segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Tambor central ou modular?

Muitos empresários do setor de rótulos me perguntam: Investir em uma tambor central ou modular?
A resposta é simples, mas complexa.
Se estou em cima do muro? Não, vão entender ao ler a matéria toda.
Vamos lá, antes de mais nada o que define em que máquina será produzido um trabalho é o próprio trabalho em si.
A quantidade de cores, o substrato, as etapas de acabamento, a quantidade de opções de personalização como cold ou hot-stamping, o tipo de corte e a largura do material são fatores decisivos pela escolha do equipamento.
Um equipamento tambor central mesmo que possua 6 cores no tambor e uma cor extra para aplicação de UV acaba por ser limitada na opção de acessórios e possibilidades entre cores como barra de inversão após a primeira cor não é uma tarefa fácil. A limitação de espaço entre cores também influencia.

Impressora tambor central
Quando falamos em agregar acabamento ou "valor" na etiqueta como aplicação de cold entre cores no tambor central é impossível (bem nada é impossível mas no mínimo muito estranho e de um conceito esquisito).
E o maior limitador do tambor central seja o UV, sim a cura UV entre cores é um ponto que no Brasil ainda é inexistente. Digo no Brasil inexistente pois existe essa possibilidade, como as soluções encontradas em máquinas Letterpress como Labelmen e Kopack.
Bom, os fatores limitadores são sem dúvida os pontos decisivos na escolha de um equipamento.
As vantagens das modulares, como o próprio nome sugere, é a "mobilidade" de poder introduzir, criar e dispor acessórios e o próprio material no interior da máquina.
Máquinas de torre, Stack são muito similares as modulares em linha, possibilitando o uso de acessórios também, só que forma mais limitada em questão de espaço mas com muitas possibilidades.
Impressora torre ou Stack
Mas a "Cesar o que é de Cesar", máquinas tambor central são compactas, ideais para produção de etiquetas de automação, tanto comercial quando industrial. São baratas se comparado com modulares, fáceis de operar, pequenas nas dimensões, as maiores do setor ainda são muito menores em extensão que modulares. Consomem pouca energia e com as tecnologias de hoje de anilox, facas raspadoras incorporadas e maior atenção na sua fabricação permitem a impressão de cromias de boa qualidade.
O custo hora também é bem menor. Devido a inúmeros fatores como o preço da própria máquina e o custo da mão de obra que acaba por assim dizer ser mais "em conta" que ao pago para a operadores de modular.
Sim, isso mesmo, impressores que trabalham com máquinas tambor central tradicionais tem o salário um pouco abaixo dos impressores que se especializaram em rodar modulares.
Mas uma comparação que gosto de fazer é esta:
  • para rodar etiquetas de balança ou automação comercial 40x40mm em papel térmico em modular seria "usar um foguete para atravessar a rua" o custo da produção, a extensão da máquina a própria largura e as dificuldades envolvidas além é claro da oneração da máquina para um trabalho de pouco valor agregado.
  • rodar uma cromia em substrato BOPP, sem tintas UV, com poucos recursos de controle de tensão e rebobinamento e sem ajustes precisos de registro longitudinal e lateral haveria um desperdício dependendo das dificuldades que o impressor encontre na sua tambor central,  podendo levar a uma perda de matéria prima (substrato) superior a 30% do volume total, isso é muita coisa sem contar depois o processo de revisão que condenaria outros 3% a 5% em média.
  • Manter o tom da cor (cobertura) em cromias em uma tambor central, destas mais simples sem bateção (movimento constante de anilox), sem afastamento dos porta clichês e sem o uso de facas de raspagem é muito difícil.
  • O próprio setup de uma tambor central no desenvolvimento de uma cromia já proporciona perdas e dificuldades que em uma modular ou stack seria mínima ou facilitada pelo espaço e acesso a montagem dos anilox, cilindros porta clichês e tinteiros.
    Impressora modular de grande capacidade produtiva e largura útil superior a 300mm
Mas não é para se desesperar, há mercado e trabalhos para ambas as máquinas, seja tambor central, Stack (torre) ou modular. Cabe ao departamento comercial buscar estes trabalhos junto aos clientes e desenvolver da melhor e mais eficiente forma dentro da indústria de conversão as ferramentas e processos para imprimir.
Por este motivo que muitas empresas possuem modulares e também tambor central, aumentando assim as possibilidades de negócios.
Facilidades de montagem de acessórios, trocas de anilox e tinteiros em máquinas modulares.
Setup reduzido, eficiente e prático
Uma curiosidade, até alguns anos atrás (coisa de uns 5 anos) grande parte, diria que mais de 90% das empresas começaram  com a aquisição de uma tambor central. Hoje, no entanto, vemos um procura bem maior de modulares ou outras opções por quem esta iniciando uma atividade no setor.
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