- absorção;
- evaporação e
- oxidação.
Sendo que a evaporação e oxidação sempre vão ocorrer e a absorção depende do substrato a ser utilizado.
A oxidação em tintas flexo é a menor das parcelas no processo de cura, mas esta presente. A evaporação sim, esta é o fato que faz com que a tinta atinga o seu ponto de cura e fixação. Somente quanto todo o solvente da tinta é evaporado a tinta é considerada curada.
Agora imaginem, em um dia de verão no Nordeste, onde você montou sua fábrica, lá por volta do meio dia onde a sombra a temperatura chega aos 40ºC com facilidade, o que acontece com a tinta?
Evapora o solvente! Certamente vocês me diriam.
O menor dos problemas é a evaporação no tinteiro do solvente, pois esse, poderá ser compensado com adição de solvente extra, mas isso é um ciclo vicioso, que vai consumir muito solvente ao longo de uma tiragem. Então o que fazer?
O primeiro passo é adequar a tinta a região onde você trabalha, ao comprar uma tinta, converse com seu fornecedor e dê as características de sua região como:
- temperatura média no ano - exemplo, no Ceará a temperatura média no litoral é de 35ºC a 40ºC
- umidade relativa - ainda usando o Ceará como referência média anual no litoral média de 65%
- substrato a imprimir - se é um PP, BOPP, Papel couchê, Monolúcido, transtérmico, etc.
- tipo de tratamento superficial do substrato - quando um filme se é corona ou primer
- Anilox e sistema de entintagem - sim a lineatura do anilox é importante anilox com lineatura alta precisa de pigmentos mais finos (mais moidos) e maior concentração de pigmentos também e o sistema de entintagem é importante pois há diferenças na aplicação causadas por sistemas encapsulados e por doctor-roll.
- velocidade média da máquina para o substrato a ser utilizado - não adianta você dizer que sua máquina "corre" a 100m/min (metros por minuto) se na realidade imprimindo BOPP você só conseguira rodar a 50m/min. Por isso seja honesto consigo mesmo, diga a verdade ao fornecedor, vai poupar um monte de dores de cabeça a você mesmo.
Pronto, com estes detalhes o fornecedor já vai fabricar uma tinta muito próxima a sua realidade que vai precisar de pouca ou nenhuma intervenção do operador para rodar.
Mas lembre-se, a troca ou substituição do solvente por outro pode alterar ou mesmo estragar a tinta, use sempre o solvente recomendado pelo fabricante da tinta para não ter surpresas desagradáveis. Muitos fabricantes até fornecem a formulação do solvente mais adequado para você usar e obter um certa economia na compra destes.
Outro ponto importante o uso de retardador de secagem. Quando a temperatura aumenta na sala de impressão, solventes são perdidos por evaporação, tanto no momento antes da impressão quanto no tinteiro. Isso ocorre porque o solvente é volátil e quanto maior a temperatura maior será a taxa de evaporação do mesmo.
O retardador é um solvente que possui uma taxa de evaporação menor, o que permite que a tinta mantenha suas características de fluidez (viscosidade) e o solvente principal por mais tempo.
Por isso, se sua região é quente, e você esta tendo problemas na impressão o uso de retardador poderá ser a solução.
Uma outra dica é aumentar a velocidade da máquina. Mas esta solução poderá solucionar um problema e criar outros.
Em todas as situações ter os aditivos corretor como: solvente retardador, acelerador, anti-espumante, entre outros é uma prática que facilita o trabalho do operador e aumenta proporcionalmente a qualidade além de diminuir o índice de rejeição na revisão.
CURIOSIDADE: A temperatura não altera somente a secagem ela ainda interfere na viscosidade, tixotropia, aderência e transferência da tinta. Controlar a temperatura na sala de impressão é uma forma de minimizar problemas com a tinta e com substratos já que os papéis também sofrem com o aumento da temperatura e diminuição da umidade relativa do ar.
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