terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O indispensável para uma flexográfica, troqueladora ou rebobinadeira

Muito já evoluimos em tecnologia embarcada desde os tempos das chaves Lombard que de certa forma possibilitavam um motor trifásico mover-se sentido horário e anti-horário com o simples giro de sua alavanca.
Hoje temos inúmeros equipamentos, atuadores, sensores, CLPs, IHMs e tantos outros produtos eletromecânicos e eletrônicos que podem controlar e nos informar em tempo real, minuto a minuto, o desempenho e produtividade de nossa máquina.
Mas, por mais que existam tantas e inúmeras soluções de automação para máquinas que permitem melhor controle, desempenho e diminuição de falhas no processo por que ainda muitos fabricantes ainda não possuem este produto como de linha ou já incorporados em suas máquinas?
Não existe um só motivo, mas vários, vamos abordar os dois principais:
  • Custo - apesar de muito mais barato que a alguns anos, muitos fabricantes alegam que tecnologia embarcada acaba por aumentar o custo do produto ou da máquina inviabilizando a venda;
  • Falta de conhecimento - que também pode ser considerada em falta de investimento em um profissional que possa dar suporte a implantação destes sistemas embarcados.
Com toda a certeza o segundo (falta de conhecimento) ganha estourado no quesito impedimento. Quando não conheçemos algo somos avessos a esta coisa.
A tecnologia embarcada ou automação das máquinas poderia no mínimo diminir tempos de setup, controlar mais e melhor a produção com informações mais precisas de metragem, velocidade e apontar defeitos nas partes ou setores de um equipamento como por exemplo uma resistência queimada e o setor ou zona em que esta se encontra.
Muitos fabricantes acreditam que se investirem em equipamentos de automação ficarão refens de seus técnicos de eletrônica ou robótica, o que não é verdade.
Refens ficamos (os impressores e empresas) de máquinas com conceitos e tencologias dos anos de 1980 com no máximo um contador de metragem eletrônico e parada automática.
Não só a tencologia embarcada de eletrônica e sensores é pobre, e porque não dizer medíocre, mas a de engenharia e concepção de máquinas ainda segue a velha escola da Montcolor e Vamper (umas das primeiras máquinas flexográficas banda estreita a surgirem no mercado Brasileiro) e as de banda larga temos algumas fabricas ainda com o designer das antigas Brasibérica lá da década de 70.
Podemos no entanto melhorar muito o controle de nossas máquinas com um pouco mais de tecnologia e alguns novos sensores distribuidos em pontos estratégicos que inclusive permitem melhor adequação as normas NR12 de segurança, tudo isso com apenas mais alguns sensores e alguns controladores lógicos.
Claro que um pouco de conhecimento é necessário tanto de mecânica, funcionamento da máquina e dos equipamentos embarcados que se quer colocar, além da programação.
Mas não é nenhum "bicho de sete cabeças" e pode facilmente ser feito até em máquinas já concebidas, como uma tambor central ou modular.
Em minhas experiências e desenvolvimentos já montei algumas soluções para estes tipos de equipamentos com supervisório e comunicação inclusive através de celular e rede TCP/IP
O que isso quer dizer?

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Calculando a velocidade de produção

Logo quando iniciei o blog a alguns anos fiz uma matéria sobre como calcular a velocidade de produção.
A fórmula em sí é bem simples quando nós falamos em flexo, mas acaba por sem mais complexa quando incluimos etapas no processo.
Por exemplo:
Uma flexo que faz 80 metros por minuto tem a capacidade nominal de produzir um total de 4800 metros lineares por hora. Para saber metros quadrados basta multiplicar 4800 X a largura do material. Só para efeito de curiosidade digamos que o material na máquina tenha um metro de largura (1000mm) teríamos nesta máquina uma produção de 4800 metros quadrados.
Bom, mais isso nominal, o real muda um pouco pois temos que calcular não a velocidade total da máquina, mas a velocidade real que é a velocidade total, menos o tempo que ficou parado para trocas, emendas de material, ajustes e limpeza. Esta velocidade chamamos de velocidade média que pode ser calculada pegando o total de horas dividido pela o total da produção. Voltando ao exemplo dos 4800 metros lineares, digamos que para fabricar este total teriamos gasto 2 horas, então, nossa velocidade media ou velocidade real seria de 80/2 que é igual a 40 metros por minuto.
Mas não é tão simples quando temos mais processos em conjunto para terminar um produto.
Por exemplo a etapa de produção na impressora consumiu 2 horas e então vamos para a etapa de rebobinamento, onde vamos pegar a bobina jumbo e fracionar ela em larguras e comprimentos menores para poder ser utilizado pelo cliente.
A fórmula de calcular é a mesma, pegamos a velocidade da máquina e a quantidade produzida por um deteminado tempo e chegamos a um valor.
Digamos que a rebobinadeira seja um pouco mais rápida e faça 80 metros por minutos como velocidade média real, teriamos então mais uma hora para completar a produção em máquina.
Neste momento temos de tempo de máquina para um produto um total de 2 horas de impressão e mais 1 hora de rebobinamento perfazendo um total de 3 horas.
Mas não acabou, a produção só acaba quando tudo estiver devidamente embalado, etiquetado e colocado na porta para ser entregue ou retirado pelo cliente, então temos que calcular a agora o tempo utilizado para a embalagem, etiquetagem e paletização do nosso produto.
Nossa equipe de embalagem leva aproximadamente 40 minutos para fazer esta tarefa de embalar os 4800 metros de material processados pela impressora e rebobinadeira.
Nosso tempo de produção para este dado produto é de:
  • 02 horas de impressão
  • 01 hora de rebobinamento
  • 40 minutos de embalagem

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Cálculo do consumo de tinta

Calcular o consumo de tintas não é lá muito fácil.
A matemática pode nos dár uma ideia geral e valores muito próximos a realidade mas, o desperdício no processo e as variáveis e falta de controle acabam por indicarem um consumo muito maior e ao final veremos que 20% a 30% a mais que o calculado foi consumido e não se sabe onde.
Vazamentos nos tinterios, restos de tintas deixadas nas banheiras, diluições de tintas de forma descontrolada ou sem critérios, erros na formulação das pantones e absorção do substrato além do normal acabam por jogarem por terra todos os estudos matemáticos e físicos sobre propriedades dos líquidos, viscosidade e absorção dos materiais.
Mas, uma luz no fim do túnel pode existir.
As empresas e os colaboradores estão cada vez mais conscientes dos desperdícios e de quanto estes representam de aumento e perdas para a indústria e porque não dizer para o meio ambiente.
Com poucos ajustes e correções e com um acompanhento diário no chão de fábrica os valores obtidos por calculadores de consumo de tinta podem muito bem chegarem a precisão e margem de erro inferior a 10% do consumo estimado.
Lembro no entanto que qualquer fórmula matemática é um indicativo estimado para cálculos e como nos cálculos de metros lineares ou quadrados de substrato correções e acrescimos referentes as perdas no processo devem ser computadas para poder apresentar mais precisamente a realidade.
E foi baseado em uma destas fórmulas e ensaios da indústria gráfica e com algumas pesquisas que cheguei a este aplicativo de cálculo estimado de consumo de tinta por produção de item que apresento agora.
Esta versão foi concebida para Android, esta na sua fase beta e como disse acima com o acompanhamento da produção e algumas correções baseado nas observações de consumo, desperdício e perdas em sua indústria poderá apresentar cálculos muito precisos a você e desta forma poderá programar tanto a compra quanto a liberação de tinta para produção.
O que é o InkCalc?

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Calculando os metros lineares

Após calcular os metros quadrados do material utilizado para uma dada produção de etiquetas ou rótulos ou mesmo outro tipo de impresso você precisa saber a quantiade de metros lineares.
Os metros lineares são necessários para pelo menos duas coisas:
  1. separar corretamente a quantidade de material necessário para impressão;
  2. calcular o tempo de máquina.
Para saber os metros lineares precisamos de alguns dados que, agora incluem também a quantidade de montagem lateral que temos em nosso trabalho (na faca ou no sistema de corte longitudinal) e o esqueleto ou espaço entre estas montagens.
Vamos a um exemplo:
Digamos que eu tenha uma etiquetas 40x40mm para fabricar, para saber qual é a altura da etiqueta correta (que é a soma da altura da etiqueta mais a altura do esqueleto), podemos usar o EscolhaPC conforme mostrado abaixo:

Selecionando a altura da etiqueta, o módulo e a faixa de Z de engrenagem que desejamos nos cálculos


Uma vez que selecionamos o tamanho e a faixa de engrenagem temos uma lista de possibilidades, vemos que o Z41 é o que melhor se adapta com uma montagem de 3 etiquetas na altura (está é a constante ok), e na largura agora quem define é a limitação de largura da minha máquina, a faca e a arte que vou usar. Para uma etiqueta de 40x40mm normalmente para ser produtivo em uma máquina de 160mm largura fazemos uma faca de montagem dupla (duas pistas ou carreiras) com espaço entre carreiras de 4mm pois, após a divisão para separar as carreiras teremos 2mm de esqueleto de um lado e 2mm do outro e a faixa de 2mm do substrado lado direito e esquerdo serão mantidos.
Para calcular então agora nosso comprimento de impressão teremos:
DADOS

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Metros quadrados, como calcular.

Parce obvio mas muita gente no setor ainda não sabe, ou se atrapalha todo ao tentar calcular a metragem utilizada para a produção de etiquetas ou alguma produto que dependa de combinações em metros quadrados.
Vou explicar agora.
DADOS
Antes de mais nada precisamos coletar os dados do trabalho. Vamos supor que iremos fazer uma etiqueta de 100x100mm (largura x comprimento) e que temos um pedido para esta etiqueta de 50.000 (cinquenta mil).
A primeira coisa a fazer é considerar se há ou não esqueleto na altura desta etiqueta. Vamos usar o aplicativo EscolhaPC que desenvolvi para Android para saber em que cilindro porta clichês melhor se adapta o nosso formato e qual o espaço de esqueleto que vamos usar.
O resultado veja abaixo.

Vejamos o que o aplicativo nos diz:
  • altura em mm - colocamos 100mm;
  • engrenamento, digamos que nossa máquina seja módulo 1, então escolhemos M1;
  • Z Egrenagem - que é a quantidade de dentes de engrenagem que temos. Neste caso pedi para fazer uma busca nas possibilidades de 30 até 100 dentes (claro que o programa vai retornar a primeira engrenagem mínima possível, que no caso foi a Z32, pois abaixo disso não cabe os 100mm da altura);
  • apertar botão calcular, efetua os cáculos
  • listagem de possibilidades com os seguintes resultados:
    • Z - indica a engrenagem;
    • Mont.= indica a montagem que cabe na altura, exemplo Mont.=1 (uma montagem altura);
    • Esq.= indica o tamanho em milímetros do esqueleto na altura, no exemplo temos Esq.=0.53mm, ou seja, esqueleto entre as etiquetas na altura é de 0,53mm;
    • Pequeno, IDEAL, Aceitável e Grande - indica se o esqueleto gerado entre o tamanho da etiqueta e o Z escolhido esta dentro de padrões aceitáveis e possíveis para serem utilizados e retirados em máquina;
    • Repeat = indica o comprimento máximo de impressão (perímetro) do cilindro Porta Clichês, baseado no Z escolhido.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Ao declarar o conteúdo da sua encomenda você fere o Art. 151

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Sonegação ou destruição de correspondência
§ 1º - Na mesma pena incorre:
I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica 

Bem, resolvi postar este artigo por conta da nova exigência dos correios da delcaração ou nota fiscal para produtos que devem ser afixadas no exterior de cada encomenda.
A privacidade do comprador fica comprometida e também o contéudo do pacote.
Veja por este lado:
Se você coloca um telefone iPhone para ser entregue pelos Correios, e declarar o que tem dentro e fixar isso do lado de fora, vejam quantos roubos a cargas e caminhos dos Correios passarão a existir, basta olhar as declarações (o meliante é claro), e escolher o que carregar, não precisa pegar o "caminhão todo" leva só o que interessa, fácil a triagem para eles.
Agora, imagina que você é um adepto a o tipo sexo selvagem e compra uns "brinquedinhos" para você, sua privacidade e segredo por assim dizer foi totalmente revelado.
Mais um detalhe, o seu perfil como comprador esta sendo exposto dia a dia para o seu "entregador" (agente dos Correios) que se agir de má fé, poderá fazer um histórico de suas compras, frequência e até gastos, terá seu telefone na declaração, além de outros dados pertinentes ao produto e sobre você que para quem é "hacker" a engenharia social esta totalmente "mastigada" pronta para ou chantagear você, ou para expor você a um saia justa ou pior.
Bem, declarar o conteúdo e expor assim não é uma boa ideia.

Nova regra dos Correios para postagem de encomendas e produtos.

Vender já não é uma tarefa fácil, seja ela de um produto industrializado, remanufaturado, revenda de um artigo ou produto ou mesmo de seus trabalhos manuais como artesanato. Cada dia mais e mais competitivo estão os mercados, mais concorrentes e opções surgem e regras são criadas. Muitas das regras são para preservar e garantir a qualidade dos produtos e serviços, outras, no entanto dificultam o comércio.
Não que eu seja contra a emissão de nota fiscal, muito pelo contrário, mas fica muito difícil para um artesão, que faz seu produto a base de argila ter nota fiscal e até recolher os impostos para uma caneca feita no fundo do seu quintal.
Mas vamos lá, nesta onda de regras novas para 2018 lá vai mais uma que recai sobre as encomendas enviadas pelos Correios (que já não presta um bom serviço a tempos).
Segue o texto na integra retirado do próprio site da instituição.

Apresentação de Nota Fiscal na postagem de encomendas. 

Para cumprir o que determina a legislação tributária, os Correios a partir de 02/01/2018, passarão a exigir no ato da postagem de qualquer encomenda a respectiva Nota Fiscal da mercadoria ou Declaração de Conteúdo.
A obrigatoriedade de cumprimento da legislação tributária vigente é de responsabilidade do remetente.
A postagem de qualquer mercadoria sujeita a tributação, deve ser acompanhada da respectiva nota fiscal, afixada na parte externa da encomenda.
O remetente não contribuinte, quando desprovido de nota fiscal, deve preencher o formulário de Declaração de Conteúdo que também deverá ser afixado na parte externa da encomenda.
A encomenda que não estiver em conformidade com as orientações supracitadas, terá a sua postagem recusada. 

 Ou seja, quem vende no Mercado Live terá no mínimo sua encomenda com um baita atraso ou nem mais poderá comercializá-la por conta disso, quero ver o que farão no futuro com os produtos entregues via download ou baixados pela internet? Esta se tornando cada dia mais complicado trabalhar ou atender os clientes usando a única opção que temos de entrega (não temos concorrentes para os Correios), praticam o preço que desejam, entregam quando querem (atrasos de dias são comuns), isso quando não se perde a mercadoria.

 

Como saber se uma papel é térmico?

Alguns de meus leitores são apenas usuários de etiquetas e rótulos. Outros são fabricantes de máquinas e equipamentos, vendedores de insumos...