Antigamente, coisa de aproximadamente 25 anos atrás, a dupla face além de não ser tão especializada assim para flexografia tinha seu custo elevado para os trabalhos que na época eram impressos sem lá muita qualidade e voltados para etiquetagem e não rotulagem com é hoje.
Os clichês também eram feitos em "casa mesmo" através de baquelite, clichês de zinco e borracha crua em uma prensa que vulcanizava primeiro o baquelite e posteriormente a borracha dando-lhe o aspecto de um carimbo. A colagem, meu Deus, que habilidade era necessária, pois muitas empresas usam cola de contato, a tal "cola de sapateiro" para unir os clichê por sobre os cilindros. Além de primitivo era uma técnica dominada por poucos, pois uma pequena tensão a borracha estirava e o encaixe ficava totalmente prejudicado, isto ficou no passado.
Hoje, com os clichês de fotopolímero a custos competitivos, prazos de entrega e qualidade primorosas, estabilidade dimensional insuperável se comparado com os clichês de borracha a forma de colagem teve que se adaptar.
Fitas dupla face tradicionais de substrato de papel ou mesmo de poliéster ou vinil já não eram mais adequadas para atender as qualidades obtidas pelos clichês. A dupla face tradicional acabava por prejudicar a qualidade do impresso por conta de sua falta de tecnologia ou especialização para o segmento flexográfico.
As colas eram ineficientes, o que levava ao levantamento das bordas do clichê ou até o descolamento por completo. Sua estabilidade dimensional era ruim, seu resiliência era nula, deformava, não acompanhava as áreas de pressão do clichê e além de tudo transmitiam 100% das vibrações da máquina para o clichê, isso implicava em marcas de engrenagens, granho de pontos excessivos, pontos deformados e tantos outros defeitos.
Empresas fabricantes de fitas adesivas começaram a notar a necessidade e o mercado que era a flexografia e fabricaram fitas especialmente desenvolvidas para este segmento.
O que estas fitas tem de especial?
Muitas são as vantagens e características que estas fitas para flexografia tem que permitem a qualidade na reprodução e mínimos ganhos de pontos, podemos citar:
- adesivo diferenciado - adesivo que tem poder de "pega" diferenciado do lado que fica em contato com o cilindro e do lado que fica em contato com o clichê;
- Fita com densidade e resiliência diferenciados - as fitas possuem densidade (dureza) e resiliência (capacidade de voltar a sua posição inicial após uma pressão sobre determinada área) diferenciadas para atender trabalhos que sejam cromias (só retículas), chapados ou mistos;
- espessura diferenciada - para atender os fabricantes de embalagens, rótulos e também os de corrugados as fitas dupla face possuem diferentes espessuras, sendo o mais comum a 0,38mm ou 0,015";
- resistência maior ao solvente e seus vapores - as fitas dupla face podem trabalhar por horas sob condições extremas onde vapores de solventes (usando tintas a base de solvente) estão muito próximos aos clichês. Seu adesivo mantém as características mantendo o clichê bem fixado;
- minimizam os "ruídos" mecânicos e vibrações dos porta clichês - por serem acolchoadas e possuir as características de densidade e resiliência as fitas absorvem parte das vibrações das máquinas e assim minimizam efeitos danosos na impressão.
Empresas como 3M, Tesa, Pormaflex, Adere,Lohman e outros fabricantes e/ou importadoras disponibilizam no mercado fitas de densidades e espessuras que atenderão você e suas necessidades de impressão com todas perfeição.
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