segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cobrar ou não o jogo de clichês do cliente?

Cobrar ou não cobrar o jogo de clichês que fizemos para um cliente?
Este é um dilema. E nos dias atuais uma proeza para quem consegue cobrar 100% dos insumos envolvidos na produção de seu cliente.
Mas vamos lá, precisamos de alguma forma recuperar o investimento que fazemos em um cliente.
Há "casos e casos" no tocante a cobrar ou não um insumo envolvido na produção de um cliente e quem deve avaliar isso é o departamento comercial juntamente com o departamento financeiro.
O primeiro ponto a analisar é o potencial do cliente em relação aos trabalhos que este trará ou trás para nós no decorrer de um período. Em alguns casos não cobramos os clichês de um determinado produto desenvolvido, mas em outros trabalhos do mesmo cliente temos a facilidade de aplicar um markup maior, com maior margem compensando o menor preço ou a absorção de algum insumo na construção de um produto anterior.
Outro ponto é o volume mensal do trabalho. Se o trabalho para o qual o clichê foi fabricado tem uma repetitividade mensal ou mesmo trimestral e temos a certeza de que na repetição seremos a empresa eleita para realizar o trabalho a cobrança do clichê pode ser diluída em X número de vezes que o trabalho entra em máquina. Por exemplo:
Um trabalho de cliente que é realizado a cada 3 meses, com volume de 50.000 (cinquenta mil etiquetas) ou 100kg de embalagem PP no caso de banda larga, poderá ter seu custo de clichês diluído em 3 entregas.
Digamos, ainda baseado no exemplo do trabalho citado acima que o custo dos clichês ficaram em torno de R$600,00, teríamos um custo por entrega de R$200,00. Isto quer dizer que serão necessários 3 pedidos (um por trimestre) para recuperar o dinheiro investido nos clichês.
Agora um dos fatores primordiais da cobrança ou não dos clichês são a possibilidade ou não de reutilizar os clichês. Por exemplo, um trabalho de promoção de um produto, para um período ou época do ano que não poderá ser utilizado mais (usaremos uma vez para o trabalho e nunca mais) deverá sim ter o seu custo cobrado, pois nestes casos o clichê pesaria muito no custo de desenvolvimento já que tem seu uso único e como o substrato deverá ser utilizado para atender a demanda do cliente naquele pedido e nada mais.
Trabalhos de embalagens diversas em bobinas - filmes técnicos para embalagens
Então como cobrar?
Bom existem pelo menos 3 formas de se cobrar o clichê do cliente como seguem:
  1. pegar o custo do clichê total, no primeiro pedido, repassar para o cliente destacando-se no orçamento o valor cobrado do clichê. Os próximos pedidos não terão este valor cobrado.
  2. repassar os dados do cliente (com consentimento dele) para a clicheria e esta fazer a cobrança diretamente para o cliente. Neste caso o valor do clichê não será incluído no orçamento e não será repassado valor algum já que a negociação dos clichês (valores, pois o desenvolvimento e de sua responsabilidade), será feita pela clicheria e cliente.
  3. diluir o valor do clichê no custo unitário de cada embalagem, etiqueta, rótulo ou produto. Por exemplo um clichê que custe R$600,00 para impressão de 50.000 etiquetas terá seu custo por etiqueta acrescido em R$0,012. Caso seja uma venda por kg, teríamos para 100kg um acréscimo de R$6,00 a mais por kg de material.
A vantagem de diluir por unidade ou kg é a possibilidade de a cada pedido recuperar 100% do valor investido nos clichês e assim obter uma compensação no caso de ter que refazer um jogo de clichês em caso de desgastes ou dano por algum motivo operacional. Caso não seja necessário refazer os clichês este método de diluir 100% do valor no custo unitário ou por kg de produto acaba por aumentar a liquidez a médio prazo quando há repetições do mesmo trabalho sem alteração.
Espero ter contribuído com este assunto tão importante que é a recuperação do valor investido em insumos para produção de produtos gráficos. Caso tenham dúvidas ou sugestões entrem em contato.

Produção de clichês de fotopolímero em clicheria com sistema FAST.



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