segunda-feira, 28 de maio de 2018

Impressos de segurança - 1 parte

Muito tenho ouvido falar de impressos de segurança e se são possíveis fazer em impressora flexo. São vários clientes e empresas a que dou consultoria que me pedem dicas e orientações sobre este processo pois sabem de minha atuação forte nesta área que gosto tanto.
Vamos lá, antes de falar se é possível ou não fazer impressos de segurança em impressoras flexo é necessário dividir os impressos em dois grupos principais:
  • etiquetas de violabilidade e
  • etiquetas de autenticidade.
Talvez a mais comum e pouco comentada é a etiqueta de violabilidade que nada mais é que um tipo de etiqueta de segurança.
Esta etiqueta é normalmente feita de um material adesivado com cola “agressiva” e com características que possam identificar ou “mostrar” que uma determinada parte, peça ou objeto foi violado.
Complicado? Vou explicar:
Estas etiquetas são do tipo de proteção para evitar ou verificar se uma parte ou peça, por exemplo, sofreu abertura ou foi indevidamente violada. São aquelas etiquetas que normalmente estão nas tampas traseiras de um computador ou modem ou mesmo sobre parafusos que dão acesso aos componentes de seu celular ou televisão. Ao tentar remover ela rompe ou mostra frases do tipo VOID (vazio) que indicam que foram forçadas e que se destroem (rompem ou danificam-se permanentemente)não permitindo mais seu reposicionamento e uso sem que seja visível a tentativa de violar esta área onde ela esta colada.
Lacres de vinho (que são chamadas de capsulas aquele plástico de PVC que cobre a rola e a ponta da garrafa), lacres de garrafões de água e até o envólucro do maço de cigarros (carteira em alguns estados) são exemplos de lacres de violabilidade.
Já as etiquetas de autenticidade tem um sentido mais amplo e de maior valor agregado. São etiquetas que dizem que aquele produto, documento ou peça é original e válido e que não sofreu alterações. As etiquetas de autenticidade ou etiquetas de segurança como muitos chamam pode ser um simples selo de cartório que é utilizado para dizer que uma assinatura é verdadeira em um reconhecimento de firma como também garantem que a compra de um imóvel ocorreu dentro das características que estão descritas em um contrato.
Também existem etiquetas de autenticidade que indicam que um produto é verdadeiro como é o caso de etiquetas com hologramas 3D (tridimensionais) colados em cartuchos de tinta de impressoras e no parte traseira de computadores ou embaixo de notebooks indicando que o sistema operacional é legalizado e original, já que este tipo de produto é intangível a etiqueta se faz necessário.
As etiquetas de autenticidade tem um valor agregado maior, tanto na venda quanto na fabricação, e são muito mais elaboradas que etiquetas de violabilidade. Estas etiquetas além das características de adesivo e substrato também possuem diversos outros tipos de informações que permitem dar crédito e segurança para quem adquire ou vende o produto.
Por exemplo, há etiquetas de autenticidade que além do adesivo diferenciado para fixar perfeitamente e impedir sua retirada do local ainda tem:
  • fundo numismático;
  • tintas reagentes a luz UV;
  • tintas reagentes a temperatura;
  • tintas e impressão anticópia;
  • numeração sequencial;
  • marca d’água;
  • e tantas outras.
Estas características podem estarem isoladas (ser usadas apenas uma) ou em conjunto, sendo que a composição de mais de um item nas etiquetas aumenta a sua segurança e consecutivamente dificultam a sua falsificação e cópia não autorizada.
As etiquetas de autenticidade tem inúmeras aplicações, desde um cartucho de tinta para computador até remédios, documentos públicos, documentos de transferência de imóveis e automóveis até o dinheiro possui centenas de itens segurança para evitar copias indevidas. Um processo de dar segurança a um impresso e um dos mais populares (e não tão seguros quanto se pensa) é o uso de hot-stamping com hologramas. Mas este e o assunto para nosso próximo post.
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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Afinal o que é consultoria?


Consultoria - ação ou efeito de (um especialista) dar parecer sobre matéria da sua especialidade.
Vamos começar esta matéria de forma um pouco diferente, primeiro deixando claro que consultor não é o “cara” que deixou o emprego ou o perdeu mesmo e se aventura em “passar seus conhecimentos”.
Consultor também não é o impressor sem qualquer formação técnica (perdoem os muito bons profissionais que conheço e conheci ao longo destes 35 anos de profissão) que se aventura a dar consultoria e na realidade chegam nas empresas e ensinam a operar a máquina, isso tem outro nome.
E para completar o consultor, ao se dedicar ao ato de dar o parecer técnico sobre o assunto que DOMINA tem que conhecer todo o processo.
Vou explicar:um consultor que vai até sua empresa de rótulos e etiquetas por exemplo e na hora dá uma excelente lição de impressão, mas ele realiza isso com sua máquina mas um clichê que ele levou debaixo do braço, com 2kg de tintas que ele tem na bolça e falando da empresa A, B ou C que na A tem isso e roda assim e que na B tem aquilo mas o “dono” tá perdendo dinheiro e que na C é um caloteiro… ou algo assim não é um profissional muito coerente.
Apostila desenvolvida
para treinamento impressores
O consultor deve saber como proceder em sua postura e ter em mente que ele é apenas um CONSELHEIRO SÁBIO E ENTENDIDO DE TODO O PROCESSO QUE SE PROPÕE A OPINAR e desta forma o mérito sempre do sucesso é da empresa e não dele, e o mérito e de quem aplica não de quem ensina. Tem muita gente no mercado, que faz o contrário acha que só porque é ou se diz consultor, o mérito do sucesso é dele, mas e do fracasso como fica? Sim porque errar é inerente de qualquer processo seja de aprendizado seja de realização.
Então, o consultor para o setor flexográfico deve ser capaz, no meu conceito, de opinar e dar suporte a:
  • arte – deve saber como proceder em uma arte, como é uma montagem correta de etiquetas ou embalagem, quais os softwares e aplicativos que podem e devem ser utilizados, o que o mercado usa com mais frequência e se precisar sentar na frente e dar umas “clicadas” no mouse e mostrar o básico;
  • clicheria – entender como se processo o fotopolímero, até para poder dar uma ideia aos treinandos que não tem a oportunidade de conhecer uma de como é feito o clichê e porque a arte deve ser feita de uma determinada maneira e não de outra;
  • facas – saber um pouco de geometria para entender como proceder no desenvolvimento de uma ferramenta de corte de etiquetas ou embalagem para não “matar” (termo usado em mecânica para considerar uma peça mal elaborada ou fora dos padrões impossível de ser usada) a ferramenta e criar custos extras desnecessários;
  • mecânica – aqui o candidato a consultor deve ter em mente que ele não deve ter formação mecânica (seria bom, pois tem muita pseudo máquina no mercado carecendo de uma repaginada), mas saber como calcular uma engrenagem, como funciona eixos e encaixes, para que serve as peças de travamento e o que interfere nas sua falta e como proceder em caso de manutenção, que é nosso próximo tópico;
  • manutenção – o conhecimento básico de manutenção é necessário. Como falar que o equipamento não responde ou esta ruim se você não sabe por que ou como ele chegou aquele estado ou como mantê-lo funcionando apropriadamente;
  • Impressão – sim, necessário conhecer bem impressão. Não é necessário que o consultor seja um Excelente impressor, mas que entenda o que e como se faz a impressão, suas variáveis, conceitos de qualidade e registro além é claro de tintas.
  • Custos – não adianta contratar um consultor que não sabe quanto custo para fabricar uma etiqueta, e pior, que não saiba formar um preço de venda descente que contemple todas as variáveis, insumos e acessórios envolvidos;
  • leitura e interpretação – um consultor deve ler muito, saber interpretar não só um texto técnico como a ordem de serviço. Vi consultores chegarem em empresas, pegar tinta, dupla face, fazer uma colagem de clichê maravilhosa, mas não pegaram a OS (ordem de serviços) para ler, como ele esta executando um trabalho sem saber o que era para fazer? Tipo ele tem uma entidade cósmica que orienta ele sem precisar ler? Então, antes de mais nada se o consultor não souber ler e interpretar uma OS e se ele não ensina os treinando de como fazer, hummmm melhor rever o custo que você esta pagando para este profissional.
    O consultor deve ter a capacidade também de pontuar os pontos positivos e negativos da ordem de serviço, o que esta a mais e o que falta e sugerir mudanças.
    Pág. da apostila
  • E o mais importante o consultor deve ter a capacidade de poder olhar nos olhos do contratante e dizer toda a verdade, sem mascarar, sem puxar a “sardinha” para o lado dele e sem comparar como ocorre e já ouvi: “A lá no Zezinho, onde eu trabalhava quando era impressor a gente fazia assim porque a gente tinha uma maquina X”. Esqueça não é assim que deve ser feito, O Zé é o Zé e a empresa que você esta dando consultoria é outra história, outro universo e outra cultura, o consultor deve se moldar a este perfil e dar a informação correta do que deve ser feito. O mérito depois de se vai ser ou não realizado ou se vai ou não dar continuidade é todo do investidor.

Bem, tem muito mais coisas que podem e devem ser ditas. Material didático nem se fala, deve estar em mãos.
E quanto as parcerias? Bem o consultor pode e deve ter parceiros que com ele ajudam a desenvolver um bom resultado, mas também não pode ficar preso e limitado a eles pois o consultor indica é imparcial e profissional. Qualquer indicação do consultor que dê errado em sua ausência é ponto negativo para ele, por isso muito cuidado deve ser tomado.
Agora falando um pouco de minha experiência, após 25 anos só como consultor (fui pioneiro, antes até de muitos entenderem o sentido da palavra consultoria) eu cometi muitos acertos, mas também alguns erros. Nada que tenha levado a prejuízos ou falência de alguma empresa, mas erros que aqui foram mencionados.
O despreparo para o assunto é o pior inimigo do consultor, a falta de leitura, de aprimoramento, de conhecimento técnico de inglês. Não é falar inglês fluente é saber ler um fôlder de máquina e entender ao menos qual a velocidade da máquina, largura, comprimento máximo de impressão e a que ela se destina sem precisar ir no youtube ou ver as imagens.
É isso, para quem achou a matéria esclarecedora, agradeço e para quem necessita saber mais sobre consultoria e meus métodos de trabalho como consultor é só entrar em contato, atendo todo o Brasil.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Qual Linux você usa?

Após comentar sobre o uso de softwares não legalizados em algumas matérias no blog, leitores me perguntaram sobre qual a versão do Linux que eu uso.
Antes de mais nada vamos esclarecer uma coisa, Linux é o Kernel, o núcleo, o motor onde o "OS" por assim dizer, a distribuição vai rodar.
Eu optei por usar já a alguns anos o Ubuntu.
No momento que eu escrevo esta matéria a versão que estou usando é a 17.10, apesar da 18 já estar disponível para atualizar.
Além do Ubuntu para servir de base para meus pacotes (aplicativos ou softwares são chamados de pacote pelos usuários Linux), eu uso outros que são destinados a programação, desenho vetorial, tratamento de imagens, desenho mecânico e arquitetônico (para meus projetos de máquinas e automação) e desenhos 3D e criação de games.
Dentre os mais importantes que uso para o setor e indústria gráfica optei pelos seguintes aplicativos:
  • desenho vetorial:
    • Inkscape e Gravit Designer;
  • tratamento de imagens:
    • Gimp e Krita;
  • desenho 3D e criação de mockups:
    • Blender, Fusion
  • CAD e Desenho mecânico e eletrônico:
    • Qcad e KiCad
  • Pacote de escritório:
    • LibreOffice;
Os demais aplicativos são muito próximos ao Windows como navegador Web Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera e para ler e-mail Mozilla Thunderbird. A navegação web não há diferença alguma do Windows que precise ser comentada e é possível abrir aplicativos de bancos e cursos on-line do tipo estudo a distância EAD com a mesma facilidade que se faz com navegadores instalados em outros OS.

Há sim que se acostumar com algumas diferenças sutis no funcionamento de alguns aplicativos quando comparado com versões comerciais como é o caso do Corel X InkScape. Algumas facilidades nas ferramentas e nos nomes e alguns filtros padrão podem não estar presentes, mas isso não é um fator que impede seu uso. Basta se adequar e pesquisar um pouco. Com alguns dias ou até mesmo horas você já é capaz de realizar trabalhos tão bons ou até melhores dos que realizava com versões comerciais em aplicativos proprietários.
Não precisa ir para o Linux para testar ou usar estes aplicativos, muitos dele possuem versões para instalar no Windows e no Mac também.
Para saber mais dê uma olhada no vídeo que preparei e não se esqueça de inscrever-se no canal e dar o seu “joinha” se gostou.

IMPORTANTE: O áudio neste vídeo ficou um pouco baixo (narração) pois meu microfone estava desconfigurado, por isso o uso de fones pode melhorar a experiência em assistir.




terça-feira, 15 de maio de 2018

Entenda como funciona a assistência ou suporte técnico.


A assistência técnica ou suporte técnico em todos os segmentos de mercado é alvo de reclamações. São poucas ou quase raras as empresas que tem um suporte ou assistência técnica com 100% das qualificações positivas e o motivo é claro, falta infraestrutura.
Quando falo de infraestrutura eu falo do conjunto global de ferramentas, pessoas, tempo e conhecimento em um só local, o local onde o usuário solicitou a intervenção do suporte.
Seja por telefone, whatsapp, e-mail, chat ou presencial sempre alguma coisa falta para completar com excelência a solução do problema do usuário.
O maior problema no entanto é o conhecimento, ou melhor, a falta dele. O despreparo é muito grande pelo pessoal de “primeiro contato”, a triagem é mal feita e o diagnóstico é precário, resultado: Envio de uma solução que não se aplica ao produto ou ao problema presente no usuário.
Isso é desgastante, pois quando um usuário de qualquer coisa, seja máquina, carro, utensílio doméstico, software ou game liga ou busca o suporte a insatisfação já esta instaurada.
O paradigma esta em mudar isso, este foco para o lado errado da solução e insatisfação do cliente.
O ideal no entanto é que o produto ou serviço seja isento de eventos relacionados ao suporte, ou seja, livre de problemas.
Mas como garantir um ótimo serviço de suporte técnico ou assistência técnica?
Primeiro de tudo, não há como fugir disso, com investimento. E quando falo investimento não estou falando de investimento só financeiro, mas de conhecimento, ferramentas e pessoas.
E agora vou dizer outra verdade, não tem como fazer suporte de graça, alguém deve pagar por isso, pois suporte custa caro em todos os níveis da indústria. Eu arrisco dizer que fabricar é mais barato que dar suporte.
Há duas formas de dar suporte de “pagar” este investimento e ambas são custeadas pelo usuário de qualquer produto ou serviço:
  1. preço do produto – no preço do produto coloca-se um valor a mais ao custo de venda e fabricação para cobrir eventuais custos de suporte.
  2. Contrato de suporte – o contrato de suporte é um valor pago por evento, mensal ou anual para se ter a garantia de atendimento para eventuais problemas ou dúvidas.

Vamos avaliar agora cada um:
O primeiro modelo é muito comum em produtos e eletrodomésticos e também em algumas máquinas onde o custo do produto é acrescido para formar o preço de venda, prevendo algum tipo de suporte via telefone, chat, e-mail ou de indenização. Este tipo de modelo é de certa forma ruim, pois, caso você não tenha problema algum, estará pagando muito mais caro por um produto do que ele realmente vale. Para se ter uma ideia este modelo chega a triplicar o preço para o consumidor, não entendeu vou tentar dar uma ideia do que isso quer dizer:
  1. Digamos que o produto, após todos os cálculos de preço de venda, chegaria ao consumidor por R$35,00;
  2. Após avaliar através de históricos, beta testes, opiniões de consumidores escolhidos para usarem o produto no seu pré-lançamento e da avaliação dos engenheiros do projeto faz-se uma estimativa de quanto tempo levaria o suporte para solucionar o problema mais simples e qual o tempo levaria para solucionar o problema mais complicado. Após esta análise eles avaliam se o suporte poderia ser (para os dois problemas) dado por: telefone, e-mail, whatsapp, chat, web site, etc ou se é necessário o aparelho ou produto físico para conserto ou avaliação;
  3. definido qual será o meio principal de suporte eles avaliam o custo de treinamento do pessoal para poder atender a demanda e quantas pessoas de início serão necessárias e se:
    1. contratam call center genérico para fazer a “triagem” e dar os primeiros “toques” de suporte antes de transferirem para um “cara” que saiba realmente o que fazer
    2. ou se assuem o setor de assistência e incluem mais este “setor” em sua folha de pagamento e estrutura.
  4. Agora uma vez que o financeiro “sabe” na teoria e por estimativa o qual ser o gasto baseado na porcentagem de produtos que possam dar defeito ou de usuários leigos que precisariam de auxílio eles dividem isso pela quantidade do lote ou dos lotes a serem fabricados e acrescentam impostos, taxas, correção monetária, custo financeiro e somam aos primeiros R$35,00 do produto, lembram, que mencionei logo no começo.
  5. Digamos que este custo seja de R$78,35 para cada aparelho no lote, então o custo de venda será de R$35,00 + R$78,35 = R$113,35 – veja como encareceu o produto.

No segundo modelo, que mais gosto em todos os sentidos é mais tranquilo pois o preço do produto recebe um pequeno acréscimo para atender a demanda de um call center para dúvidas iniciais e redirecionamento de chamada ou setor e se você realmente deseja o suporte uma taxa para o suporte momentâneo ou por alguns dias é cobrada ou um contrato de suporte é enviado para você pagar mensal, trimestral ou anualmente.
Este modelo é muito adotado pelas empresas de software que hoje em dia praticamente lhe “dão” o aplicativo de graça ou cobrando uma pequena taxa para download (pois mídia física nem existe mais) e depois lhe vendem um pacote se suporte por alguns dólares mensais.
A vantagem é que se você não precisar do suporte, pagará muito, mas muito mais barato pela mercadoria. A mesma mercadoria que custaria R$35,00 com a modalidade de contratação de suporte chegaria para você por uns R$45,00 ou no máximo R$50,00. Viram a diferença.
Por este motivo muitos produtos custam tão caro, pelo risco que as empresas correm por colocá-los no mercado e terem que arcar com a solução do produto não funcionar.
Mas lembre-se alguns produtos são caros mesmo, não vá aplicar esta regra para um anel de ouro ou uma panela.
Outros produtos no entanto você paga pelo direito de usar o “nome” ou produtos de grife como é o caso de uma Bolsa Louis Vuitton ou Giorgio Armani.
Em máquinas e equipamentos do setor gráfico, em especial o de flexografia nacional, não vemos uma preocupação tão grande como vemos com o setor de máquina off-set. Até a postura dos técnicos de instalação das máquinas e completamente diferente.
Eu tive a oportunidade de acompanhar em minhas consultorias a instalação de muitas máquinas e equipamentos, desde pequenas flexo tambor central nacional até grandes impressoras off-set e flexo de tambor central banda larga, banda estreita e modular de vindas de vários países, é gritante a diferença de postura, conhecimento e atenção que os técnicos dispensam não só com o equipamento que estão montando, quanto com você usuário ou proprietário da máquina.
Até as ferramentas que eles trazem para montagem são mínimas, mas, eficientes. Chaves limpas, nenhuma quebrada ou “remendada” com fita. Nível de precisão para alinhar a máquina e até, arruelas e parafusos sobressalentes para eventuais reposições ou trocas.

Fora que o equipamento vem com manual impresso (para ficar ao “pé da máquina”) e um em Pendrive completíssimo com a lista de cada parafusinho, porquinha, lateral, cilindro, eixo, etc.
Em caso de quebra ou substituição basta pegar a peça, conferir o part number, ligar para a assistência e pedir. Em alguns dias ou até horas a peça estará embarcando para você com total segurança e garantia de que vai funcionar.
Bem, mas é isso, espero quer a matéria tenha sido esclarecedora sobre assistência técnica.
Para saber mais entre em contato.


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Um pouco de história da flexo no Brasil (vividas por mim)

Quando iniciei no mundo das artes gráfica a tipografia era um processo atual e muito utilizado e montador e retocador de fotolito eram contratados a “peso de ouro”.
A busca por impressores off-set nos classificados dos principais jornais do país ocupam de uma a duas páginas e quem era diagramador tinha status de executivo.
Tempos em que o profissional era valorizado pelo seu conhecimento e desempenho e o conhecimento fazia a diferença. Tempos onde as empresas colocavam “plaquinhas” em suas portas em busca de profissionais e a entrevista era feita pelo encarregado que colocava você na frente do equipamento para um “teste prático”, onde você podia, por meritocracia, revelar o quanto sabia e assim ser contratado ou não.
Encarregados eram como “capatazes” que vigiavam os funcionários e estes respeitavam a hierarquia e aos comandos dados.
O RH era somente depto. pessoal e o dono ficava no alto de uma sala com um vitro de onde, as vezes, gritava com o encarregado: “sobe aqui, preciso falar com você”.
A flexografia estava engatinhando no Brasil, ainda usávamos clichês de borracha, prensas de vulcanização e baquelite. Cola de benzina estavam sobre as bancadas juntamente com facas feitas de lâminas de serra usada e réguas de plástico carcomidas nas pontas.
A impressão flexo era uma forma de pintar papel ou marcar alguma informação, quadricromia, pantone, tintas UV isso era impensável, na realidade muitos de nós nem sabia o que era ou se existia.
Impressora Brasibérica
Modular, nem se passava na cabeça dos projetistas e tambor central era, na banda estreita, um mercado da Ibirama. Banda larga era conhecida como impressão de embalagens. A gente tinha Horvat, Brasibérica, Tayo Thunder que depois virou Thunder Comat, Rami e outros pioneiros e desbravadores. Lembro-me do Sr. Miguel, da Thunder, me deu um estágio em sua fábrica e me apresentou a Bril Loyd onde fiz um estágio de tintas, aprendi muito lá, este foi um dos percursores da tecnologia e um dos primeiros a escrever sobre flexo nas revistas gráficas especializadas e se não o primeiro em trazer o conceito da FTA para o Brasil, um grande homem, em todos os sentidos ele tinha quase dois metros (se não mais...rs).
Sr Miguel sendo homenageado
A Divani era uma potência, tinha unidades distintas para impressão de sacos multifoliados em papel, impressão de embalagens papel e plástico, nesta época o Mappin era o que mais se aproximava de um shopping center e a Mesbla era a segunda opção de compras.
A Toga ainda era uma única empresa e a Dixie dominava a fabricação de copos descartáveis de papel, não existia copos em PS.
Notas fiscais eram impressas em matricial e o carbono fazia parte de tudo, desde o bloco de pedidos do vendedor até no contracheques do funcionário.
Antigo prédio do Mappin
As tintas não havia muito evolução ou era a base de água para impressão de papel do tipo caixas de papelão e sacos de “padaria” ou solvente para impressão de plástico, que neste caso só existia duas opções também ou a embalagem era de Polietileno (PE) ou de polipropileno (PP), uma ou outra variável na composição do PE para sacos de leite. Isso mesmo, o leite era vendido em sacos de plástico nas padarias e todos os dias era necessário comprar o leite, pois este azedava com facilidade.
Embalagem longa vida, foi anunciada a primeira vez no Brasil pelo Pelé em rede nacional, estreando a participação da Tetra Pack no mercado nacional e extrato de tomate era vendido em latas com a foto de um elefante (não entendia o que o elefante tinha a ver com tomate, mas tudo bem).
Café era o Seleto, coado em saco de pano e açúcar o união. Shampoo Colorama e creme de barba era Bozano com certeza. Mas nessa época minha barba não havia se manifestado.
Lembro de acordar as 4h00, tomar café com um pão do dia anterior, manteiga Claybom e café puro. Metrô somente algumas linhas, mas o ônibus era indispensável. Não existia vale transporte ou outro cartões, ou pagava-se em dinheiro ou em passe, um tipo de “ticket” que se comprava com antecedência em postos autorizados. CMTC era a empresa mantida pela prefeitura e Viação Carrão uns ônibus cacarecados que de tão lotados eu viajava na porta.
Ônibus elétrico CMTC linha Pinheiros
Uma condução até o Parque Dom Pedro, caminhada até o Largo do Paisandú e mais uma condução até Barra Funda. Isso tudo com apenas 14 anos de idade. Chegando lá, a Divani me esperava de braços abertos, máquinas sujas de tintas, bobinas para empurrar, clichês para lavar, graxa para passar nas engrenagens, almotolia para pingar óleo nos mancais e muitas ordens de serviço para executar.
Mas ao final do dia, que tinha incríveis 11 horas, a felicidade e o cansaço eram presentes. Feliz por realizar algo diferente e legal, afinal eu tinha 14 anos e criava algo que as pessoas pegam na mão, compravam com os olhos nas gôndulas do supermercado ou simplesmente colocavam suas pipocas nos saquinhos de papel que as SOS produziam. O Cansaço era inerente ao processo, não parávamos por nada, só para almoçar.
Este sim era um prazer de outro mundo! Minhã mãe preparava minha marmita com muito carinho, era o feijão por baixo (estratégia para não vazar o caldo, coisa de mãe), arroz por cima e a mistura. Eu sempre falava para minha mãe esconder a mistura entre as camadas de arroz. Nesta época o furto a misturas de marmita era um delito cometido em muitas empresas, kkkkkk. Eu juro, nunca roubei nenhuma mistura.
Prédio da Matriz Extinta Divani S/A Embalagens
São Paulo/ Ruda dos Americanos 533
E é isso, o tempo foi passando, a evolução acontecendo, a melhoria ocorre tanto no transporte, na alimentação (hoje tem ticket e refeitório e o funcionário ainda reclama, vai entender).
As máquinas tiveram evoluções incríveis, é mais fácil operar, usar e entender o funcionamento.
Tem o Google e o Youtube, pense numa escola que é isso. No meu tempo você mandava uma carta para o fabricante ou pessoa, perguntando o que era e como funcionava e com sorte depois de uns 30 dias recebia uma resposta, as vezes não a que esperava.
Hoje é fácil se tornar profissional em qualquer área. Não existe mais a tipografia, diagramador pode ser qualquer um pois já não existe regras na escrita, postagem ou padrão de estilo. Não existe mais a obrigatoriedade de se fazer um teste prático e o curriculum de uma pessoa é avaliado por quem nunca viu uma máquina no conjunto da obra ou não faz ideia de como a embalagens é fabricada, estas empresas de RH contratadas para “gestão de pessoas”, e ai que tá o problemas, o empresário vai reclamar depois por que e para quem?
Retocador de fotolito ou virou Uber ou evolui para outro profissão da área, por falar nisso nem o fotolito existe mais.
Ibirama Midiflex Pioneira
E agora pergunto, tanta evolução, tando sucessos, tantas profissões e métodos deixaram de existir e a arte da impressão, o impresso, os livros e revistas (pois bancas de jornal já nem se vê), qual será o destino delas nos próximos 20 anos?
Abraços a todos.


Como estar legalizado com softwares em minha empresa? PARTE FINAL


Vamos lá, fez a listinha de softwares que você tem em sua empresa que não são legalizados?
Surpreso com a quantidade de produtos que você instalou (ou alguém em sua empresa) em suas máquinas sem a devida responsabilidade?
Viu que até mesmos as assistências técnicas cometem esse “pecado” da instalação de produtos sem registro?
Agora que você já fez a lista, já viu o que precisa mesmo, desinstalou o Corel da máquina da recepcionista e o CAD do PC da portaria? (claro que aqui foi só um comentário).
Agora então vamos as possibilidades do mundo Livre que podem lhe atender com bastante competência e você nem perceberá a diferença, além é claro que estar legalizado e sem gastar muito.
Lembro que Corel, Photoshop e outros, se indispensáveis a sua empresa devem ser devidamente registrados e para isso instalar nas máquinas que vão utilizar mesmo o programa. Para que ter dois Corel instalado se só existe uma pessoa que vai trabalhar com ele?
Detalhe importante, não é porque você comprou um Corel que pode ter outro instalado, cada licença é válida para um equipamento, a não ser que compre licenças corporativas que dão direito a X número de instalações, ou chaves que permitem muitas máquinas acessarem um servidor ao mesmo tempo com o software específico instalado.
Voltando, se não vamos nos estender muito, as alternativa profissionais e free para softwares comerciais.
Apesar de ser um entusiasta e usuário de Linux full time não vou falar que você precisa instalar o Linux em sua máquina, nem vou “evangelizar” você a respeito do assunto, se deseja saber mais sobre como usar o Linux na indústria gráfica e em sua empresa com a mesma performance que você usa o Windows para muitos setores é só me chamar ok.
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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Por que as etiquetas são importantes?


Apesar de inúmeras campanhas para conscientização sobre os impactos ambientais do uso de papel e diminuir a quantidade de impressos, a impressão é ainda muito necessária.
Não estamos falando de um documento que pode, antes de imprimir, ser lido em um terminal através de uma cópia PDF ou Word por exemplo, estou falando de impressos realmente necessários que são as etiquetas.
As etiquetas são a forma de identificação, orientação, marcação e avisos sobre um produto ou conteúdo de onde são fixadas.
São tão importantes quanto indispensáveis. Sem as etiquetas (ou rótulos se preferir), não seria possível saber o que o frasco ou embalagem contém ou para que se destina. Seria impossível diferenciar um shampoo de um creme para cabelos e um produto para alimentação do para extermínio de alguma praga (lê-se veneno).
E no mercado de logística e entregas a etiqueta é ainda menos dispensável e primordial para o completo endereçamento do pacote para que siga corretamente ao seu destino.
Sem as etiquetas seria impossível fazer logística, separação de mercadorias e envio para os destinatários.
As etiquetas são tão indispensáveis no envio de mercadorias quanto a embalagem e a fita adesiva que utilizamos para confeccionar o pacote.
Existem etiquetas para logística e comércio eletrônico ou de balcão mesmo de diversos tamanhos e tipos. Etiquetas por exemplo:
  • 33x22mm que são utilizadas para identificarem produtos no estoque com códigos de barras, para identificar remédios em hospitais para doses fracionadas, para servirem de lacres de violabilidade de caixas, etc…
  • etiquetas 100x150mm para o uso com embalagens e envios pelos correios, são as etiquetas de postagem ou como são chamadas etiquetas de envio;
  • etiquetas 90x150mm usadas para testeiras de caixas em diversos segmentos;
  • as comuns 100x100mm para uso geral;
  • 101x25mm e 101x38mm muito usadas para mala direta;
  • etiquetas especiais para joias, relógios e óculos;
  • etiquetas em tamanhos diversos para as mais variadas aplicações.
Estas etiquetas podem ou não serem pré-impressas, onde recebem por flexografia ou letterpress ou ainda hot-stamping uma personalização como logotipos coloridos e textos como endereços ou grids (tabelas). Podem ser lisas (sem impressão) ou chapadas (com uma cor no fundo em toda a etiqueta, por exemplo amarela).
Seu uso pode permitir a reimpressão em máquinas (impressoras) térmicas quando em rolos, laser ou inkjet quando fornecidas em folhas.
A pós impressão, ou impressão que fazemos em casa, trabalho ou indústria permite criar o que chamamos de dados variáveis.
Os dados variáveis são textos, códigos, códigos de barras, números e até imagens que personalizam as etiquetas uma a uma de forma sequencial ou em conjuntos.
O preço das etiquetas varia de alguns centésimos de real, não sendo raro etiquetas custarem menos que R$0,001 até custos da ordem de US$1,00 a US$2,00 (uma a dois dólares) para as etiquetas inteligentes (RFID), que possuem microchips e podem ser lidas a distância, gravadas e regravadas centenas de vezes. As etiquetas RFID possuem uma aplicação específica são a solução para muitas questões de logística e rastreabilidade pois um “histórico” de todo o processo envolvendo o produto pode ser “gravado” nesta etiqueta e lido e alterado o status por cada etapa do processo e inclusive pelo cliente final se este tiver o acessório correto para a leitura e permissões para isso também.
Mas isso é assunto para um próximo post.
Viver sem etiquetas seria impossível e uma logística sem essa poderosa ferramenta de identificação seria falha.
Para saber mais entre em contato .

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Como estar legalizado com softwares em minha empresa? PARTE 2

Em nossa primeira parte dei uma introdução sobre a pirataria de aplicativos e sobre a lei e as multas que podem incorrer do uso de softwares sem licenças.
Mas a pergunta que fica é: Como tornar minhas cópias legais?

O primeiro passo é: você sabe quantas cópias sem registro tem?
A começar pelo Windows instalado seja ele de uma estação de trabalho seja ele da recepção ou da portaria de sua empresa. Tem que listar tudo mesmo, Windows, WinRar, MS Office, Access, Outlook, Corel, Photoshop, Illustrator, Acrobat, CAD, Solid Works, etc.. etc..

O segundo passo é: Quais máquinas precisam de que softwares?
Se a máquina da sua portaria tem um AutoCad ou Maya qual a necessidade disso? Se não tem função alguma delete. O mesmo ocorre com o MS Office, tem necessidade do Access? Se não delete. E faça isso em cada estação de trabalho, em cada computador. Verá que tem muita coisa e muito lixo instalado em suas máquinas, e melhor ainda, perceberá quanto espaço vai sobrar tanto na memória física RAM quanto em disco.

Terceiro passo: Agora que você fez a “limpa” nos computadores vem a pergunta: Quais dos aplicativos que ficaram são comerciais em em que modalidade de licença estes se enquadram?
Para uso não comercial, freeware, shareware, completo, uso comercial, etc. 
Se for freeware tem que ser ver no contrato de licença (que esta e você aceita quando instala o software, geralmente chamado de EULA) se é free (livre) para uso comercial ou só para uso pessoal, existe diferença o.k. Um programa para uso pessoal não pode ser utilizado na sua empresa sem comprar a licença, muita gente comete esse erro.

Quarto passo: Quais destes aplicativos comerciais podem ser substituídos por aplicativos Open Source ou versões similares gratuitas com licenças do tipo uso livre?
Faça uma pesquisa em toda a rede (internet) entre nos fóruns de discussão dos aplicativos, faça perguntas aos usuários, veja os comentários e assim que achar que este produto é capaz de substituir o que você tem sem perdas consideráveis de desempenho, qualidade e produtos já desenvolvidos faça a migração.

Mas como fazer a migração, meu funcionário disse que é RUIM o software?
A resistência a mudanças é do ser humano. Somos pouco resilientes a mudanças, por isso deixamos de evoluir em nossas empresas e também arriscar em novos projetos.
A mudança é necessária sempre, para vocês terem uma ideia até mesmo com softwares do tipo Corel, quando uma nova versão sai e é instalada no computador do designer ele logo sai reclamando que as ferramentas da versão antiga eram mais fáceis de achar, de que a versão antiga era mais leve, isso e aquilo. Não demora muito, ele entra no youtube, vê alguém fazendo alguma coisa legal com a versão XX do sei lá que aplicativo e ai ele do nada começa a elogiar a versão, dizer que a versão nova é superior, etc, etc.
Tudo é uma questão de referencial, se tem mais gente de sucesso ou obtendo sucesso com um determinado produto ou aplicativo, mais gente vai buscar, instalar, usar e elogiar.
Claro que existem críticas, alguns tem mais facilidade que outros para determinadas funcionalidades. Outro exemplo: não existe aplicativo mais fácil de fazer um clipping de imagem (power clip) que o Corel. É muito amigável a ferramenta, fácil de usar, achar, encaixar e trabalhar. Outros aplicativos tem que dar um monte de voltas. A ferramenta mais próxima e amigável para esta tarefa que achei foi o Gravit Designer que basta arrastar a imagem para cima do path que ela se encaixa como mágica.
Mas a migração deve ser feita aos poucos e com data e hora para terminar. Por exemplo, vai substituir o Photoshop pelo Gimp, então programe-se para que o seu funcionário ou você tenha tempo de estudar e comparar as ferramentas, depois de usar e se adaptar e só então, quando tiver certeza que esta tudo o.k. e que você consegue realizar as tarefas que fazia com o photoshop você poderá deletá-lo.
NÃO PERCA A PARTE 3 (final) DESTA SÉRIE VAMOS LISTAR AS OPÇÕES AOS SOFTWARES COMERCIAIS

CASO TENHA INTERESSE EM AVALIAR E MUDAR OS APLICATIVOS DE SUA EMPRESA PARA SE ADEQUAR A NÃO PIRATARIA ENTRE EM CONTATO. SAIBA MAIS TAMBÉM SOBRE TREINAMENTO NO SEGMENTO.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Como estar legalizado com softwares em minha empresa? PARTE 1

PARTE 01
Todos os dias o cerco se fecha ao redor do mundo para acabar com a corrupção, pirataria de softwares, pirataria de músicas e filmes, uso indevido da imagem, proteção para os direitos autorais e publicidade enganosa.
No Brasil não esta sendo diferente, a cada dia mais e mais empresas são alvo de fiscalizações, multas e processos pelo uso não autorizado e indiscriminado de aplicativos e imagens.
Sim, não é só o uso de um software não registrado que é pirataria, baixar uma imagem sem consentimento e autorização do proprietário também é pirataria.
Há empresas no segmento gráfico que além de softwares piratas de tratamento de imagens e desenho vetorial ainda baixam imagens, fotos e desenhos da internet descaradamente para compor suas artes, não tem coragem de pagar, por vezes, alguns centavos de dólar para usar a imagem sem preocupação.
Mal sabem que o uso da imagem poderá lhes causar uma prejuízo muito grande se o autor entrar com um processo de uso indevido de imagens prevalecendo o conceito de direitos autorais, eu sei, já vi acontecer com um amigo fabricante de máquinas que usou uma imagem sugerido por uma clicheria e com isso fez etiquetas em uma feira famosa de artes gráficas em São Paulo. Por azar o “dono da imagem”, fotógrafo, foi a feira visitar, viu a sua imagem e não disse nada, só pegou algumas etiquetas, sai do Anhembi direto para seu advogado e vejam lá, PROCESSO neste meu amigo e em mais 5 empresas que estavam com seus logos estampados na etiqueta de promoção.
Resultado, este meu amigo teve que praticamente “dar” uma máquina de indenização para ter o processo finalizado. Hoje ele diz:“Nunca mais faço imagem e uso aplicativos e softwares piratas, mesmo que custe US$1,00 eu terei prazer em pagar.”

O mesmo ocorre com o software. Para você ter uma ideia a multa para quem usa uma (isso mesmo uma) licença pirata pode chegar a 3000 vezes o valor do software. Vamos a uma conta simples: imagine você que tem um Corel pirata no seu departamento de arte na sua empresa, o preço de uma licença de Corel X8 é de aproximadamente R$2399,00. Se for pego a multa pode chegar a incríveis 7,2 milhões de reais, é muita grana.Mas como é calculado este valor? Bem o critério é mais ou menos assim, ou perto disso: Eles acatam uma denúncia ou rastreiam o MAC da máquina onde esta o software. Não sabia? Sim os aplicativos mandam informações de onde estão instalados sim, sem você saber ou autorizar para o fabricante para validar ou saber se é válida a instalação ou ações o.k., isso ocorre com Windows, como Adobe, como e principalmente software de engenharia como o Solid Edge, etc.
Voltando, então eles acatam que você esta com um aplicativo pirata. O primeiro passo é pegar e formalizar um boletim de busca e apreensão para visitar você, não tem como fugir o.k., pois é surpresa. Antes disso ele avaliar você na receita ou pesquisas e vê o tamanho de sua empresa. Na visita ele confirma isso tudo com o “visual” do fiscal, ai é aplicada a multa.
Se sua empresa, por exemplo, fatura uns 50 mil por mês a multa é tipo uns 8 a 10 mil reais mais a obrigatoriedade de adquirir a licença do aplicativo. Agora se sua empresa é grande fatura tipo 1 milhão por mês, a paulada é grande. A multa pode chegar a 300 mil ou mais e também a obrigatoriedade de compra do aplicativo.
Mas e se eu tiver  02 Corel, 01 Photshop, 5 MS Office e o CAD instalado na máquina?
Sinto muito amigo, você vai falir...rsrs.
Brincadeiras a parte vai ser taxado pela quantidade de aplicativos que tem instalado na sua máquina e que estejam ilegal, mesmo que não forem alvo da denúncia.
E tem mais, muita gente não sabe mais existe uma lei federal que regulamenta isso veja um pedacinho dela:

Lei Nº 9.609 - de 19 de Fevereiro de 1998
Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências.


Art. 12º Violar direitos de autor de programa de computador:

Pena - Detenção de seis meses a dois anos ou multa.

§ 1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de programa de computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente:

Pena - Reclusão de um a quatro anos e multa.
 Então pense duas vezes antes de usar um aplicativo, software ou “programinha” pirata.
E no caso de eu comprar um programa de um desenvolvedor como fica?
Bem ai que esta, se o programa do desenvolvedor usar parte ou um todo de um programa pirateado poderá você ser incluído neste mesmo problema, pois o desenvolvedor NÃO pagou para usar a ferramenta ou dar acesso a ela, por isso e mesmo assim é pirataria ou acesso indevido.
NÃO PERCA A PARTE 2 DESTE ARTIGO ONDE VAMOS FALAR COMO SE TORNAR DEVIDAMENTE LEGAL GASTANDO POUCO.







segunda-feira, 7 de maio de 2018

O que fazer com as tintas pantone do estoque?


Em muitas visita que faço a empresas do segmento flexo, em especial de flexografia de banda estreita, os impressores e em especial os empresários me perguntam: “O que eu faço para diminuir o estoque das tintas preparadas?” ou a outra pergunta mais comum: “Como eu acabo com isso que esta aqui (referindo-se as tintas acumuladas)”?
A resposta é bem simples – RECICLE, REAPROVEITA na formulação de novas pantones.
Mas é possível?
Sim, e muito prático e econômico também.
Em um mundo preocupado com o meio ambiente, em uma economia onde desperdício representa prejuízo e na busca por mais espaço físico nas empresas o reaproveitamento das tintas é possível.
Eu estudei muito as escalas pantone, as suas fórmulas e fiz algumas comparações, adequações e criei um algoritmo que não só permite a perfeita formulação da tinta (com suas quantidades e porcentagens), mas também compara as cores pantones que você quer fabricar com as pantones correlacionadas e assim permitem o aproveitamento de até 100% das tintas em estoque.
Com estes cálculos e conhecimentos em mãos, foram mais de 2 anos de pesquisas e testes, desenvolvi já a algum tempo o inktone. O inktone é uma ferramenta que roda em Windows, Linux e Mac OSX e permite não só a formulação pantone de mais de 1700 cores, mas também permite incluir novas e particulares fórmulas, as desenvolvidas por você em sua empresa. E o mais legal, eu inclui uma 5 cor na formulação para você promover aquela correção necessária para flexografia, o que difere nosso sistema as variáveis, aquele “toque particular” que você a em uma tinta para chegar no tom.
Você pode comprar esta ferramenta por apenas R$15,00 pelo mercado livre.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Por que ocorre o ganho de pontos?

O ganho de pontos é inerente ao processo de impressão. Até mesmo impressoras digitais podem apresentar ganho de pontos.
O ganho de pontos ocorre quando o tamanho da retícula do original (vamos imaginar o filme, fotolito ou prova digital) é aumentado no processo de impressão.
O ganho de pontos de forma genérica pode ser descrito como o aumento do ponto de retícula no seu diâmetro.
Ele ocorre tanto em retículas convencionais quanto estocásticas, quadradas, elípticas ou combinadas.
É mais visível em processos de impressão direta como flexografia, tipografia e rotogravura e possui um efeito contrário quando falamos em impressão indireta como offset com chapas positivas ao longo da tiragem.
Em flexografia o ganho de ponto é aumentado com o desgaste do clichê (chapa de fotopolímero) no decorrer da produção e é influenciado pela tinta e sua viscosidade.
Por se tratar de uma chapa flexível e com certa flexão e resiliência a flexografia de todos os processos gráficos é a que mais sofre com o ganho de ponto e a que maior grau de aumento ocorre.
Em flexo, podemos ter ganho de pontos que chegam a dobrar o tamanho da retícula em áreas de mínimas e chapar em áreas com 80% ou menos.
Não é raro encontrar impressos flexo, seja de banda estreita ou banda larga, com áreas que deveriam apresentar 8% a 10% de retículas (altas luzes) nos clichê e ao serem impressos chegarem a 20%, alterando totalmente o tom e as cores do impresso.
Também em áreas de sombra que apresentam 70% no clichê fecham-se e chapam no impresso.
Original a esquerda, impresso com ganho de pontos a direita
As correções para esta variável incluem desde o uso de fitas dupla face com densidades diferenciadas de acordo com a geometria do serviço até o uso de tratamento de imagens que visam diminuir as retículas para compensarem o ganho da máquina ou do substrato.
Sim, o substrato interfere também no ganho de pontos, assim como a "mão" do impressor, qualidade do equipamento e seus acessórios e a já mencionada tinta.
No entanto, com as tecnologias de hoje consegue-se um bom controle deste ganho na placa (clichê) e na tinta ficando a cargo do impressor somente não "deformar" o clichê na hora da impressão. Os americanos chamam o ato de imprimir em flexo de "kiss printing" (em uma tradução literal, impressão de beijo ou como um beijo), seria como um "beijo de selinho" sobre o papel e sobre o cilindro anilox. Um toque sutil, suficiente para entintar e transferir a tinta sem o esborrachamento do ponto e o excesso de transferência de tinta.


Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...