A assistência
técnica ou suporte técnico em todos os segmentos de mercado é alvo
de reclamações. São poucas ou quase raras as empresas que tem um
suporte ou assistência técnica com 100% das qualificações
positivas e o motivo é claro, falta infraestrutura.
Quando falo de
infraestrutura eu falo do conjunto global de ferramentas, pessoas,
tempo e conhecimento em um só local, o local onde o usuário
solicitou a intervenção do suporte.
Seja por telefone,
whatsapp, e-mail, chat ou presencial sempre alguma coisa falta para
completar com excelência a solução do problema do usuário.
O maior problema no
entanto é o conhecimento, ou melhor, a falta dele. O despreparo é
muito grande pelo pessoal de “primeiro contato”, a triagem é mal
feita e o diagnóstico é precário, resultado: Envio de uma solução
que não se aplica ao produto ou ao problema presente no usuário.
Isso é desgastante,
pois quando um usuário de qualquer coisa, seja máquina, carro,
utensílio doméstico, software ou game liga ou busca o suporte a
insatisfação já esta instaurada.
O paradigma esta em
mudar isso, este foco para o lado errado da solução e insatisfação
do cliente.
O ideal no entanto é
que o produto ou serviço seja isento de eventos relacionados ao
suporte, ou seja, livre de problemas.
Mas como garantir um
ótimo serviço de suporte técnico ou assistência técnica?
Primeiro de tudo,
não há como fugir disso, com investimento. E quando falo
investimento não estou falando de investimento só financeiro, mas
de conhecimento, ferramentas e pessoas.
E agora vou dizer
outra verdade, não tem como fazer suporte de graça, alguém deve
pagar por isso, pois suporte custa caro em todos os níveis da
indústria. Eu arrisco dizer que fabricar é mais barato que dar
suporte.
Há duas formas de
dar suporte de “pagar” este investimento e ambas são custeadas
pelo usuário de qualquer produto ou serviço:
-
preço do produto – no preço do produto coloca-se um valor a mais ao custo de venda e fabricação para cobrir eventuais custos de suporte.
-
Contrato de suporte – o contrato de suporte é um valor pago por evento, mensal ou anual para se ter a garantia de atendimento para eventuais problemas ou dúvidas.
Vamos avaliar agora
cada um:
O primeiro modelo é
muito comum em produtos e eletrodomésticos e também em algumas
máquinas onde o custo do produto é acrescido para formar o preço
de venda, prevendo algum tipo de suporte via telefone, chat, e-mail
ou de indenização. Este tipo de modelo é de certa forma ruim,
pois, caso você não tenha problema algum, estará pagando muito
mais caro por um produto do que ele realmente vale. Para se ter uma
ideia este modelo chega a triplicar o preço para o consumidor, não
entendeu vou tentar dar uma ideia do que isso quer dizer:
-
Digamos que o produto, após todos os cálculos de preço de venda, chegaria ao consumidor por R$35,00;
-
Após avaliar através de históricos, beta testes, opiniões de consumidores escolhidos para usarem o produto no seu pré-lançamento e da avaliação dos engenheiros do projeto faz-se uma estimativa de quanto tempo levaria o suporte para solucionar o problema mais simples e qual o tempo levaria para solucionar o problema mais complicado. Após esta análise eles avaliam se o suporte poderia ser (para os dois problemas) dado por: telefone, e-mail, whatsapp, chat, web site, etc ou se é necessário o aparelho ou produto físico para conserto ou avaliação;
-
definido qual será o meio principal de suporte eles avaliam o custo de treinamento do pessoal para poder atender a demanda e quantas pessoas de início serão necessárias e se:
-
contratam call center genérico para fazer a “triagem” e dar os primeiros “toques” de suporte antes de transferirem para um “cara” que saiba realmente o que fazer
-
ou se assuem o setor de assistência e incluem mais este “setor” em sua folha de pagamento e estrutura.
-
-
Agora uma vez que o financeiro “sabe” na teoria e por estimativa o qual ser o gasto baseado na porcentagem de produtos que possam dar defeito ou de usuários leigos que precisariam de auxílio eles dividem isso pela quantidade do lote ou dos lotes a serem fabricados e acrescentam impostos, taxas, correção monetária, custo financeiro e somam aos primeiros R$35,00 do produto, lembram, que mencionei logo no começo.
-
Digamos que este custo seja de R$78,35 para cada aparelho no lote, então o custo de venda será de R$35,00 + R$78,35 = R$113,35 – veja como encareceu o produto.
No segundo modelo,
que mais gosto em todos os sentidos é mais tranquilo pois o preço
do produto recebe um pequeno acréscimo para atender a demanda de um
call center para dúvidas iniciais e redirecionamento de chamada ou
setor e se você realmente deseja o suporte uma taxa para o suporte
momentâneo ou por alguns dias é cobrada ou um contrato de suporte é
enviado para você pagar mensal, trimestral ou anualmente.
Este modelo é muito
adotado pelas empresas de software que hoje em dia praticamente lhe
“dão” o aplicativo de graça ou cobrando uma pequena taxa para
download (pois mídia física nem existe mais) e depois lhe vendem um
pacote se suporte por alguns dólares mensais.
A vantagem é que se
você não precisar do suporte, pagará muito, mas muito mais barato
pela mercadoria. A mesma mercadoria que custaria R$35,00 com a
modalidade de contratação de suporte chegaria para você por uns
R$45,00 ou no máximo R$50,00. Viram a diferença.
Por este motivo
muitos produtos custam tão caro, pelo risco que as empresas correm
por colocá-los no mercado e terem que arcar com a solução do
produto não funcionar.
Mas lembre-se alguns
produtos são caros mesmo, não vá aplicar esta regra para um anel
de ouro ou uma panela.
Outros produtos no
entanto você paga pelo direito de usar o “nome” ou produtos de
grife como é o caso de uma Bolsa Louis Vuitton ou
Giorgio Armani.
Em
máquinas e equipamentos do setor gráfico, em especial o de
flexografia nacional, não vemos uma preocupação tão grande como
vemos com o setor de máquina off-set. Até a postura dos técnicos
de instalação das máquinas e completamente diferente.
Eu
tive a oportunidade de acompanhar em minhas consultorias a instalação
de muitas máquinas e equipamentos, desde pequenas flexo tambor
central nacional até grandes impressoras off-set e flexo de tambor
central banda larga, banda estreita e modular de vindas de vários
países, é gritante a diferença de postura, conhecimento e atenção
que os técnicos dispensam não só com o equipamento que estão
montando, quanto com você usuário ou proprietário da máquina.
Até
as ferramentas que eles trazem para montagem são mínimas, mas,
eficientes. Chaves limpas, nenhuma quebrada ou “remendada” com
fita. Nível de precisão para alinhar a máquina e até, arruelas e
parafusos sobressalentes para eventuais reposições ou trocas.
Fora
que o equipamento vem com manual impresso (para ficar ao “pé da
máquina”) e um em Pendrive completíssimo com a lista de cada
parafusinho, porquinha, lateral, cilindro, eixo, etc.
Em
caso de quebra ou substituição basta pegar a peça, conferir o part
number, ligar para a assistência e pedir. Em alguns dias ou até
horas a peça estará embarcando para você com total segurança e
garantia de que vai funcionar.
Bem,
mas é isso, espero quer a matéria tenha sido esclarecedora sobre
assistência técnica.
Para
saber mais entre em contato.
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