Esta sequência de cores a ser impressa é que garante a qualidade da reprodução e as nuances de cores perfeitas.
Em off-set, por exemplo, usamos a tradicional sequência Cyan (C), Magenta (M), Amarelo (Y - de Yellow em Inglês) e Preto (K - de Black do Inglês). Desta sequência surgiu a nomenclatura tão famosa CMYK.
Em flexo a coisa muda um pouco de figura. Por uma questão de transparência de cor e tipo de tinta, concepção de máquina (em torre ou satélite) e pelo próprio processo a sequência CMYK sofreu uma pequena variação.
Em Flexo tradicional temos a impressão das cores mais claras para as mais escuras. Isso quando estamos fazendo impressão externa, ou seja, imprimindo na parte superior do substrato ou lado de fora como muitos impressores costumam dizer no setor de embalagens.
Então temos em cromia a seguinte variação - Amarelo (Y), Magenta (M), Cyan (C) e Preto (K). Para flexográfia teríamos a nomenclatura YMCK, é até difícil de pronunciar. Não se preocupe, pode continuar usando a nomenclatura CMYK que todos vão entender, bastando somente dizer que será flexografia no final.
Esta mudança de ordem de impressão também faz com que os especialistas em tratamento de imagem adotem conceitos um pouco diferentes na hora de rebaixar um pouco o tom ou como chamamos, corrigir a imagem. Por isso é fundamental explicar para o designer em que processo de impressão será realizado o trabalho para que ele assim possa escolher o melhor perfil de tratamento de imagens e correções de ganho de pontos.
Um fato agora curioso. Quando fazemos a impressão interna, ou seja, quando imprimimos um BOPP, um polietileno, polipropileno ou poliéster para embalagens, e esta será feita pelo lado de dentro (após impressão teremos uma laminação, por exemplo) a sequência de impressão deve ser alterada.
Para uma explicação mais simples podemos fazer a comparação de que as coisas aconteceriam inversas pois ao se ver uma embalagem que a impressão foi interna (exemplo os saquinhos de salgadinhos como os da Elma Chips (Marca registrada da PepsiCo) temos a impressão que as cores foram impressas na ordem correta.
Então para uma impressão em material transparente, interna como os de salgadinhos temos que imprimir:
Preto (K), Cyan (C), Magenta (M) e Amarelo (Y). A sequencia ficaria assim KCMY.
Se a impressão interna for feita como a externa (YMCK) as cores terão uma tonalidade opaca e sem brilho.
Uma regrinha que você pode usar como ferramenta.
- Se a impressão for externa (exemplo - etiquetas de papel, rótulos de BOPP adesivados em material metalizado ou branco, sacolas e papéis de presente de materiais opacos) usar a sequência de impressão das cores mais claras para as mais escuras.
- Se a impressão for interna (saquinhos de salgadinhos em materiais transparentes, sacos de produtos como macarrão, feijão, etc.. que tenham laminação) usar a sequencia de impressão das cores mais escuras para as mais claras.
A única exceção está na pantone que dependendo da cor, posição, sobreposição com outras cores e cromia podem então ser impressas primeiro ou por último independente se for uma cor clara ou escura.
Só para recordar ai esta o grupo impressor tradicional da flexografia, composto de:
- Tinteiro - onde a tinta líquida é colocada
- rolo tomador - cilindro revestido de borracha que pega a tinta do tinteiro e leva até o rolo dosador
- rolo dosador anilox - cilindro que faz a dosagem da tinta e entrega uma fina película sobre o clichê
- faca raspadora doctor blade - lâmina que controla a dosagem da tinta juntamente com o anilox
- cilindro porta-clichês - cilindro onde é fixado o clichê (forma de impressão) com auxílio de fita adesiva dupla face
- Substrato - papel, película ou outro material usado para confecção de embalagens, rótulos, etiquetas ou outro produto impresso.
- Rolo contra-pressão - cilindro responsável pela impressão, mantendo o substrato firmemente sobre ele e a uma distância controlada gera pequena pressão entre o material a ser impresso e o cliche previamente recoberto por uma fina camada de tinta.
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