quinta-feira, 30 de junho de 2016

O que é cromia?

Cromia deriva da palavra cromo que em fotografia era um filme fotográfico positivo colorido.
Cromia em impressão é a designação de reprodução gráfica feita pela sobreposição de 4 cores básicas sendo também conhecido como CMYK.
O CMYK, que o acrônimo de Cyan, Magenta, Yellow e Black.
Onde Cyan é um tipo de azul puro, Magenta um cor que se aproxima de um pink também pura, yellow é o amarelo puro e black é o preto ou negro se preferir.
A sobreposição destas cores devidamente posicionadas com auxílio de retículas que permitem a decomposição das imagens de um "cromo" em pontos e assim possibilitando a impressão, resultam na imagem colorida em toda a sua plenitude.
Um detalhe importante um cromo possui milhões de cores algo próximo ou até superior a 32bits (32 milhões de cores) e uma imagem impressa do mesmo cromo terá no máximo 5 a 6 mil cores reproduzidas. Tudo isso ocorre por limitações das cores impressas e das retículas se comparado com as imagens criadas a partir das luzes que passam pela transparências do cromo.
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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Elemento de fricção ou freio - feltro

O feltro é sem dúvida o material mais utilizado para elemento de fricção e freio em máquinas de tambor central flexográficas de banda estreita.
É barato, possui boa resistência, baixa dissipação de calor e cumpre bem a função de servir como elemento de freio ou de fricção para transmissão ou frenagem de movimento. É utilizado no desbobinador como elemento de frenagem e nos rebobinadores como elemento de fricção ou embreagem como dizem alguns.
Mas o que é o felto?
Feltro é um tipo de material, parecido com uma manta grossa, muitos a comparam com um tipo de "papel" feito de lã ou pelos de animais. Suas fibras são agregadas por calandragem e os pelos mais utilizados para fabricação de feltro são o do coelho e carneiro e acreditem até o de castor e camelo são utilizados (porém muito mais caros).
Os feltros utilizados em elementos de fricção de máquinas flexo possuem entre 10mm a 15mm de espessura e são cortados em formato de discos.


terça-feira, 28 de junho de 2016

O que é a bucha de Bronze?

Bucha de Bronze desenhada para uma máquina Flexo
Desenho - Robson Yuri - bucha gaiola de corte
Diferentes dos rolamentos que possuem diversas partes as buchas são basicamente um componente mecânico cilíndrico oco, no formato de um tubo ou ainda pode ter a forma de um mancal de deslizamento. Sua função similar ao do rolamento é permitir a sustentação do eixo. É um material designado como antifricção, muito utilizado na mecânica por suas propriedades de baixo atrito ou deslizantes. Buchas são fabricadas de diversas formas como por exemplo em tornos utilizando-se material bruto que é desbastado até obter a forma e medidas da bucha ou por modernos equipamentos de fundição contínua ou por centrifugação e posteriormente recebem acabamentos em tornos ou equipamentos mais modernos CNC. Como dissemos o material base usado para fabricação de das buchas é o Bronze e suas ligas cada qual com um coeficiente de fricção e resistências diferentes.
O bronze mais conhecido é o chamado Bronze Grafite. O bronze grafitado (ou sinterizado), mais conhecido como bronze auto lubrificante, é um produto poroso com características superiores de anti-fricção.
Existem empresas especializadas somente na fabricação de buchas com alta tecnologia e controle de qualidade.
As máquinas flexográficas de hoje possuem poucas buchas, muitas utilizadas no passado nas gaiolas de corte de máquinas como Flexorama foram substituídas ao longo dos anos por rolamentos de agulhas que são mais duráveis e requer menos manutenção. As buchas possuem canais de lubrificação e devem ser constantemente lubrificadas (colocar óleo) para que seu desgaste seja minimizado e também para que ofereçam o deslizamento apropriado a que foram destinadas. A lubrificação também serve de "líquido refrigerante" para a bucha fazendo com que sua vida útil aumente muito.



segunda-feira, 27 de junho de 2016

Comprar máquina usada, vale a pena?

Em tempos de "caixa baixo" mas mesmo precisando renovar os maquinários ou para suprir uma demanda de volume ou para realmente dar uma "incrementada" na produção, a compra de uma máquina nova pode parecer abusivo e até fora de questão já que os equipamentos estão a custos altíssimos e prazos de entregas longos.
Nestes casos a aquisição de uma máquina usada pode parecer a saída mais viável e promissora a curto prazo.
Mas vale a pena comprar uma máquina usada?
Bem, em minhas assessorias e consultorias para empresas que desejam adquirir máquinas usadas eu sempre gosto de começar com o exemplo do carro usado. Vamos lá ver como é:
"Máquina usada é como um carro usado, pode ter tido um ou mais donos, donos cuidadosos ou aqueles que não se preocupavam com buracos ou lombadas. Donos que cuidavam do estofamento e aqueles que deixavam o carro na garagem e saiam com ele somente nos fins de semana. Há aqueles que colocam qualquer um para dirigir, bagunçando todas as regulagens e não zelando pelo bem, há outros que nem sequer tiraram os plásticos dos bancos. Há uns com 10 anos de documento mas km de menino e outros com poucas semanas e bem rodados." Comenta Robson Yuri, consultor e assessoria para o segmento flexográfico.
Exemplo de uma máquina que deve ser muito bem avaliada para
que não haja prejuízo na aquisição e não se gaste mais na reforma
do que na aquisição de uma máquina nova.
Máquina é igual, há máquinas que rodarem pouco e que podem ser consideradas ou vendidas como "Zero", há outras que no entanto parecem saírem de um filme de "Zumbi" com tanta "maquiagem" e tinta espalhada, impossível de saber a cor original dela. Há algumas que parecem um arco íris de tantas cores escorridas pela lataria.

Treinar é preciso!

A cada dia a tecnologia se torna mais presente no dia a dia de qualquer ser humano. Os bancos, são praticamente virtuais, o dinheiro deixou de ser físico e agora são um conjunto criptografado de bits e bytes. As máquinas que antes haviam manivelas, volantes e um conjunto de dois ou três botões para serem apertados hoje são controladas a distância por tablets ou interfaces IHM via TCP/IP.
Grego para você? Muita informática e tecnologia em um só parágrafo?
Bem, felizmente, apesar desta tecnologia toda que é bem mais simples do que parece, algumas operações de produção no setor gráfico ainda continuam sendo necessárias, apesar de suas também evoluções.
Mas uma coisa acabamos por constatar, mesmo para estas operações básicas esta faltando mão de obra, faltando pessoal qualificado e que saiba o que esta fazendo. Faltam pessoas que saibam os nomes das peças e partes, que questionem porque as coisas não estão saindo como deveriam.
É neste momento que entra o treinamento, a reciclagem técnica da mão de obra, a orientação e a consultoria.
Vamos pensar um pouco!
Imagine que você tenha uma empresa e uma equipe de 02 impressores e dois ajudantes. Agora um impressor precisa sair de férias e aquele impressor que restou esta se aposentando em alguns dias.
O que você pretende fazer? A produção precisa acontecer, não precisa?
Você pode ficar na mão dos ajudantes, que por mais boa vontade que tenham ainda não estão preparados para assumir a máquina. Ou poderá contratar um freelance pelo período de uns 15 a 20 dias.
Um dilema não acha?

domingo, 26 de junho de 2016

Nova Apostila gratuita regulagem do grupo impressor

Orientar e treinar é um dos pontos fundamentais para se obter excelência em qualquer indústria. Não é diferente na flexografia. Saber como regular os grupos impressores, ter consciência de como é configurado e os nomes das partes auxilia muito no desenvolvimento de trabalhos mais perfeitos e com menos falhas.
Esta apostila de regulagem do grupo impressor foi reescrita e esta disponível para você que trabalho no segmento gráfico e em especial da flexografia de banda larga ou estreita. É gratuita e você poderá utiliza-la como referência no seu aprendizado e complemento de seus conhecimentos.
Conheça também meu programa de treinamento e cursos para você e sua empresa. Obtenha o máximo do potência instalado e dos recursos disponíveis em sua empresa fazendo um treinamento ou curso comigo.
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Aprender com quem tem didática, apostilas e conhecimento e experiência de mais de 30 anos. Além disso só quem tem vários artigos e publicações em diversos sites e revistas do Brasil e também fora pode orientar você sobre os processos flexográficos com segurança e certeza de aprendizado.
Não arrisque seu tempo nem o seu  dinheiro com treinamentos e ofertas de profissionais desconhecidos.
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Para download da apostila:
https://mega.nz/#!s48mGCiI!XClDwr9EnZXoJ1t1nzgnZK2MczP78Rvo4TTHidVfd_w

Desenho montagem Grupo impressor, criação Robson Yuri. Desenho paramétrico 3D
Este conjunto foi desenhado a partir de medidas reais de um conjunto impressor existente a pedido do cliente.

sábado, 25 de junho de 2016

Acoplamentos

Quando precisamos juntar dois eixos para que haja continuidade do movimento por toda a máquina, como é o caso de cardã usado em modulares, precisamos de acoplamentos.
O Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado na transmissão de rotação entre duas árvores ou eixos-árvore. Os princípios de rotação são transmitidos pelos acoplamentos segundo os princípios de atrito e de forma.
Podemos classificar os acoplamentos como sendo permanentes e... comutáveis. Os do tipo permanente atuam e se dividem em rígidos e flexíveis agora os comutáveis atuam obedecendo a um comando, sendo que ambos podem ser fixos (rígidos) elásticos e móveis. Os acoplamentos do tipo fixos, que são comuns em cardãs de máquinas, servem para unir os eixos (chamadas de árvores) para que funcionem como se fosse uma única peça. A construção dos acoplamentos obedecem a inúmeras formulas matemáticas para garantirem sua resistência e para que não interfiram no balanceamento nem na performance das partes que são unidas por eles. Também por questões de segurança os acoplamentos devem ser construídos de modo a que não tenham nenhuma saliência.
Na imagem utilizada para ilustrar esta matéria você pode ver um acoplamento e suas partes. Esta peça foi desenhada para atender um equipamento em desenvolvimento.


sexta-feira, 24 de junho de 2016

O que são mancais?

Muito utilizados nas máquinas e dispositivos os mancais são peças mecânicas, feitas geralmente de aço mas podem ser de alumínio, ferro fundido e até plásticos. São nos mancais que os eixos ficam apoiados. Nos mancais ainda são montadas buchas ou rolamentos que permitem ao eixo movimentar-se girando ou deslizando com o mínimo de atrito. Sem os mancais seria impossível a fixação dos eixos e rolamentos ou buchas nas máquinas.
Existem diversos desenhos de mancais e muitos deles podem ser vistos nas máquinas flexográficas. Hoje, com a tecnologia é possível ter até mesmo mancais de campo magnético, onde dois elementos (um acoplado ao eixo e outro no mancal) criam campos magnéticos da mesma polaridade de tal forma a se repelirem - afastarem - (princípio do magnetismo, polos iguais se repelem), fazendo com que o eixo "flutue" neste campo magnético sem conato com o mancal e livre de atrito, mas este tipo de mancal ainda esta longe de ser visto em nossas máquinas.
Outros tipos de mancais:

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Qual a melhor tinta do mercado?

Dando uma pequena pausa no desenvolvimento das matérias que falam de máquinas flexográficas e seus acessórios e partes (para quem não esta acompanhando sugiro dar uma olhadinha no blog, é uma verdadeira aula de projetos e conhecimento de máquinas flexo), vamos responder agora a uma pergunta que sempre é feita por grande parte dos impressores e empresários do setor gráfico, em especial de flexografia para mim.
“Qual a melhor tinta do mercado?” ou ainda “Qual a tinta que você usa?”.
Bem, não existe uma tinta melhor ou pior necessariamente, existe a tinta que não é ideal para o trabalho que você esta executando ou para as características de sua máquina.
Não estou " em cima do muro”, é que a resposta é esta mesma.
A alguns anos, quando eu ainda atuava como impressor existiam algumas marcas de tintas muito boas que a empresa usava, todas excelentes com padrão internacional. Porém, eu gostava de trabalhar com o Amarelo, Cyan de uma marca o Magenta de outra e o Preto (Black) eu usa uma que era totalmente desconhecida com excelentes resultados. Isso por conta das características de pigmento de cada uma e da invasão que elas tinham de outros pigmentos. Então esta composição permitia com o mínimo de ajustes e trocas de anilox ou ainda diluições e cortes na tinta obter o melhor resultado em uma cromia.
Então, a melhor tinta é aquela que atende seus requisitos de qualidade, resistência a luz e a todas as outras no impresso (fricção, scotch test, solventes, água, etc…) e ainda apresentem boa maquinabilidade. Por maquinabilidade a gente entende que a tinta não vai interferir diretamente na produção e nas velocidades de máquina, impactando pouco nestes quesitos.
A tinta tem que ser compatível com o substato, sistema de secagem e velocidade que queremos desenvolve em nossa máquina.
Por isso afirmar que uma tinta é melhor que outra, uma marca é melhor que a outra é um pouco de fantasia. Todas tem seus prós e contras.
Outro fator interessante quanto a tintas. Muitas vezes temos uma boa tinta, mas o suporte, o atendimento do fornecedor, a logística e o prazo de entregas são ruim, então a gente deixa de comprar.

Por outras vezes a tinta é menos elaborada, com poucos aditivos que auxiliam em secagem, maquinabilidade, resistência, etc., mas o atendimento é legal, prazo de entregas não falha e o suporte do fornecedor é bom, acabamos elegendo esta como melhor tinta (que não deixa de ter um fundo de verdade), mas no conceito “químico” a tinta é inferior a outra que não tem suporte.
Concluindo: a melhor tinta é aquela que atende nossos requisitos de qualidade com a resistência e o rendimento mínimo esperados pelo produto e produção a que se destina.

Calculando a engrenagem Helicoidal

Diferente da engrenagem dente reto que é muito simples calcular a engrenagem helicoidal requer um pouco mais de conhecimento matemático e até de trigonometria.
A engrenagem helicoidal explicando de forma bem simples é como se fosse um plano inclinado, veja o desenho abaixo:
Esta inclinação que permite para a engrenagem helicoidal fazer os ajustes longitudinal de registro (para cima ou para baixo), com a máquina em movimento (em tempo real).
Mas cada fabricante adota um ângulo para suas engrenagens não havendo uma padronização.
O mais próximo da padronização que existe para banda estreita é o uso do DP26 (diametral pitch 26). Agora na hora de processar o ângulo temos variações desde 12° até 20° sendo que alguns fabricantes procuram achar uma inclinação (grau por assim dizer) que na fabricação da engrenagem esta fique com exatamente o mesmo diâmetro das engrenagens dente reto. Desta forma o cliente poderá aproveitar as mesmas facas e tamanhos de engrenagens e até porta clichês que já possui em sua empresa substituindo somente as engrenagens.
Como falamos no início, calcular engrenagens dente reto é fácil, basta multiplicar o módulo pela quantidade de dentes e temos o diâmetro primitivo, assim:

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Rolos guias.

Guia fixo e rotativo recartilhado em uma Betaflex
Os rolos guias tem duas funções principais nas máquinas flexográficas e rotativas em geral que são:
  • manter o alinhamento do substrato e
  • manter a tensão.
Sem os rolos guias manter a tensão e o alinhamento seria quase impossível, além é claro de que a máquina teria uma forma bem estranha para compensar a falta deles.
Os rolos também permitem que a máquinas seja menor em tamanho e mais precisa nos ajustes, auxiliam na manutenção de registro e facilitam os encaixes de impressão por manterem os substratos (papel, películas, filmes, etc.) mais estáveis durante todo o processo de conversão.
A não muito mais que falar sobre eles somente que podem ser do tipo rotativo e também, muito comum são os fixos, como barras onde o material passa atritando. Estes muito presentes nas máquinas de banda estreita de tambor central e modelos mais antigos ou do tipo midiflex que não possuem alinhadores de banda ou web guides.
Sem os rolos guias seria impossível a impressão com qualidade e em registro. Se a máquina possui mais rolos guias melhor será o alinhamento, tensão no material e registro da máquina e também maior será a possibilidade de alternar a passagem do material para ganhar produtividade.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Contando o que produzimos.

Quando começamos a produção de um trabalho, qualquer que seja ele, precisamos determinar seu total e para saber se atingimos este total fazemos uma contagem. A contagem é realizada automaticamente através de um dispositivo chamado sensor e outro chamado contador.
Os sensores são responsáveis em ler ou enviar um pulso informando que um objeto ou um “contato” foi acionado. O contador por sua vez recebe este pulso ou lê esta informação enviada do sensor e processa ela transformando em um dado que pode ser somado, subtraído, multiplicado ou dividido por um fator matemático e posteriormente a estes cálculos um pequeno visor ou de Display LCD ou de tela de cristal líquido apresenta o valor de metragem ou outro grandeza nele.
Os contadores são importantes ferramentas para que possamos produzir quantidades corretas sem exageros ou sem faltar etiquetas ou embalagens. Sem os contadores seria impossível controlar com exatidão a produção seja de impressos contínuos por meio de metragem ou por unidade no caso de folhas ou unidades de etiquetas em um rolo.
Os sensores podem ser por indução, que leem um objeto metálico, por exemplo um ressalto em um came, infravermelho, por reflexão, ultrassônico, mecânico como é o caso dos switchs e tantos outros. O sensor mais usado na flexografia e em projetos em geral de máquinas gráficas é o indutivo e normalmente o NPN (sinal de saída do sensor é negativo).

A importância do alinhador

As máquinas cortadeiras, impressoras e rebobinadeiras, desde que rotativas claro, tem um princípio de funcionamento baseado em: desenrolar de um lado o material a ser processado e enrolar do outro o material pronto, explicando de forma simples.
Neste ato de desenrolar e enrolar no meio da máquina acontece o processo de conversão e personalização, no caso da impressora. O substrato recebe impressão, cortes, furos, marcas, relevos, vernizes, sobre material e tantos outros processos e acabamento que se desejem ou que a imaginação permite, além é claro do “bolso” do convertedor e do cliente.
Quando temos uma bobina muito bem alinhada (enrolada em paralelismo) o processo de fabricação, tomando-se por princípio que a máquina foi bem construída e alinhada, é bem simples e na mesma posição que a bobina é desenrolada em contraste com a lateral da máquina ela é rebobinada, ou seja, ela sai paralela a uma lateral e é enrolada nesta mesmo paralelismo, tornando-se uma bobina completamente alinhada como a que entrou no processo.
Porém, qualquer pequeno desvio lateral o processo de personalização ou acabamentos de corte ficam prejudicados e acabamos por ver desencaixes. Estes desencaixes lateral são tanto piores quanto o desvio da bobina em relação a seu alinhamento. Isso quer dizer que se a bobina for mal rebobinada, todo e qualquer variação lateral será “copiada” para a bobina rebobinada, então, desvios de 1mm para direita serão também apresentados no rebobinamento 1mm para direita. Isso, lembrando se a máquina estiver totalmente alinhada, caso contrario este desvio poderá ser maior ou menor, dependendo para onde a máquina “puxe” o material no processo.
Voltando, este desvio no rebobinamento pode não parecer muito, mas na impressão teria um desencaixe da primeira para segunda cor de 1mm e isso é muito, é visível e leva a perda do rótulo ou impossibilidade de uso de um formulário que tenha que ser reprocessado em matricial ou impressora térmica.
E o mesmo ocorre com o corte, se este desvio ocorre o corte poderá “degolar” o texto (sangrar o texto também é um termo correto) ou imagem que prejudicariam a leitura ou o layout da embalagem, rótulo ou etiqueta.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Os Rolamentos

Dentre as peças móveis em um equipamento flexográfico, os rolamentos são sem dúvida uma das peças que mantém a máquina girando sem atritos.
Um número surpreendentemente grande de rolamentos pode ser encontrado a nossa volta. Em uma máquina flexográfica tradicional, estas de tambor central para impressão de etiquetas e rótulos de 3 cores tem em média de 55 a 70 rolamentos sem os quais os eixos não poderiam se mover perfeitamente, haveria vibrações, as engrenagens de transmissão não seriam capazes de movimentar suavemente a máquina e proporcionar a impressão.
Os rolamentos podem ser encontrados também em outros equipamentos como por exemplo: Trens; aviões; máquinas de lavar; computadores; satélites e máquinas em geral como rebobinadeiras e máquinas off-set para exemplificar mais algumas do setor gráfico.
Os rolamentos melhoram a funcionalidade das máquinas e ajudam a economizar energia.  Eles também fazem o seu trabalho silenciosamente, em ambientes difíceis, escondidos em máquinas onde não podemos vê-los. No entanto, os rolamentos são cruciais para o funcionamento estável de máquinas e para garantir seu desempenho.
A palavra "rolamento" incorpora o significado de "suportar", no sentido de "apoiar", e "carregar uma carga." Isso se refere ao fato de que os rolamentos de apoio suportam cargas de eixos rotativos.
Os rolamentos mais utilizados em máquinas flexográficas e rebobinadeiras são: rolamentos de esferas e rolamentos de rolos ou roletes. Todos os rolamentos desta categoria basicamente possuem 4 elementos:

sábado, 18 de junho de 2016

Onde são criados os projetos de máquinas?

Kompas 3D, assembly de partes visão explodida
Hoje não se projeta mais máquinas e acessórios em prancheta com tecnígrafos e réguas T, esquadros e compassos.
A tecnologia, os computadores e softwares avançaram tanto que o ato de desenhar ficou simples e acessível a todos. Com investimentos que parte de R0,00 (zero reais) até a casa de centenas ou milhares de dólares é possível ter um bom programa de desenho mecânico, ou como são chamados os CAD (computer aided drafting - computador auxiliando o desenho em uma tradução livre) em seu computador, seja ele Linux, Windows ou Mac. Softwares como o QCad opensource (http://qcad.org/en/qcad-downloads-trial) podem ser baixados gratuitamente para qualquer uma destas plataformas e com ele já é possível criar projetos 2D de engenharia.
Mas hoje, softwares deste tipo estão com os dias contados, isso porque em mecânica ou arquitetura softwares 3D ou paramétricos são mais práticos, fáceis de usar e permitem uma visão 360° e isométrica do que você esta "construindo". Isso mesmo, em softwares paramétricos você constrói peças tridimensionais realísticas com precisão micrométrica e com grande facilidade. O que antes você tinha que construir em pelo menos 3 vistas e depois em uma folha reticulada (malha para desenho isométrico) criava as perspectivas do objeto você faz isso tudo de uma única vez, trabalhando com o sólido.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Qualquer um pode fabricar uma máquina Flexográfica?

Vou pegar emprestado a fala do chef Auguste Gusteau da animação da Disney - Ratatui onde ele dizia: Qualquer um pode cozinhar!
Então, diria que sim, qualquer um pode fabricar uma máquina flexo. Pelo menos de banda estreita.
Mas antes que comecem as críticas e os mais “conservadores” dizendo que isso é impossível vamos as condições pelas quais é possível qualquer um fabricar sua própria máquina flexográfica, e pasmem, com boa economia.
Primeiro, é preciso que você tenha lido meu outro artigo: Como uma máquina flexo nasce?, para entender o que é necessidade e conceito.
Hoje, grande parte das máquinas possuem peças, partes e acessórios terceirizados possibilitando uma grande facilidade na montagem (já que muitas são padronizados internacionalmente) e rapidez transformando as fábricas em montadoras, assemelhando-se as indústrias de automóveis.
Partindo-se do princípio que você já tenha lido o artigo mencionado anteriormente construir uma máquina flexo, com as “próprias mãos” é sim possível, mas temos que seguir os passos a seguir.
IMPORTANTE: se você não é projetista, não entende nada de projetos ou não tem uma oficina de usinagem “no fundo de sua casa” como eu tenho, todos os passos a seguir são importantes e a escolha do projeto mais ainda.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A ENGRENAGEM

A engrenagem é uma figura geométrica, tridimensional, um polígono de muitas faces. A engrenagem, esta roda dentada que permite acoplar, transmitir força e movimento a eixos é fundamental nas máquinas e equipamentos.
Há engrenagens em tudo que possamos imaginar (desde que necessitemos de movimentos), na bicicleta (engrenagem de corrente – coras e catracas), nos carros (caixa de câmbio, diferencial), nos portões automáticos de garagens (engrenagens e cremalheira), nos redutores (cora e sem fim) e é claro nas máquinas gráficas e em especial na flexografia.
As engrenagens são de dois tipos principais em flexografia:
  • Dentes helicoidal ( e não eliquidal ou eliquiodal como muitos pronunciam) que possui uma inclinação ou ângulo nos seus dentes (angular em relação ao eixo);
  • Dentes reto, onde o dente é reto ou paralelo ao eixo.
As engrenagens dente reto são mais populares e utilizadas em grande parte das máquinas de banda estreita tambor central fabricadas até o ano de 2005 onde uma grande procura e a popularidade da Helicoidal ganhou espaço. Hoje é raro uma máquina tambor central ser fabricada com engrenagens dente reto.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O cilindro porta clichês.

Desenho porta clichê Paramétrico - by Robson Yuri
Para que a impressão ocorra, além da máquina é claro, precisamos de tintas, substratos (papel, filmes plásticos, etc.), dupla face, forma de impressão (clichês) e uma base onde os clichês são montados para serem utilizados na máquina. Esta base é o cilindro porta clichês, um rolo onde através do uso de dupla face (um tipo de fita adesiva que possui cola em ambos os lados) fixamos os clichês em sua superfície muitas vezes circulando todo o perímetro deste.
O cilindro porta clichês para máquinas flexográficas podem ser de 3 tipos:
  • Eixos fixos – o corpo do cilindro possui seu eixo incorporado, fixo ou seja, uma peça única;
  • eixos removíveis – muito comum em flexo de banda estreita modular o corpo do cilindro não possui eixo. Existe um eixo comum que é montado nos cilindros quando este esta pronto para ser utilizado em máquinas;
  • Camisa – muito similar aos cilindros de eixo removível as camisas são corpos de cilindros, geralmente feitos de material composto como fibra de vidro e carbono, que são montados em eixos fixos nas máquinas, o eixo não sai da máquina neste caso é peça integrante dela. Estes sistemas são mais comuns em máquinas de banda larga e de alta produtividade.
Os porta clichês podem ser fabricados em diversos materiais sendo o mais comum, aço e alumínio, onde o alumínio é usado para fabricação do corpo, mas os eixos e ponteiras continuam sendo de aço, mesmo nos eixos fixos, que são introduzidos (montados) no corpo dos cilindros de alumínio através de pressão fixando-se a este por conta das medidas justas (apertadas) entre o furo do cilindro e o eixo criando assim uma peça única impossível de ser desmontada manualmente.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Como uma máquina flexo nasce?

A fabricação de máquinas flexográficas é até bastante simples. São poucas peças (se comparada com uma off-set por exemplo) e com a eletrônica e tecnologia embarcada as peças e engrenagens, cardãs e acoplamentos diminuíram mais ainda.
Mas como uma máquina nasce?
O primeiro passo para se criar uma máquina ou equipamentos é a necessidade. Sem a necessidade não se cria ou executa nada. Tem que existir uma necessidade para que haja o estímulo para criar algo, isso é fato.
O segundo passo é o conceito. O conceito de uma máquina desencadeia uma porção de outros atributos como designer, praticidade, facilidade na operação, materiais, consumo, economia, ergonomia, segurança, cores, dimensão, etc...
Até agora temos duas ideias ainda, que são transferidas para o papel: Necessidade e Conceito. O Conceito ainda pode ser copiado ou clonado ou novo e inovador. A maioria das empresas fabricantes tem por "opção" conceitos copiados ou clonados, ou seja, fazem a cópia de outras máquinas alterando poucas ou quase nenhuma parte ou designer da máquina. Muitos ainda nem sabem porque fabricam ou fazem daquele jeito, somente copiam e fazem igual, mas este não é o foco agora.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Alterantiva aos softwares comerciais de arte

Algumas pessoas e empresas ligadas ao processo de arte, desenho e clicheria acabam por me perguntarem se há uma alternativa de baixo custo ou gratuita para substituir os softwares Corel, Illustratror, Indesign e Photoshop sem ir para a "pirataria".
Bem, existe sim.
Há softwares de baixo custo e também os freewares (livres ou gratuitos) e os open source. Vou falar dos open sources.
Mas antes de falar destes aplicativos vamos as considerações primeiro.

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...