Há alguns anos falar de impressão digital substituindo a impressão convencional, aquela feita por off-set ou flexografia era motivo de gozação. Hoje no entanto, a impressão digital esta em quase todos os níveis das industrias gráficas e ganhando adeptos em outros campos também.Tudo começou na realidade não na forma de impressora mas nos computadores pessoais. Estes sim começaram a revolução digital levando a facilidade e praticidade de armazenamento de informações, praticidade na digitação e recuperação de textos e imagens e confiabilidade no que foi digitado por conta de softwares auxiliares de correção de textos e ortografia.
Com o advento do PC (personal computer), tivemos uma segunda evolução que aposentou por completa as máquinas de escrever, a impressora matricial.
Agora ficou fácil, bastava recuperar um texto, mandar imprimir e dizer quantas cópias deste ou daquele arquivo ou parte dele, isso mesmo podíamos escolher e dizer qual parte de um texto deveria ser impresso, não era o máximo!
Esta geração de impressoras pouco impactou nas artes gráficas, mas tornou os escritórios muito mais eficientes.
A coisa começou a tomar outro formato quando as impressoras do tipo inkjet apareceram e começaram a reproduzir imagens e textos coloridos. Isso foi um grande avanço, as matriciais faziam textos com um barulho irritantes e imagens, nem pensar. Agora era possível reproduzir imagens e textos sem as bordas serrilhadas com qualidade muito próxima a fotografias. A tecnologia em softwares também foi aprimorada, um pequeno aplicativo que vinha muitas vezes com o PC comprado no supermercado em 01 disquete possuía a capacidade de editar textos, tratar imagens, sobrepor textos e cores... Nossa que legal! E ao alcance de quem qualquer pessoa com ou sem curso de artes gráficas ou noções de diagramação.
Este tipo de equipamento, de baixo custo e a disposição dos escritórios começaram a tirar alguns trabalhos das Tipografias. Cartões de visita, papel timbrado da empresa, fichas e até pequenos guias e manuais começaram a serem impressos nos próprios escritórios. Sem muita noção de diagramação e conceitos de peso gráfico as empresas dispensaram os serviços gráficos em prol da "economia" e praticidade.
Este fato e as constantes evoluções tanto de software e de hardware, a produção em grande escala de microchips também fizeram os custos dos equipamentos ficarem bem acessíveis. As indústrias de impressoras digitais acabaram então por descobrir um novo filão de mercado, o da indústria gráfica.
Neste novo modelo de negócios a concorrência é menor, o custo do equipamento é levado a um nível profissional e por ser de tecnologia mais avançada é um divisor de águas, separando os grandes fabricantes dos fabricantes que brigam por volume de vendas de balcão em equipamentos de escritório.
Hoje, temos empresas como HP, Epson, Xeikon, Trojan, EFI e tantas outras disputando este mercado que antes era destinado a impressoras flexográficas e off-set e agora brigam em mesmo nível de produtividade e qualidade com as digitais.
As tiragens menores por conta de redução de custos e de estoque, produtos personalizados e diferenciados, a necessidade de alterações de rótulos por legislação ou sazonalidade só fazem com que a impressão digital ganhe a cada dia mais e mais espaço.
Claro que existe um ponto de equilíbrio, insumos ainda são um pouco mais caros, as tintas são quase que exclusivas (por exemplo a tinta da HP não serve na Trojan e vise e versa), há limitações de substratos dependendo do equipamento, os investimentos de máquinas e assistência técnica ainda são muito altos se comparado com uma flexo ou off-set plana, mas ainda é vantajoso o seu uso.
Tiragens de 1000 etiquetas para um lançamento de shampoo ou creme para cabelos em BOPP ainda é muito mais barato rodar em digital do que em uma flexo 8 cores com todas as estações UV.
Já uma produção de 50.000 rótulos com aplicação de hot-stamping, cromias e mais uma cor pantone é caso certo para impressão em uma flexográfica modular de pelo menos 8 cores.
Mas então concluindo, o futuro é digital?
Sim, o futuro é sim a impressão digital para grande parte dos impressos hoje conhecidos. diria que em mais 20 anos teremos uma participação de 60% do mercado gráfico tomado por impressoras digitais em todos os níveis da indústria. Medias e grandes tiragens claro que ainda terão a flexografia, rotogravura, off-set como sendo uma das opções mais coerentes, mas pequenas tiragens de rótulos, produtos sob demanda e produtos com um diferencial de personalização serão quase que exclusivamente rodadas em digital.
Você poderá conhecer mais sobre impressoras digitais na APOLO: http://www.apolo.com.br eles possuem uma grande variedade de opções para impressão digital e também comercializam equipamentos flexográficos e off-set. Visite o site, sempre há boas informações sobre o assunto neste site.
FlexografiaTotal é o blog de técnicas, dicas, suporte e informação sobre a flexografia de banda estreita e banda larga.
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