sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Feliz Ano Novo - Bonne année - Happy New Year

 Estes dois últimos anos, em especial o de 2021 nos trouxeram para idade média de certa forma. Confinados em casa, sem grande perspectivas de o que iria acontecer.

Porém, com bom senso e esforço de grande parte da população, mesmo sem apoio de alguns governantes mas muita vontade de sermos Brasileiros, guerreiros e vencer mais uma provação, passamos quase que ilesos por esta tempestade.

Ainda não acabou,  temos muito que aprender com estes dois últimos anos e com tudo o que aconteceu, temos que mudar nossa forma de pensar, agir e lidar com tudo em especial com o meio ambiente, maior fator ou o que mais impactou para que calamidades como estas acontecessem afinal o equilíbrio entre os seres vivos, atmosfera e recursos naturais permitem que a vida exista neste planeta.

Por isso, desejo a todos um bom ano, usem um pouco do tempo que ainda nós temos neste ano que começa para refletir e reavaliações sobre tudo e todos e que usemos o bom senso sobre cada passo que daremos de agora em diante para que, continuemos por mais alguns milênios povoando o Planeta Azul.


 


quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Aula 09 - Conhecendo a impressora - Desbobinador


O conjunto desbobinador é formado basicamente por 3 elementos principais:

  • mandril
  • sistema de freio
  • sistema de ajuste lateral

O Conjunto desbobinador é considerado o alimentador da máquina. É nele que montamos nossa bobina de substrato virgem, e é dele que vem o controle de tensão de entrada.

Como padrão no Brasil utilizamos bobinas com tubetes de diâmetro interno de 3” (3 polegadas ou 76mm) Os desbobinadores utilizados em todas as máquinas flexo nacional são também conhecidos como mandril.

As máquinas mais antigas tinham estes mandris chamados de ”abacaxi”, eram do tipo mecânicos e para fixar a bobina era necessário uma trava ou cunha. Evoluções ocorreram no decorrer dos anos e do simples mandril com cunha passamos para os
expansivos mecânicos e logo para os do tipo pneumático.

O mandril é do tipo expansivo pneumático, tem seu funcionamento muito simples, onde através de um bico introduzimos ar sob pressão e este ”infla” (enche uma bexiga ou câmara de borracha) elevando travas que prendem o tubete da bobina de forma eficiente e segura por todo o tempo necessário para o processamento de nosso trabalho.

Para desinflar o mandril e substituir a bobina, basta apertar o pino de enchimento, liberando o ar que esta aprisionado no interior da câmara, recolhendo o sistema de travas e soltando o tubete.


As imagens utilizadas para ilustrar esta aula demonstram modelos comuns de mandril expansivo encontrado em máquinas flexo. Os mandris do tipo pneumático podem ser facilmente adaptados a outras máquinas mais antigas, basta enviar o desenho com as dimensões dos eixos onde são montados os mandris antigos que o fabricante poderá avaliar a viabilidade de fabricação desta ferramenta indispensável a produtividade.


DICA: Nunca utilize facas, estiletes ou material cortante sobre o eixo expansivo, você pode perfurar a câmara e prejudicar o seu funcionamento. Use para limpar somente pano e solventes como álcool ou água e sabão.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Feliz Natal - Merry Christmas - joyeux Noël

 Nós aqui do Flexonews, desejamos um Feliz Natal a todos clientes, amigos e leitores não só do meu blog mas de toda a documentação técnica e apostilas que desenvolvo e aproveito para agradecer a confiança, credibilidade e respeito que vocês têm por mim e pelo meu trabalho, obrigado.

Saúde, Sucesso, Paz, Harmonia e felicidade a todos.



quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Aula 08 - conhecendo a impressora - pés niveladores


O equilíbrio é tudo para manter a estabilidade. O alinhamento e nivelamento são formas de manter o equilíbrio e estabilidade.  

 As máquinas em geral são construidas sob critérios de tolerâncias de ordem de microns ou milésimos de milímetro quando as tolerâncias são maiores. O mesmo não podemos dizer das construções e pisos encontrados na maioria das empresas, galpões e casas pelo nosso Brasilzão a fora.

As tolerâncias em engenharia civil são um pouco maiores devido a escala e esforços sofridos pelas estrutura e objetivos da construção no todo. Os pisos em geral possuem desníveis e depressões que, apesar de não afetarem ou comprometerem a construção ou sua segurança são um inconveniente para o usuário do imóvel.

Por isso, de nada adianta o chassi da máquina estar no esquadro perfeito se o piso onde a máquina esta apresenta desníveis ou  depressões que interfiram no alinhamento da máquina ou permitam que a mesma fique elevanda em um ponta e baixa na outra levando, por exemplo, a acumulo de tinta mais de uma lado que do outro por conta deste desnível.

Para corrigir pequenas imperfeições do piso e evitar que a máquina fique ”torcida”, pendendo para o lado, devemos montar as máquinas sobre pés niveladores anti-vibração.

Estes pés, permitem alinhamento da máquina e piso, minimizam vibrações que possam ocorrer com o equipamento, tornando o funcionamento da máquina mais suave, preciso e silencioso.


Em equipamentos modulares não são utilizados estes tipos de pés e sim placas sob cada parafuso nivelador. Isto se deve ao fato que um pé nivelador antivibração comum poderia ”entortar” a estrutura e desalinhar os acoplamentos entre as uniões e cardã.

O uso de pés niveladores anti-vibração prolongam a vida útil do equipamento. Nunca retire os pés niveladores ou mude a sua configuração após os ajustes do técnico. Caso precisar mover a máquina para outro ponto ou montá-la em outro local é necessário refazer os ajustes de nível do pé.

O nivelamento da máquina é fundamental e importante, principalmente em equipamentos modulares ou stack, mas as máquinas TC também precisam de nivelamento.

Para nivelar uma máquina é necessário ter um nível de precisão, colocar em pontos estratégicos da máquina onde podemos ver o nivelamento tanto no sentido do comprimento da máquina, quanto em sua lateral e, através dos parafusos de ajustes dos pés niveladores ir apertando ou soltando dependendo da leitura da bolha do nível.


Apertando o parafuso você eleva o equipamento, soltando você baixa.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Aula 07 - Conhecendo a Impressora - Chassi


 "Um bom alicerce, garante uma construção sólida e duradoura!"

Com esta frase podemos definir que o chassi da máquina é o seu alicerce, ou seja, se você não tem um bom chassi, uma boa base, como poderá ter uma máquina bem montada e estável, devidamente alinhada e precisa?

Por este motivo que a construção da base, o bom desenho do chassi da máquina e o seu esquadro devem ser muito bem observados. Pois é no chassi que são montados os grupos impressores do tambor central por exemplo, é nele que estão as polias, colunas, motores, sistema de secagem, estações de corte, eixos rebobinadores e demais peças e partes que muitas vezes são desconhecidas do impressor ou sequer vistas por ele.

Há várias formas de se fabricar um bom chassi de máquina. Eles pode ser fabricados por exemplo de ferro fundido, como as antigas Flexoramas (fabricadas pela extinta Ibirama de São Paulo), alumínimo fundido cmo as extintas Vamper, mas hoje grande parte dos fabricantes utiliza chapas de aço normatizadas.

As chapas de aço são em geral dobradas, usinadas, soldadas e perfuradas para dar a forma necessária para atender as mais diversas configurações de máquinas. 

Claro que as máquinas de bancada são bem mais simples de construir que as máquinas que usam chassi do tipo monobloco ou chamadas de plataforma. Também em questões de peso e dimensão as de bancada são em geral menores e mais leves que as de plataforma.

Por outro lado, máquinas de bancada são mais frágeis o que pode levar a um desalinhamento maior e a fadiga e stress do material além de sofrerem mais com vibrações e a ação do tempo sobre a estrutura se comparada com as de monobloco (plataforma). Em outras palavras ao longo dos anos as máquinas de bancada ficam mais "desgastadas" e a mesa onde são montados o chassi e demais partes da máquina é a mais atacada pela ação não só do tempo já mencionado mas de produtos como tintas, solventes, desgastes, uso e mal uso por parte do operador, ação de parasitas e insetos (no caso de mesas de madeira do tipo compensado sem tratamento podem ser atacadas por cupins) e outros motivos não relatados.

Máquinas de bancada a esquerda e a direita máquinas de plataforma

As máquinas de chassi de plataforma ou monobloco são mais bem "construidas" por assim dizer e mais resistentes ao tempo e ações do uso (ou mau uso), pelos operadores. Por outro lado, necessitam de um projeto mais bem elaborado, desenhos mais precisos e equipamentos de fabricação de melhor qualidade (neste caso estamos falando dos equipamentos de usinagem como fresadoras, tornos e mandrilhadoras). Também devido ao seu tamanho em geral são mais pesadas e mais difíceis de serem movimentadas na fábrica, limitando muito as empresas que podem fabricar máquinas deste tipo no Brasil (devido a limitações de equipamentos de usinagem, espaço físico e Know How de fabricação e projetos).

As necessidades de projetos bem feitos para máquinas de plataforma tem muito haver com sua estrutura, peso e tamanho. Uma vez furada, soldado ou dobrada a chapa para dar forma ao chassi um erro de microns pode "matar" o chassi e tudo estará perdido, não servirá mais para produção da máquina e se tornará sucata, haja visto a dificuldade ou até impossibilidade de refazer a furação, dobra ou mandrilhamento da estrutura.

Já no transporte, máquinas de plataforma apesar de seu peso e dimensões maiores são mais fáceis de içar e apresentam menos problemas de torção se comparados com equipamentos de bancada.

Em uma escala de estabilidade estrutural a máquina de plataforma é muito superior a máquina de bancada. 

Em relação a preços, claro que máquinas de bancada são muito mais baratas (na ordem de 30% a 40% menos), se comparadas com máquinas de plataforma com mesmas configurações (neste caso de cores, acessórios, larguras e capacidade produtiva).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Aula 06 - Impressora TC típica banda estreita

Nesta aula vamos ver como é uma impressora flexográfica típica de tambor central para a conversão de rótulos e etiquetas.

Este tipo de estrutura esta presente a anos e pode ser vista tanto em máquinas de bancada, que são montadas em mesas feitas de metalon, um tipo de tubo de aço e uma base de madeira onde a estrutura da máquina esta apoiada e em máquinas monobloco ou de plataforma onde a máquina é feita de uma única estrutura unindo o seu chassi e as plataforma que forma a base no solo.

Vamos nos ater a imagem de uma máquina de plataforma por ser um pouco mais completa e também mais estável.


A imagem acima mostra um equipamento flexo construída com estrutura de chapa de aço usinada onde são montados as peças, partes e acessórios que compõe a máquina.

Vejamos agora quais são elas:

  • 0A chassi da máquina fabricado em chapa de aço
  • 0B pés niveladores e anti-vibração permitem alinhamento e nivelamento da máquina e elimina a vibração
  • 1 Desbobinador expansivo pneumático com 76mm (3”)
  • 2 guia de material rotativa permite alinhamento e tensionamento do material
  • 3 guia de material com batente alinha e mantém tensão com batente lateral para evitar que o material sofra desvios laterais
  • 4 alimentador ou infeed rolo de borracha que prende o substrato junto ao tambor central, mantendo tensão e alinhamento
  • 5 grupos impressores dispostos ao redor do tambor central (6) tem sua contagem em sentido horário (o tambor central roda no sentido dos ponteiros do relógio neste equipamento), sendo este o 1º.
  • 7 Painel de comando encontramos as chaves de ligar motor, estufas e secagem entre cores, parada, emergência, contametros e variador de velocidade.
  • 8 a 5º cor de impressão, usada para aplicação de verniz UV. Note que está fora do tambor central necessitando de um contra pressão de tamanho menor e exclusivo (9).
  • 9 contra pressão da unidade extra. Tem o mesmo efeito que o tambor central.
  • 10 unidade de cura UV. - unidade da lâmpada
  • 10A transformadores do UV. - unidade responsável por alimentar a lâmpada com tensão e carga suficiente para seu funcionamento
  • 10B Exaustor da lâmpada UV. - devido a geração de Ozônio 2 pela ionização do ar quando a lâmpada é ligada e também para resfriar a lâmpada temos este sistema integrado.
  • 11 estufa de secagem final sistema de secagem final com ventilação forçada de ar quente
  • 12 unidade de corte também chamada de gaiola de corte, este modelo possui dois estágios, ou seja, possibilita o uso de duas facas simultâneas.
  • 13 retirador de esqueleto rebobinador de material cortado descartado, chamado de esqueleto ou desperdício.
  • 14 corte longitudinal rotativo corta o material no sentido do comprimento através do uso de lâminas no formato de discos rotativos.
  • 15 guias de saída guias que cumprem o papel de alinhamento e tensionamento na saída do material antes do rebobinamento.
  • 16 rebobinador de final ou rebobinador de material acabado. Neste rebobinador recolhemos o material acabado e pronto para ser utilizado em outras etapas ou entregue ao cliente.

Recordando, as máquinas Tambor Central também podem ser chamadas de TC ou sistema Satélite. A ilustração abaixo reforça o conceito de um equipamento tambor central e como normalmente estão dispostos os outros cilindros e rolos que completam o sistema. 


Com isso chegamos ao fim de mais esta Aula resumida sobre a descrição do equipamento flexográfico, em nosso próximo encontro falaremos de cada uma das partes acima mencionadas e suas características.

Esta gostando de nossas abordagens (mesmo que resumidas) sobre flexografia de banda estreita? Se sim, deixe seus comentários e sugestões.

Mas se você precisa de um curso ou treinamento mais amplo, detalhado e voltado a sua empresa e produto entre em contato que posso dimensionar algo especial para você e sua equipe.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Aula 05 - Impressora TC (tambor central)


 Em nossas aulas anteriores falamos das características básicas de impressoras flexográficas. Nesta aula no entanto faremos então sobre os tipos de máquinas começando pelas Tambor Central, TC ou Sistema Satélite.

Dentre as inúmeras configurações existentes de máquinas flexográficas na atualidade as impressoras TC se destacam não só em banda larga mas também em banda estreita.

Existem alguns motivos para isso, apesar de não parecer estas máquinas são mais fáceis de serem construídas e são menos "sensíveis" a desalinhamentos e a tolerâncias de fabricação. Em outras palavras possuem maior "benevolência" a falhas de projeto, montagens e a desvios no alinhamento.

Por isso o Sistema Satélite ou tambor central é largamente utilizado em todos os 4 cantos do globo.

Este tipo de máquina é bem fácil de ser identificado, olhando para ela verá um grande cilindro ou tambor geralmente ao centro da máquina e ao redor do qual existem distribuídos os grupos impressores que podem variar de 01 até 10 cores.

Mas, nos equipamentos de produção de rótulos e etiquetas o mais comum são máquinas com de 03 a 6 cores sendo que grande parte das máquinas fabricadas até a década de 90 possui de 03 a 04 cores (grupos impressores). 

Uma das vantagens das impressoras TC em relação a impressoras modulares ou Stack (veremos estas impressoras em outro momento de nosso curso) que é a estabilidade que ela proporciona ao substrato ao estiramento e no registro lateral e longitudinal. Quando bem regulada e ajustada os desvios são bem menores que em modulares, minimizando a intervenção do operador para corrigir estes desvios. Em outras palavras esta vantagem das TC de não deixarem que o material estire (estique) entre um grupo e outro mantém melhor estabilidade no encaixe longitudinal.

A próxima figura mostra uma impressora tambor central de banda estreita com 4 grupos impressores no tambor central e mais um grupo impressor de acabamento U.V. (ultravioleta).


As impressoras TC no entanto possuem algumas limitações, uma das quais é a distância entre os grupos impressores limitando o sistema de secagem e dificultando ajustes pelo operador devido a limitação de espaço tornando tudo muito "apertado".

A construção do tambor central deve seguir normas rígidas e ser balanceado tanto dinâmica como estaticamente para se obter bons resultados, além é claro deve possuir uma superfície muito bem polida ou usinada para permitir boa qualidade de impressão e registro.




Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...