distância.

Quer saber mais? Pode contratar meus serviços de assessoria e consultoria: contato: flexonews.br@gmail.com

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

O dupla face serve para que mesmo?


 A fita dupla face é o método pelo qual o impressor (em algumas empresas o montador), utiliza para fixar o clichê -> forma de impressão, sobre o clindro porta clichês.

Antigamente esta fixação era feita por cola de contato (cola de sapateiro), mas com a necessidade de um forma mais prática, rápida, segura e a fim de se obter qualidade na reprodução foi sendo substituída por outras formas de fixação.

Iniciou-se o uso de fita dupla face, ainda sem muita tecnologia e sem ter uma fita com especialização, com fitas dupla faca de papel. Posteriormente usou-se as fitas dupla face de tecido (chamados até hoje por muitos impressores de esparadrapo).

Hoje no entanto além de existir uma fita dupla face especializada, especialmente desenvolvida para o uso em flexografia temos fitas de diversos tipos, larguras, espessuras e densidades. Fitas para serem utilizadas com clichês reticulados e cromias, outras especializadas para clichês e impressão de caixas corrugadas, outras ainda para uso em chapados e áreas mistas.


Quer saber mais? Entre em contato e contrate meus serviços de assessoria e consultoria. flexonews.br@gmail.com

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Quanto eu devo calcular a mais de matéria prima?

 


Esta ai uma pergunta que muitos orçamentistas, donos de empresas e até impressores me fazem mas, que sobra para o rapaz do estoque esta dura missão e é nele que vai recair a responsabilidade de perdas ou falta de material.

Vou contar um pouco de história de minha trajetória para vocês entenderem o conceito do título desta matéria ok.

Eu comecei minha carreira na indústria gráfica após sair formado do SENAI Theobaldo de Nigris como impressor (era mais um ajudante diplomado que um impressor realizado confesso), mas eu lembro bem que impressor, seja ela com a melhor formação que existe ou com o mínimo conhecimento adquirido tem um problema sério com números e com a atenção em máquina.

Se o Rapaz do estoque, enviar para produção a conta correta de material o impressor reclama que: "Assim não dá, vai faltar!" Se manda material a mais o impressor roda tudo e mais um pouco e inclusive ajusta a impressão no material do cliente (ou material da produção).


O impressor é um "oportunista nato", se tiver material limpo, novo, na bobina jumbo que não vai precisar de troca, ele acha que é capaz de ajustar a impressão nesta bobina sem perdas e ARRISCA ajustar 4 cores + 2 pantone e faca especial em um bopp metalizado importado... já viu que vai dar ruim né!

Alguns impressores eram apelidados pelos encarregados de "cupins de papel" outros eram comparados a "ferrugem" devido a voracidade com que comiam (destruíam) papel.

Por isso, oferta de mais de papel é um problema, e não é só problema em pequenas empresas (que acredito serem mais conscientes), mas em grandes empresas a coisa é pior, pois alguns impressores pensam "O patrão é rico, não tem problema usar um pouco de material." outros ainda afirma que só conseguem fazer os ajustes de cor e registro no papel do cliente em outro não dá... bem não é bem assim, mas em parte é até necessário usar um pouco do material do cliente para os ajustes finais de cor, registro e corte.

Mas, vamos lá, agora que você conhecem um pouco do que pode acontecer qual é quantidade de material extra que devo fornecer ao meu impressor para produção de um trabalho?

Novamente, depende do trabalho, dificuldades técnicas, preço de vendas (na formação do orçamento já se contempla muito do que vamos enfrentar por isso o material já estará calculado e previsto), facilidade ou melhor capacidade do impressor em desenvolver aquele trabalho ou experiência dele no equipamento que esta operando, entre outros.

Em geral e dependendo da quantidade final a ser fabricada a porcentagens estão entre 3% a 15%, claro que excluindo-se o material necessário para os ajustes de registro, corte e cores.

Mas não é regra, já presenciei serem necessários 1000 metros lineares de material nobre, virgem, para produção de somente 300 metros de material para entregar a clientes onde neste caso específico de material era um produto especial para bens duráveis com múltiplas etapas. Mas também vi em etiquetas de automação não gastarem nem 20 metros lineares de material para ajustar a faca, tubete e alinhamento de material na máquina, perda quase 0 (zero).

Mas, não podemos deixar toda a culpa para o impressor ou acusar ele de ser um devorador de papel, maquinas mal reguladas, mal ajustadas, fabricadas sem critérios, cilindros com batimento, engrenagens fora de centro ou de dentes gastos, tintas contaminadas, contra facas ruins e facas com dentes ou cegas, sem alinhamento e com problemas de rebobinamento e papéis com pouca área de retirada de esqueleto, podem comprometer o desempenho do melhor impressor que exista e assim fazer com ele consuma muito mais material e receba a culpa do desperdício, quando nestes casos a culpa é do equipamento ou escolha da largura (por exemplo) da matéria prima.

Vejam, não estou dizendo que todo impressor e um devorador de papel sem noção, muito pelo contrário, mas é comum recair sobre ele muitos dos problemas relacionados ao consumo de material. Por isso frisei bem o que ocorre e os outros problemas relacionados a perda que estão ligados a ajustes e comportamento de máquinas. Em mais de 35 anos de atuação no segmento boa parte destes anos passei como impressor, depois fui a líder, encarregado e até gerenciando e coordenando equipe. Hoje, no entanto, atuo quase que 100% do tempo dedicado a flexografia à assessoria e consultoria para indústrias do segmento flexo de banda estreita.

Quer saber mais? Entre em contato: flexonews.br@gmail.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Que papel eu uso para fabricar etiquetas de automação?

 


Seguindo a nossa linha de postagens sobre etiquetas de automação, as famosas etiquetas brancas, sem impressão, uma dúvida que paira sobre os novos convertedores é sobre que tipo de papel usar para fabricação desta etiquetas.

A resposta depende da aplicação e o método de impressão que o seu cliente vai usar.

Por exemplo, se o seu cliente for utilizar uma impressora térmica com ribbon de cera ou até misto recomendo que use o papel Transtherm (este é o nome comercial de uma famosa fábrica de papéis autoadesivos no Brasil ok), mas pedindo por este nome, é possível que seu fornecedor ou fabricante possa ter um que lhe seja similar e atenda.

Este papel foi especialmente desenvolvido para uso em impressoras térmicas com ribbon ok, dão qualidade na impressão, não soltam "pó" do recobrimento na impressora e possuem uma superfície apropriada para esta finalidade.

É mais caro? Sim claro que é, por isso seu cliente pode não aprovar o orçamento. neste caso você pode optar por produzir a etiqueta em couchê, que não é indicado 100% para esta finalidade mas, como se diz, serve.

Já se o seu cliente não vai utilizar ribbon, mas mesmo assim ainda quer usar uma impressora térmica temos que lhe oferecer o papel térmico. Este papel tem uma superfície que é sensível ao calor da cabeça de impressão e sem o uso de ribbon permite "revelar" os dados da etiqueta que será impressa. É o papel igual (conceito de funcionamento ok), os cupons fiscais ou tickets de papel térmico.


A cola? Que adesivo eu devo usar?

Neste caso há dois principais, mas a indicação mais correta deve ser feita através do levantamento da necessidade de seu cliente. Isto quer dizer que você deve saber onde ele vai aplicar a etiqueta e por quanto tempo ele quer que esta etiqueta ou sob que condições ele quer que ela permaneça aderida.

Temos duas formulações (tipos por assim dizer) de adesivos que são os a base acrílica e os hot-melt (que antigamente chamava-mos de adesivo borracha).

Cada qual tem suas características, vantagens, desvantagens e uma aplicação mais adequada. Consulte seu fornecedor para saber quais os tipos de adesivos, gramaturas e aplicações este se aplicam para indicar corretamente para seu cliente.

Quer saber mais? Pode contratar meus serviços de consultoria e assessoria na área de rótulos e etiquetas, contato: flexonews.br@gmail.com


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Como eu calculo o preço de minha etiqueta?

 


Muitos dos empresários, investidores e pessoas interessadas em ingressar no segmento flexográfico de produção de etiquetas e rótulos me procuram através de consultorias ou assessoria para saber como formatar o preço de uma etiqueta.

Formatação de preços é um trabalho para o pessoal do financeiro atrelados ao de contabilidade haja visto que envolve os custo de produção, custos fixos, aquisição de matérias primas, incidência de impostos e lucro.

Mas vou tentar dar uma "pincelada" de como é feito o cálculo de preço de vendas de uma etiqueta (eu tenho um aplicativo para celular e para pc que faz estes cálculos de forma mais rápida e simples).

Vamos usar uma produto hipotético que será uma etiqueta impressa a duas cores com um formato 100x150mm uma coluna (carreira) e 10 mil etiquetas ok.

Primeiro vamos calcular a matéria prima

Formação de preços
descrição Largura altura Esq. Dir Esq Esq Esq Alt área m²
Formato da etiqueta 100 150 2 2 3 0,015912
Total de etiquetas 10000
Total de m² 159,12
Total de ml 1.530,00

Uma vez que calculamos a matéria prima precisamos calcular as outras variáveis de nossa produção que estão listadas abaixo (veja que dependendo da sua empresa, estrutura, etapas, setores, etc. pode ser que esta tabela não se aplique 100%, lembre-se este é um ponto de partida de uma empresa fictícia ok)

Registrando valores
Descrição Preço unit preço total tempo depre valor por dep
Hora Máquina¹ R$ 160,00 R$ 320,00 1 R$ 320,00
Custo faca² R$ 1.250,00 R$ 1.250,00 24 R$ 52,08
Custo clichês R$ 130,00 R$ 130,00 1 R$ 130,00
Embalagem R$ 1,60 R$ 1,60 1 R$ 1,60
Tubete R$ 0,10 R$ 4,00 1 R$ 4,00
Tinta³ R$ 25,00 R$ 25,00 1 R$ 25,00
Dupla face R$ 18,00 R$ 18,00 1 R$ 18,00
Matéria prima R$ 2,10 R$ 334,15 1 R$ 334,15
Custo Produção
R$ 884,84

1) - hora máquina é calculada a partir do rateio de custos fixos e variáveis de sua empresa fazendo o RKW

2) - O custo da faca, por se tratar de uma faca de multiplos usos (não é exclusiva deste cliente exemplo) posso minimizar seu custo depreciando ela em 24 parcelas (2 anos) que seria o tempo médio de duração de uma faca, quando deverá ser substituida por uma nova

3) - o custo de tinta é uma estimativa para duas cores a partir do preço de custo da tinta virgem em galão dividido pela quantidade usada e desperdiçada (jogada fora) este cálculo é bem simples, pesa-se a tinta (galão) no ínicio do trabalho e ao fim do trabalho pesa-se novamente depois a diferença foi a tinta utilizada (há outras etapas envolvidas mais de forma simples é isso) e por amostragem, e média aritimética sabe-se de antemão quanto vai ser consumido em reais aproximado.

Vejam que o custo de produção para 10000 etiquetas no formato 100x150mm a duas cores fica (neste ambiente imaginário claro) R$881,84. Mas isso já é o preço de vendas?

NÃO, QUEM DERA FOSSE! Agora sobre este valor você ainda tem que incluir:

Formação de preço de vendas
Descrição incide em valor uni
Simples 12,00% R$ 163,36
Comissão vendas* 11,00% R$ 149,74
Lucro bruto 12,00% R$ 163,36
Total de etiquetas R$ 1.361,29 R$ 884,84


Veja que o preço de venda nesta ambiente exemplo será de R$1361,29 (um mil trezentos e sessenta e um reais e vinte e nove centavos), e que teremos que pagar de comissão R$149,74 de impostor R$163,36 e nosso lucro estimado será de R$163,36.

É desta forma que se monta os preços de venda, de forma correta, contemplando cada etapa, setor e taxas. Usando esta técnica e formato dificilmente terá prejuizos e saberá antecipadamente e de forma acertiva os valores que deverão ser pagos, quanto gastou e onde gastou.

Quer saber mais? pode contratar meus serviços de consultoria e assessoria. flexonews.br@gmail.com


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Vale a pena comprar uma troqueladora?

 


Essa pergunta geralmente chega até mim por iniciantes ou por quem esta querendo montar seu primeiro negócio e assim deixar de ser empregado para ser patrão.

Vamos lá, vou dedicar estas linhas a quem esta iniciando e não tem nada ainda ok, você que já tem experiência ou já atua na área pode não ser tão útil ou esclarecedor este post, mas é interessante que leia ele.

Se você vai começar, uma troqueladora pode parecer interessante já que o mundo das etiquetas brancas esta em alta. Marketplaces, logísticas, etiquetas de identificação, SKU de produtos, etc., parece que "sua chance chegou"! Mas, como gosto sempre de dizer "Nem tudo são flores, e quando são podem conter alguns espinhos ou um cheiro não tão agradável!"

Não sou pessimista, nem estou querendo "jogar areia" no negócio de alheio, longe de mim, estou falando como consultor que a mais de 35 anos atua no segmento e que acredito saber um pouco do que estou falando.

Uma troqueladora é sim uma boa opção do ponto de vista do investimento inicial, já que com pouco mais de 30 mil reais você já adquire uma e com mais uns 10 mil compra ai uns 8 modelos de facas dentre elas a tão utilizada hoje 100x150mm, 40x25 duas colunas, 60x40mm entre outras.

Mas, o mercado de etiquetas brancas é favorável e apresenta certa liquidez quando você compra e tem acesso a matérias primas com preço bom (ou seja, compra barato). Para comprar barato tem que comprar muito e negociar bem, e se você é novo neste mercado e ainda não terá crédito em uma indústria de papel (a não se que compre tudo a vista claro), não se sinta chateado com o que vou dizer, nenhuma indústria de papel vai colocar 60 mil metros quadrados de papel térmico adesivo hot-melt em sua garagem na promessa que você vai pagar, esqueça Xangri-lá não existe ok.

Outro detalhe, competir neste mercado com estas medidas de etiquetas é bem complicado, são muito concorrentes, vendedores e empresas que vende sem nota, outros que mesmo com nota possuem estruturas muito enxutas que podem praticar preços baixos, outros não sabem formatar preço e vendem a preço de "banana" mesmo, e por ai vai.


Não que você não vá ter sucesso, vai sim, mas um conselho que eu daria a você: continue empregado acho que vai ter menos dores de cabeça do que se aventurar por um mercado muito concorrido. O Sol nasce para todos sim, tem mercado para todo mundo, mas vamos e convenhamos, ficar trocando moedas, trabalhando 8, 10 horas por dia para chegar no fim do mês com uma única máquina depois de pagar todas as contas, impostos, funcionário (ou ajudante, não importa), contar o lucro e descobrir que ele é igual ou pouco mais do que você ganhava bruto como funcionário acho que não "rola não".

Vou fazer uma conta rápida se você não se convenceu:

  • vamos lá, faremos uma conta hipotética de uma matéria prima que custa R$2,80 o metro quadrado já com impostos (não vou considerar depreciação de equipamentos, custo de ferramental, custos fixos, etc, só material ok);
  • você pega uma encomenda de rolinhos de etiqueta 100x150mm com rolos com 250 etiquetas, isso quer dizer que cada rolo terá 4,05 metros quadrados correto, vamos arredondar a 4m²
  • agora cada rolinho vai usar um tubete, digamos que cada tubete custe R$0,10 centavos, lembre-se tudo hipotético ok
  • agora, temos a velocidade de corte que vai ser de 1 rolinho por minuto com troca, etc,
  • o total para produzir será de 1 minuto e o custo de material será de R$11,30 por rolo certo?
  • isso de matéria prima bruta agora é com você some a este custo o valor da hora máquina (valor hora / 60 = custo minuto), impostos, comissões de vendas (seja por marketplace ou vendedor), embalagens e o seu lucro... 

Ainda partindo deste valor hipotético veja que um rolo de etiqueta hoje é vendido em média  a R$15,90 em marketplace (para lotes de 10 rolos), então vamos fazer a conta inversa:

  • custo do material vendido pelo concorrente = R$15,90;
  • sabemos que o marketplace cobra entre 11% a 16% para vender certo, isso corresponde a R$2,54
  • tiramos então o valor de impostos no simples algo perto de 12% certo então é R$1,80
  • agora vamos dizer que hipoteticamente você obtenha um lucro sobre esta venda pretendido de 12% também são mais R$1,80
  • como disse não vou fazer conta de "quanto custa sua empresa", depreciação, etc... vamos somente subtrair agora do valor de venda de um produto ficaria=  R$15,90 - (1,80+ 1,80 + 2,54) = R$9,76 bem agora vem o cálculo do custo da matéria prima
  • para saber quanto aproximadamente deve ter custado essa Matéria prima temos que dividir os 9,76 pelos 4 metros = R$2,44 o metro quadrado

Olha, eu fiz essa conta com dados reais de um produto de venda e custos de venda de um grande marketplace ok, e diria que é IMPOSSÍVEL vender a este preço comprando material ao preço que custa hoje para um iniciante que não tem crédito, não tem know how, não tem equipamentos para produzir em grande velocidade e larguras e nem condições para "barganhar" preço.

Por isso eu digo a você, se você esta empregado não se aventure sem conhecimento e sem PODER DE COMPRA E BARGANHA, com uma única troqueladora vai passar por maus bocados até ter seu pequeno nicho de mercado conquistado ok.

Fica ai a dica. Se quiser saber mais ou uma consultoria entre em contato.

Caso queira compra ou revender etiquetas pode tentar a www.promtec.com.br 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Imprimir ou vender etiquetas sem impressão?

 


A dúvida nos tempos de hoje são: 

  • Saio para vender, crio e personalizo etiquetas para meus clientes e ganho um pouco mais sobre o valor agregado ao produto ou
  • uso marketplaces, diminuo meu quadro de funcionários e margem de lucro e me especializo em vender etiquetas em branco (sem impressão para automação).

É uma pergunta que muitos pequenos e até médios convertedores estão se fazendo.


Por um lado, personalizar etiquetas e rótulos gera um valor agregado maior, são produtos mais caros, de maior impacto e por vezes com menos concorrentes se comparado investir no mercado de etiquetas brancas de automação e logísticas, as famosas etiquetas brancas.

O mercado de etiquetas brancas cresce a cada dia em velocidade nunca antes vista. Muitas pequenas empresas, pessoas da economia informal e por conta de distânciamento social migraram seus negócios e fontes de renda para as redes sociais, marketplaces e internet. Com isso e com a baixa dos preços (mesmo com dólar quase a R$6,00 no dia em que escrevo esta matéria), nos equipamentos impressores térmicos (impressoras térmicas tipo Aquela do cavalinho das Savanas Africanas) fez com que este mercado ganha-se mais gás.


Porém, não só cresceu o consumo de etiquetas adesivas sem impressão em formatos que variam desde as 33x22mm até as 101,x152mm (4x6 polegadas) até algumas com formatos personalizados mas a venda de impressoras também cresceu.

Uma impressora hoje inkjet com tanque de tinta externo que dá maior economia custa pelo menos R$1.000,00 e uma laser não sai por menos de R$900,00 com sorte. Toner original é impraticável o preço (quase 1/3 do valor da impressora) e tinta original para as impressoras de cartucho individual descartável empata com o preço da impressora.

Isto fez crescer ainda mais a adesão para impressoras térmicas pois:

  • você compra uma impressora térmica hoje para impressão de papéis térmicos (sem uso de ribbon) por aproximadamente R$750,00 (uma foguete box, que é muito boa eu uso uma);

  • as etiquetas térmicas em rolo custam pelo menos 60% mais barato que as mesmas etiquetas em folha;
  • dispensam o uso de ribbon, tinta, toner;
  • são de 2 a 3 vezes mais rápidas por impressão de etiqueta que laser e de 3 a 4 vezes mais rápidas que inkjet;
  • permitem uma qualidade de impressão de Data Matrix, QR-Code e códigos de barras muito superior a laser e sem comparação com a Inkjet o que é fundamental para o objetivo de agilidade e automação, 95% dos códigos dão leitura em média contra até 90% da laser e 80% da inkjet;
  • dão pouca ou nenhuma manutenção, são robustas e funcionam em Windows, Linux e Mac os sem muito esforço.

Mas nem tudo são flores se comparar com as inkjet e laser temos algumas diferenças muito importantes a serem avaliadas:

  • qualidade de resolução: estas impressoras térmicas seja do tal cavalinho africano seja uma foguete box tem no máximo 208 DPI de resolução contra no mínimo 600x600 DPI de uma Laser e 1200X600 de uma Inkjet. Para reproduzir textos pequenos e imagens é incomparável (textos pequenos estamos falando de fonte tamanho 6 ou menor);
  • Largura útil: ficamos limitados a no máximo 101mm nas térmicas;
  • cores de impressão: se for térmica somente preto (apesar de existir papéis térmicos com cores como azul);
  • Imagens: péssima qualidade já que tem que reticular e converter para 208dpi perde-se muito, não faz bom degradee serve somente para traço.

Mas, voltando ao foco do título, imprimir o vender etiquetas sem impressão? Eu diria que você tem que avaliar o mercado e seus clientes.

Etiquetas sem impressão são muito mais baratas que as impressas, tem muito mais concorrentes e o preço de venda e lucro estão atrelados ao custo fixo de sua empresa e ao preço que você consegue pagar na matéria prima. Se você compra bem, barato com prazo bom, poderá ter uma liquidez maior na venda, já se você compra caro, com pouco prazo, tem uma venda não tão eficiente usando os canais de vendas online, então sua margem diminui ou até empata.


Outro detalhe a se levar em conta é o custo de envio e embalagens que você tem que considerar e computar e o custo de operação do marketplace que pode variar de 5% sobre o seu custo (no caso de usar seu website e somente o sistema de pagamento do marketplace) até 22% a 26% sobre o preço de venda do produto além é claro dos impostos incidentes na operação de venda caso optar por vender como PJ emitindo nota.

A embalagem não pode ultrapassar 3% sobre o preço de sua venda já contando com todo o sistema de proteção interna das etiquetas (plástico bolha, flocos, etc.).

Então em uma conta rápida teriamos:

  • hoje vendendo sem estar no marketplace um produto hipotético custa R$10,00 o rolo ao colocar no Markepalce teriamos:
    •  R$10,00 do produto (preço de venda normal);
    • 16% de custo de exposição e venda do produto no Mercado Livre por exemplo;
    • se o seu produto custa menos de R$99,00 o preço de venda é acrescido de R$5,00 que é um valor cobrado para "beneficiar o frete grátis" regras do marketplace citado (até a data que escrevi esta matéria eram estas regras ok);
    • custo de embalagem sobre o produto 3%;
    • Impostos (recalcular já que o preço final é a soma do frete + taxas) digamos simples nacional em torno de 12% total;
  • TOTAL: R$18,99 (dezoito reais e noventa e nove centavos) 

Vejam que para vender no marketplace o produto que você comercializa por R$10,00 virou R$18,99 e destes sobram para você os mesmos R$10,00 da venda sem marketplace, mas tem um fator que não foi computado.

Ao vender, no marketplace o frete pode ser obrigatório a você vendedor oferecer gratuito a partir de um determinado valor (no mercado livre é de R$99,00), e para que não incida o frete e você não tenha que pagar por ele tem que saber escolher muito bem a categoria de seu produto, mas ai você perde exposição. É bem complicado entender de "bate e pronto" a lógica e como proceder neste novo sistema de venda que tende a ficar mesmo depois da pandemia.

Ter o apoio de um consultor, experimentar alguns anúncios "piloto", fazer algumas contas ajustes e montar kits ajuda muito a vender e ter menos impacto no preço e assim poder concorrer de forma mais lucrativa e com maior índice de sucesso no mecanismo de venda online.

Quer saber mais?

Entre em contato.

 


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Vou montar uma empresa de rótulos e etiquetas!

 


O título não quer dizer que eu, após 35 anos atuando no setor vá ou queira montar uma indústria de etiquetas e rótulos para mim. O título é uma afirmação de alguns investidores que encontrei recentemente durante a pandemia e percebi que estes investidores estão mais "perdidos que cachorro que cai da mudança".

O motivo de estarem perdidos são principalmente dois:

  1. falta de conhecimento do segmento e o principal
  2. não contratar uma pessoa especializada para dar suporte e fazer os estudos de viabilidade necessários para abrir qualquer negócio.

Sim, a falta de conhecimento e principalmente um defeito do "brasileiro" de acreditar que sabe tudo e não precisa de ninguém dizendo o que e como fazer faz com que grande parte destas empresas levam mais tempo que o necessário para "decolar" (dar certo) e gastam muitas vezes mais do que precisam ou compram o que não é tão necessário quanto o apresentado pelos vendedores oportunistas que se aproveitam da falta de conhecimento e por que não dizer "humildade" dos futuros proprietários das indústrias de conversão de etiquetas e rótulos.

Mas, vou dar uma pequena dica, uma impressora só não faz de você "dono" de uma indústria de etiquetas e rótulos.

A coisa toda envolve outros equipamentos e profissionais como por exemplo:

  • antes de pensar em uma impressora tem que pensar em qual o mercado que você vai atuar;
  • uma vez tendo a ideias do mercado, escolha da impressora tem que pensar como dar o acabamento aos produtos impressos;
  • rebobinadeiras, sejam manuais ou elétricas são tão importantes quanto a energia elétrica para fazer sua empresa funcionar;
  • ter um bom computador para criar, ou seja, para a arte e ter softwares originais é no mínimo fundamental para o processo de criação e para começar certo, temos que respeitar os direitos autorais e de propriedades de quem cria aplicativos afinal se usamos para obter lucro nada mais justo que pagar pela ferramenta correto?;
  • funcionário ou colaborador (palavra da moda), sim, não importa se ele é fixo ou freelance tem que optar pelo bom, pelo melhor, pelo que entende e pelo que vai lhe trazer o resultado satisfatório com o mínimo de erros e perdas. Dê oportunidade a quem tem mais de 45 anos, estes caras tem experiência e vivência (se bem que tem alguns que são e continuam sendo mais ou menos, mas isso é em qualquer profissão), mas valorizem quem tem bagagem, quem tem experiência e que também precisam trabalhar e pagar suas contas. Afinal, a "garotada" de hoje não tá muito a fim de trabalhar no pesado, pegando em tintas, graxa, etc... todos eles querem ser Webdesigner, game designer e já querem começar por cima, então no esperem chegar na porta de sua empresa um funcionário com 25 anos, responsável, conhecedor, disposto a trabalhar e que quer "fazer carreira" no seu negócio que isso não vai acontecer ok.
  Bem, conhecimento é tudo, tanto na compra, aquisição, montagem de estratégia e na produção. Sem conhecimento, sem suporte, sem apoio, sem um estudo de viabilidade e do negócio que vai montar, não que vai dar errado, mas demora muito mais obter resultados e gasta-se pelo menos de 2 a 3 vezes a mais. Vejam o exemplo das prefeituras (tirando claro os roubos e desvios), que fazem uma estimativa de 1 milhão e quando terminam (quando chegam a terminar, pois grande parte nem chega a ser entregue) custou 3 ou até 4 milhões.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O mercado dos marketplaces


 Em tempos em que muitas empresas deixaram de produzir, outras deixaram de existir e algumas mudaram seu foco mas um segmento específico não só cresceu mas ofereceu grandes oportunidades não só para economia informal mas para os fabricantes de embalagens, fabricantes de etiquetas e empresas de transporte e logística, sabe me dizer qual é?

Bem se você respondeu vendas on-line acertou. Vendas on-line ou marketplaces ofereceram oportunidades não só para quem produz e vende mas para quem estava a tempos (muito antes da pandemia) desempregado, fazendo agora entregas no modelo freelance, deu oportunidade para muitas empresas de embalagens produzirem até mais que o mesmo período do ano passado, investimentos em logísticas, cadeias de distribuição e crescimentos de CD (centros de distribuição) e contratação de embaladores e pessoal de logística houve um pequeno aumento justamente para suprir este novo e promissor mercado (que tende a se perpetuar e só crescer de agora por diante).

E as indústrias de etiquetas se beneficiaram com isso e muito. Apesar de etiquetas de automação e logística terem pouco valor agregado por serem em geral em papel térmico ou couchê e sem impressão e por possuirem muitos concorrentes diretos (pois quase toda indústria de etiquetas possui facas nas medidas padrão destas transportadoras), este mercado deixou muita gente com de bom humor mesmo nessa "crise" inclusive no período de maior confinamento da pandemia.

As empresas de etiquetas, principalmente os pequenos que acreditava-se que iriam sucumbir com este momento foram as que mais se beneficiaram. Fabricavam etiquetas nos formatos 40x25mm e 100x150mm (como referência) e vendendo até com "declaração de conteúdo", como pessoa física, aproveitaram os próprios marketplaces para comercializarem aos vendedores etiquetas para logística.

Foi e esta sendo um excelente negócio, mesmo com concorrência já que é uma etiqueta que pode-se estocar sem medo de "perder" ou cometer erros de impressão, datas, códigos, cores, etc., comum em impressos em geral.


As indústrias de embalagem também ganharam muito com isso, são caixas de papelão vendidas, saquinhos, plástico bolha, papéis para embalagem, fitas adesivas, fitilhos e tantos outros produtos relacionados a pacotes e embalagens que, de certa forma, continuaram a serem vendidos sem muito impacto pelo covid.

Agora a pergunta é: até quando o mercado, como esta, vai absorver os produtos de logística e a segunda pergunta é, onde estão sendo depositados todos este resíduos?

É, eu acredito que o consumo deste material, que aumento consideravelmente abre um novo nicho de mercado ou promove um pouco valorizado e até esquecido só lembrado em reuniões da ONU ou quando algum prefeito fala dos aterros sanitários e lixões que é o de reciclagem de embalagens.

Muita embalagem esta indo para os aterros sanitários, lixões sem serem devidamente aproveitadas, em especial as de papeis, cartões e plásticas (as mais preocupantes).

Acredito que a promoção de marketplaces esta sendo muito bem vinda, mas eles não estão OLHANDO PARA O RESÍDUO gerado que é enorme e que deve ter sua atenção agora, antes que problemas maiores aconteçam no futuro.

Então fica ai a dica, quem quiser embarcar no mercado de reciclagem de embalagens, tornando a embalagem mais proveitosa, utilizável e gerando menor resíduos vai pegar um FILÃO ENORME DE MERCADO, pois, acredito que em breve será a nova PEGADA dos marketplaces valorizando quem usa, reutiliza ou recicla as embalagens.

 


domingo, 4 de outubro de 2020

Retornando aos poucos, so que não

 


Um período longo de distanciamento, reavaliação de prioridades, readequação de produtos e de conceitos, reforma e renovação de quadro de funcionários e uma incerteza assustadora nos perseguindo dia a dia.

É assim que consideramos um NOVO NORMAL, sem saber quem ou qual empresa ainda trabalha ou como trabalha.

No mercado de produção de embalagens, rótulos e etiquetas este impacto, apesar de presente e destruidor foi menos visível que em outros setores como por exemplo os de bares e restaurantes ou ainda o automotivo.

A reinvenção de novos produtos, estratégias e o tal Delivery ganhou destaque. Novas formas de entrega, de vender e de produzir começaram a serem introduzidas e muitas cairam no gosto do consumidor.

Eu diria, sem medo de errar que nunca mais seremos os mesmos, que hoje, 90 entre 100 empresas vai optar por manter os poucos funcionários que restaram em regime "home office" e a contratação tende a ser menor a cada dia, mês e ano. 


A contratação de "freelances" ou seja, pessoas que trabalharam por "job" ou empreitada será a nova realidade. O que isso quer dizer? Quer dizer que você não mais será disponível para a empresa por 30 dias, com carteira e salário tendo ou não tendo serviço, você será alocada somente quando tiver trabalho, isso quer dizer que se a empresa "pegou um serviço" ela chama você e pagara mais, mas pagara e terá você presente somente o tempo necessário para produzir aquele trabalho ou produto, depois de pronto, embalado e entregue a transportadora, você volta estar livre para outros trabalhos, empresas ou tarefas. Não haverá mais vínculo empregatício entre empresas e funciionários, teremos um crescimento maior de autônomos prestadores de serviços especializados em determinados setores.

E as indústrias de embalagens, rótulos e etiquetas seguiram em breve esta tendência. De certa forma isso será bom, pois o custo operacional e fixo das empresas tenderão a baixar e diria (sem contar as altas do dólar que mantém os custos mesmo com reduções ainda altos), que de 25% a 40% dependendo do setor, acordos e ajustes entre horários e prestadores de serviço.

Para o operador tem um lado bom e um não tão bom assim. Como operador me refiro aos funcionários ou colaboradores não importa como sua empresa o nomeia.


O lado bom: o operador por exemplo tem liberdade de horário, monta seu cronograma, ajusta e recruta o ajudante que melhor se adapta ao trabalho ou que melhor conheça as rotinas, só inicia o trabalho quando tudo esta (insumos) disponível além de, por estar por conta própria e quanto mais rápido e mais perfeito executar o trabalho mais qualificado, requisitado e melhores serão suas remunerações e não ficará preso a uma só empresa, horário e local. Claro, remuneração são mais ganhos.

O lado não tão bom: o operador não terá vínculo, registro em carteira e assim terá que fazer seu próprio controle e pagar seus impostas, taxas e INSS para que possa ter direito a aponsentadoria. Apesar de ganhar mais, não tem direito a 13°, férias, Seguro desemprego ou fundo de garantias, para isso ele terá que poupar, guardar e se prevenir. Se ele não for tão bom, qualificado será mais difícil encontrar um local para trabalhar mesmo que freelance, este é outro ponto ruim, pois pessoas com qualificação não tão expressivas acabam por trabalharem "barato" e com isso prejudicam a formatação do valor médio ou valor real aos profissionais que trabalham sério e com qualidade, reduzindo o preço de contratação e "estragando o mercado", isso aconteceu comigo como consultor, quando comecei o valor hora por consultoria no setor flexográfico (fui pioneiro no Brasil, comecei a 28 anos atrás quando o conceito de consultoria ainda era um tabú entre as empresas) era na faixa de US$60.00 (sessenta dólares), hoje não ultrapassa US$5.00 a hora. Tudo por conta da quantidade de pessoas que resolveram e se acham consultores e acabaram, sem a devida bagagem não só de conhecimento como também de estrutura técnica nas mais diversas áreas inclusive na formação de preços a cobrarem "qualquer coisa" para terem um salário.

Mas, as consultorias (depois do advento de que todo mundo virou Youtuber e especialista em alguma coisa), os bons profissionais e a RESPONSABILIDADE são pouco valorizados, e com este NOVO NORMAL estes terão a sua vida mais resumida e menos espaços no mundo cada vez mais enclausurado.

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...