terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Inovar é preciso, contratar também.

 A pelo menos 25 anos estou atuando no segmento flexográfico de banda estreita e observo uma coisa que poucos se dão conta. Há pouca ou nenhuma vontade de mudar.
Não o convertedor, mas o fabricante de máquinas. Máquinas tambor central (poderia citar nomes e marcas, mas acho que todos sabem de quem falo) são todas iguais. Tirando um ou outro fabricante que se destacou e evoluiu um pouco mais agregando acessórios e mudando alguma coisa (mas pouco ok, nada que possa ser dito como inovação) todos os outros são uns tremendos copiadores inveterados.
Sim, isso mesmo, você pega a marca A é exatamente igual a marca B que é igual a marca C.
Os carrinhos de impressão, ou grupos impressores são iguais, a gaiola de corte, o chassi, a BANCADA, etc...
Uma total falta de criatividade, projeto e perspectiva futura. Não há avanços e nenhum respeito a NR12, é a cópia, da cópia da cópia de uma geração de máquinas que fazia sucesso lá pelos anos 80 e proliferaram na década de 90. São pelo menos 30 anos sem mudar um único parafuso.
Concordo (antes dos agentes de defesa destas configurações se manifestarem), que foram incluídas algumas melhorias, mas somente nos acessórios como por exemplo Anilox cerâmico ou sistema de cura UV ou ainda secagem entre cores com lâmpadas IR. Mas isso é "maquiagem", até o próprio operador tem condições de promover estas mudanças sem um único dia de aula de engenharia ou mecânica.
Falta inovação em nossas máquinas, falta os fabricantes investirem em novos projetos, arriscarem e não somente copiarem o que um dia foi sucesso ou só porque o "Zé da Flexo" faz assim e esta ganhando dinheiro.
O que falta para muitos aventureiros na fabricação de máquinas que somente estão copiando ou fabricando a mesma coisa a 20 anos é inovação, ousadia, contratar um profissional de projetos e / ou um impressor ou técnico que poderá contribuir com ideias novas, conceitos novos, soluções reais e funcionais.
Eu em minha estrada pela flexografia já participei de alguns projetos e depois me especializeis em algumas áreas. Acabei estudando muito e outros assuntos além da própria flexografia. Fiz cursos de robótica, eletrônica, mecânica e programação de computadores e CLP tudo isso para entender, contribuir e permanecer no mercado atualizado e inovador.
Novas máquinas, acessórios, dispositivos, complementos e combinações com outros processos surgem a cada dia e são cada vez mais presentes em máquinas flexográficas.
Máquinas importadas hoje possuem CLP, Controles de tensão microprocessados, ajustes de cores automatizados, sistemas de inspeção com correção de cores, ajustes de tom e tudo isso em tempo real.
O que precisamos são de empresários inovadores, investidores e pessoas que acreditem que mais uma ou duas "cabeças" podem contribuir para um novo e inovador equipamento. Também contribuiem para equipamentos mais otimizados, mais econômicos do ponto de vista de construção e consumo de energia e também para que facilitem o dia a dia do operador.

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