terça-feira, 27 de março de 2018

Qual é o mínimo de etiquetas para se fabricar?


Em minhas consultorias e visitas a clientes do setor de conversão de etiquetas e rótulos sempre me perguntam: “Qual é a quantidade mínima viável para se fabricar etiquetas ou rótulos?”.
Eu digo agora a vocês o que sempre digo aos meus clientes de consultoria:
Uma, isso mesmo 1, one, una, un e sei lá mais em que língua podemos escrever.
E a surpresa, espanto e indignação tomam conta do ambiente e vem a segunda pergunta com um tom de insatisfação com a primeira resposta e ma afirmação ao final: “Uma etiqueta? Fica muito caro!”.
Há bom, agora o problema é preço?
O que ocorre é o seguinte, uma etiqueta ou rótulo, impresso em flexo, off-set, rotogravura, serigrafia não importa, é financeiramente viável a sua fabricação desde que TODOS OS CUSTOS SEJAM PAGOS, por isso o preço torna-se um problema.
O custo de produção de uma etiqueta, contando toda a preparação, horas máquina, desperdício para acerto e impressão e seleção da única etiqueta que será entregue ao cliente pode ter seu ponto de equilíbrio equiparado a fabricação de 10.000 (dez mil) etiquetas.
Então qual é a quantidade mínima, sabendo-se agora que existe um custo de produção?
A quantidade mínima depende de cada fábrica e cada situação. Você, em sua fábrica, com suas máquinas, equipe e insumos tem um ponto de equilíbrio que deve ser descoberto para começar a apresentar orçamentos para o mercado.
Se você não sabe o seu ponto de equilíbrio ou qual será o seu o seu mínimo para faturar, independente da quantidade é melhor você rever todos os seus custos, pois, ou você está amargando pequeno ou até grandes prejuízos ou então, com muita sorte, você esta ganhando muito. A situação mais cômoda seria estar no equilíbrio, que é o que a maioria das empresas faz, empata.
Ganha-se muito em um pedido, perde-se no outro, paga-se os custos em mais um e assim vão levando a vida. Nem ganham muito, mas também não precisam fechar suas portas.
Rever os custos não é somente comparar quanto o concorrente esta vendendo em relação ao seu preço de mercado praticado, mas sim o quanto custa para você fabricar aquilo.
Através dessas contas, ajustes, achar o mínimo de tempo para se iniciar um trabalho, a quantidade média de perda para acertos e ajustes, o tempo de espera entre o pedido e receber todos os insumos (pois este tempo é dinheiro, ou não?) é a saída para se ter não só eficiência na formação de preços mas nos lucros também.
Afinal, as empresas vivem e contratam baseadas nos seus lucros e progresso e não sobre seu fracasso e perdas.
Mas a produção também envolve outros fatores, como a gerência e o PCP. Os gerentes e pessoas ligadas ao PCP são fundamentais para que os orçamentos e produtos saiam conforme planejado na mesa de negociação. Ter um gerente e/ou pessoas no PCP com pouco ou nenhum conhecimento do processo, sem conhecimentos básicos de produção e do produto e com zero ou nenhuma atitude de anotar e preparo, mesmo com anos de casa é melhor não ter nada. Afinal, pagar alguém para não resolver é como ter um carro sem combustível, pode até ser confortável mas não leva você a lugar nenhum.

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