Em um cenário
político desgastado em em crise a economia é a primeira a ser
afetada. Credibilidade é tudo, e a credibilidade na economia e no
pais (em questões de investimento, pois todos querem ter lucros) é,
diria em uma análise particular 80% afetada pelas repercussões de
fracas, sucessos ou escândalos que um governo ou entidade ligada ele
sofre.
Isto interfere na
compra e venda e também nos preços praticados não só por
industrias de fabricação mas a de transformação também.
Então surge
novamente a pergunta de meus amigos, empresários ou clientes de
consultoria ou mesmo na roda de um “bate papo” mais informal,
“Qual é a melhor máquina?”.
Mas tenho que
lembrar que esta pergunta agora não tem só haver com MELHOR, no
sentido de qualidade de construção ou estrutura, mas também em
questão de PREÇOS, qual seria a que atende melhor as quesitos de
qualidade na construção e funcionalidade e também que tenham menor
preço.
E mais uma vez digo
que é uma pergunta bastante complexa e não tem uma única resposta
ou uma resposta correta.
Em um cenário de
crise política e instabilidade tanto no campo financeiro quanto de
negócios, pois ninguém sabe para onde o vento vai soprar e levar
esta terra descoberta por Cabral, temos que avaliar outros pontos aos
que já em blogs anteriores já discutimos aqui.
Mas como regra geral
responder as perguntas abaixo ajuda a chegar no melhor equipamento ou
fornecedor de equipamento.
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O que pretendo produzir com o equipamento? – saber o que deseja produzir ou ter uma meta dos campos ou áreas que se deseja atingir com o equipamento adquirido é um primeiro passo;
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Quais os clientes em potencial para o equipamento? – saber o que se deseja produzir mas não saber quem pode ou vai comprar o que produzimos de nada adianta, ter um plano de negócios ou saber quem são os potencias clientes e seu poder de compra ajuda a dimensionar o tamanho do equipamento e do investimento;
-
Preciso deste equipamento – ou seja, este equipamento é realmente necessário baseado nas respostas das perguntas 1 e 2. Muitas vezes fazemos investimentos desnecessários já que com a compra de alguns acessórios ou reengenharia de nossas máquinas já adquiridas podemos fazer a mesma coisa;
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Qual sera o investimento inicial? – o investimento inicial não é só o preço da máquina, mas todos os insumos adquiridos para que elas funcione no momento de sua instalação. Então falar que uma máquina custa R$50 mil e depois descobrir que para ela rodar precisa de cilindros, engrenagens, facas, tinta, papel, fita dupla-face, cabos para ligação de energia, área livre em nosso galpão para instalação e até operador, o valor inicial pode até dobrar até a data de início de produção.
-
Tenho gente capacitada para funcionar o equipamento? – sei que fugiu um pouco da proposta, mas a melhor máquina depende do melhor operador. Se você não tiver o profissional adequado de nada adianta investir 200 milhões e depois ficar olhando a máquina encostada produzindo 6 a 8 horas mês. Operador é o cara que faz acontecer, investir nele é fundamental ele, diria novamente em uma opinião particular, faz parte do equipamento em um equilíbrio simbiótico, um não funciona sem o outro.
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Este equipamento encontro ele no mercado nacional ou preciso importar? – se você chegou a responder as perguntas de 1 a 4 e também tem certeza que a 5 pode ser resolvida, saber onde comprar é fundamental. Claro que mercado interno tem algumas facilidades de compra, negociação, visitas a fábrica, etc. Mas equipamentos importados são mais completos, possuem boa documentação, prazos de entrega muitas vezes menores que os nacionais e em muitos casos são mais eficientes que muitos equipamentos nacionais.
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Tenho dinheiro para isso, se não tenho alguém me financia? – importante de nada vale uma grande ideia se você não tem como ou quem financie ela. De nada adianta saber tudo do mercado se não tem ninguém que compre isso de você. Se você não tem recursos próprios ter estas respostas de 1 a 6 bem estruturadas e embasadas de dados no papel para apresentar para um banco ou um investidor, fica muito mais difícil.
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O valor investido pode me quebrar? - esta pergunta mereceu o ponto de interrogação. Muitas empresas investem mais do que tem para comprar uma máquina depois não conseguem nem pagar suas prestações ou nem colocam ela para funcionar pois quebraram antes da máquina chegar. O valor de um financiamento não pode ultrapassar os valores de sua arrecadação menos os custos fíxos mês, pelo menos. Então em uma situação hipotética e absurda, se você arrecada R$50 mil mês, paga de custos fixos R$30 mil, sobram R$20 mil. A prestação do equipamento não poderia nunca ultrapassar 80% deste valor de sobra ou seja R$16 mil reais. Mas lembre-se isso numa situação hipotética e absurda ok, seus cálculos devem ser revistos e muito bem planilhados para não ter surpresas ou deixar de pagar este ou aquele fornecedor ou mesmo a máquina.
Como disse em tempos
de incertezas como estamos vivendo as perguntas sobre o melhor
equipamento mudam um pouco, são levados em conta além da robustez,
construção, qualidade, conceitos e produtividade do equipamento o
cenário político econômico é a questão chave.
Saber que hoje você
tem uma taxa de juros de X% e manha você acorda com esta taxa 2x%
pode levar você da certeza de uma excelente aquisição para o
desespero de uma venda a qualquer preço só para se livrar de
prestações.
Caso tenha mais
perguntas ou dúvidas é só entrar em contato. flexonews.br@gmail.com
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