Em minhas
consultorias e visitas a clientes do setor de conversão de etiquetas
e rótulos sempre me perguntam: “Qual é a quantidade mínima
viável para se fabricar etiquetas ou rótulos?”.
Eu digo agora a
vocês o que sempre digo aos meus clientes de consultoria:
Uma, isso mesmo 1,
one, una, un e sei lá mais em que língua podemos escrever.
E a surpresa,
espanto e indignação tomam conta do ambiente e vem a segunda
pergunta com um tom de insatisfação com a primeira resposta e ma afirmação ao final: “Uma
etiqueta? Fica muito caro!”.
Há bom, agora o
problema é preço?
O que ocorre é o
seguinte, uma etiqueta ou rótulo, impresso em flexo, off-set,
rotogravura, serigrafia não importa, é financeiramente viável a
sua fabricação desde que TODOS OS CUSTOS SEJAM PAGOS, por isso o
preço torna-se um problema.
O custo de produção
de uma etiqueta, contando toda a preparação, horas máquina,
desperdício para acerto e impressão e seleção da única etiqueta
que será entregue ao cliente pode ter seu ponto de equilíbrio
equiparado a fabricação de 10.000 (dez mil) etiquetas.
Então qual é a
quantidade mínima, sabendo-se agora que existe um custo de produção?
A quantidade mínima
depende de cada fábrica e cada situação. Você, em sua fábrica,
com suas máquinas, equipe e insumos tem um ponto de equilíbrio que
deve ser descoberto para começar a apresentar orçamentos para o
mercado.
Se você não sabe o
seu ponto de equilíbrio ou qual será o seu o seu mínimo para
faturar, independente da quantidade é melhor você rever todos os
seus custos, pois, ou você está amargando pequeno ou até grandes
prejuízos ou então, com muita sorte, você esta ganhando muito. A
situação mais cômoda seria estar no equilíbrio, que é o que a
maioria das empresas faz, empata.
Ganha-se muito em um
pedido, perde-se no outro, paga-se os custos em mais um e assim vão
levando a vida. Nem ganham muito, mas também não precisam fechar
suas portas.
Rever os custos não
é somente comparar quanto o concorrente esta vendendo em relação
ao seu preço de mercado praticado, mas sim o quanto custa para você
fabricar aquilo.
Através dessas
contas, ajustes, achar o mínimo de tempo para se iniciar um
trabalho, a quantidade média de perda para acertos e ajustes, o
tempo de espera entre o pedido e receber todos os insumos (pois este
tempo é dinheiro, ou não?) é a saída para se ter não só
eficiência na formação de preços mas nos lucros também.
Afinal, as empresas
vivem e contratam baseadas nos seus lucros e progresso e não sobre
seu fracasso e perdas.
Mas a produção
também envolve outros fatores, como a gerência e o PCP. Os gerentes
e pessoas ligadas ao PCP são fundamentais para que os orçamentos e
produtos saiam conforme planejado na mesa de negociação. Ter um
gerente e/ou pessoas no PCP com pouco ou nenhum conhecimento do
processo, sem conhecimentos básicos de produção e do produto e com
zero ou nenhuma atitude de anotar e preparo, mesmo com anos de casa é
melhor não ter nada. Afinal, pagar alguém para não resolver é
como ter um carro sem combustível, pode até ser confortável mas
não leva você a lugar nenhum.
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