quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Produzir em metros lineares ou por unidade de etiqueta impressa?


Há muito que esta dúvida paira sobre muitos impressores e empresários, o que é melhor controlar ou marcar a produção por unidade impressa (etiquetas, rótulos, tags, etc) ou por metros lineares ou metros quadrados.
Bem, depende.
Claro que realizar a produção baseado em como se vende é muito melhor, vou explicar.
Se você vende um produto por unidade, por exemplo 5 mil rótulos, o ideal é que sua produção seja feita baseada na contagem de unidades, ou rótulos na impressora e rebobinadeira.
Mas se sua venda é baseada em rolinhos de etiquetas com 25 metros cada e você vende unidade de rolos com esta medida, controlar ou produzir utilizando a escala de medidas de metros lineares é muito mais simples que por unidade de etiqueta.
Isto pode parecer bobo a princípio mas dá uma enorme diferença na produção e no volume impresso bem como na quantidade de sobra ou até de falta de etiquetas ou rolos.
Produzir rótulos utilizando-se o método de contagem por unidade é muito mais rentável e não faltará nenhum rótulos no final, ou seja, poderá embalar os 5000 rótulos do cliente com toda certeza.
Já produzir por unidades em rolinhos que utilizam metros podemos ter que um rolo no final tenha uns metros a mais ou a menos para compensar as quebras.
O problema é que grande parte das máquinas somente utiliza-se de contadores de metragem e estes são integrados as máquinas através de sensores indutivos, simples, com alguns pontos de coleta de informação, por isso as vezes temos uma medida informada e por erro acumulativa de rotação ou por um cálculo não muito bem feito na calibração do aparelho ou na distribuição dos pontos de leitura do sensor mostram leituras menores ou maiores e isso levará a uma produção com menos etiquetas ou com um consumo de papel exagerado respectivamente.
Utilizar um sistema de conversão somente (que pega a metragem e divide pelo comprimento de cada impresso ou etiqueta) também não é uma solução já que o defeito pode estar no fator de calibração usado ou nos pontos de leitura.
O ideal é corrigir este pontos ou ainda colocar um sensor de contagem de etiquetas, este sim, fará um trabalho muito preciso para ambas as funções (inclusive para contagem de metros) pois ele vai ler intervalo por intervalo e com matemática simples colocada na lógica do aparelho você tem uma medida de produção muito precisa e com variações em milímetros na produção e não em metros ou até dezenas e as vezes (não raro ok) centenas de metros a mais rodados desnecessariamente.
Eu, particularmente já desenvolvi soluções bem práticas usando sensores distribuídos em pontos estratégicos da máquina que permitem boas leituras e uma segurança muito grande nas indicações de material consumido e produzido.
O custo destas implementações e melhorias para a indústria e mesmo para quem tem as máquinas mais modestas é relativamente baixo e se paga já nas primeiras semanas tendo em vista a quantidade de informações obtidas com estes dispositivos e assim podendo avaliar perdas, velocidade e produtividade de cada máquina, operador e trabalho.
Mas isso é assunto para a segunda parte desta matéria.

domingo, 15 de setembro de 2019

O que esperar no futuro da Flexo Banda Estreita?

"O Futuro a Deus pertence!"
Esta é uma frase muito comum a muitos de nós brasileiros que colocamos a responsabilidade de nossa futuro ou de nossas ações em Deus (ou alguma entidade que acredite) ou em outra pessoa.
Não entrando no mérito de responsabilidades e assumi-las, vamos ao foco de nosso título, "O que esperar no futuro da Flexo banda Estreita?
Não só a banda estreita, mas também a indústria de banda larga, responsável pela impressão de embalagens o futuro é certo e incerto de modo geral.
Certo do ponto de vista que as tiragens cada vez mais curtas (menores) e a exigência por novos produtos e tendências forçam a mudanças radicais no conceito de fabricação e materiais usados na fabricação de embalagens e adesivos. Produtos biodegradáveis cada vez mais presentes na construção de estruturas de sacos e sacolas, tintas com menor quantidade de solventes e derivados de petróleo e máquinas mais econômicas abusando de Leds e sistemas embarcadas são já adotadas e tendências de muitas empresas.
E incerto e saber se o conceito de flexografia e processo de fabricação ainda será este que conhecemos, de máquinas modulares, tinterios, chapas de fotopolímeros e bobinas.
Mas uma coisa é fato, cada vez mais as máquinas parecendo como os modernos softwares e sistemas operacionais de computação, estão multifuncionais.
Quem me conhece sabe que sempre fui um visionário no sistema de fabricação e sistemas embarcados e alguns me chamavam de "prof. Pardal" outros até de doido, mas alguns anos a frente, após algum comentário que eu havia feito no passado, parecia loucura ou algo saído de um filme de Star Trek a "coisa" acontecia e acabavam me dando razão.
Sei que parece incrível e até surreal mas há pelo menos uns 30 anos atrás quando ainda iniciava minha vida profissional de verdade no setor flexográfico eu já falava de máquinas sem engrenagem, sistema de registro eletrônico e controle automático de cores em linha com as máquinas. Não demorou muito isso já acontece e esta disponível a quem desejar adquirir em suas máquinas por uma soma considerável de dinheiro.
Não previ o eletro bean mas comentei que a tendência de tintas sem solventes a base de água e curadas por infravermelho seriam grande sacada para os anos 90 e 2000, e não ficou longe disso, mas com a popularização do UV e a tecnologia e preços mais competitivos nas tintas o UV acabou por imperar na banda estreita.
Uma vez comentei com um amigo, coisa de uns 20 anos atrás, quando já desenvolvia projetos eletrônicos meio que no Hobby que o mundo seria dominado pelo LED e pelo Celular. Bem, não esta longe disso, led tem em tudo que é lugar, no telefone, nas TVs (onde grande parte das pessoas se deu conta do potencial do Diodo Emissor de Luz - led), nos postes de iluminação pública, nas lanternas, faróis de carros e até o UV hoje, mais seguros e sem o problema do mercúrio e radiações perigosas usa o led, mais baratos e econômicos além de muito menores.
Já o celular, se você não vê a importância dele ou descorda de mim provo o contrário. Casamentos são feitos e desfeitos por conta do celular, brigas, empregos são procurados e perdidos pelo uso devido ou indevido do celular, agendamos nossa vida, organizamos nossas contas, acessamos contas de banco e fazemos compra pelo celular, abandonamos a televisão para assistir nosso programa preferido pelo celular e pode ser que você esteja lendo esta matéria em seu celular (smartphone na realidade), então o celular é PROPRIETÁRIO DE SUA VIDA neste momento. Deixe-o em casa (desligado, não queremos mais um casamento desfeito né), e tente ficar sem ele 24 horas.... difícil né? Pois é, tem dúvidas ainda que o mundo é do Celular e não mais seu?
E isso é de certa forma bom e ruim. Sabia que podemos usar esta tecnologia para o bem? Para controlar nossa empresa e saber em tempo real o que a máquina esta produzindo? Sabia que com pouco de programação, sensores corretos e alguns circuitos integrados e microcontroladores e é claro sabendo onde ligar isso é possível, em tempo real, não só saber e diagnosticar o que e como a máquina esta se comportando mas interagir com ela a distância via internet?
Isso se chama IoT (internet das coisas, ou Internet of Things) e já é presente em algumas plataformas, principalmente em impressão digital.
Bem, mas este é um assunto longo, controverso e que cada um tem uma opinião. tem fabricante de máquina que ainda faz máquina baseado no modelo da Vamper de 1980 ou algo assim e acha que o mundo vai continuar a absorver esta "tecnologia" de 50 anos.
Fato, a Xerox, Olivetti, Kodak e tantas outras achavam que o mundo "girava" em função de uma ou de sua descoberta ou produto e que não era "necessário evoluir", estavam muito, mas muito enganadas. Elas tiveram oportunidade de mudar, de inovar, tiveram a tecnologia nas mãos e não souberam usá-las ou empregá-las e vejam o resultado...
O mesmo acontece com a flexo, eu vou fazer a minha previsão para que este texto não fique mais extenso e massante, A flexo tenderá a ser um processo de impressão que absorverá os outros processos, não teremos tantas ofertas de off-set, nem tão pouco de serigráficas teremos sim a flexo migrando ou evoluindo para uma impressora digital com módulos de impressão flexo e off-set e sistema de multiplus cortes a laser ou controlados por CNC em tempo real com mínimo uso de ferramental externo e o máximo de otimização eletromecânica e digital  com a operação feita por um único Homem e com toda a troca de substrato automatizado podendo ser bobina a bobina ou alimentada a folha com o conceito All in One (tudo em um).
O custo disso hoje (apesar de já existir algo muito similar a isso que já também previ no passado) seria proibitivo neste momento, mas é sim possível com a tecnologia de hoje construir uma máquina assim que fosse toda automatizada, digital + flexo + off-set, usando bobina e folhas (alternadamente claro) para impressão de etiquetas, rótulos e pequenas embalagens com corte laser ou cnc usando um único tamanho de faca (diâmetro de cilindro) e imprimindo a 60 ou até 80 metros por minuto.
Fica ai minha previsão para os próximo 20 ou 30 anos.
Abraços e até a próxima.

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...