sábado, 4 de julho de 2015

A resistência a Luz ou Solidez a Luz.

Este termo é pouco usado pelos fabricantes de etiquetas e até de embalagens em flexografia. As tintas, que são constituídas de pigmentos ou corantes (responsáveis pela cor) possuem, dependendo da origem e tipo destes corantes diferentes resistência a exposição a luz. Esta resistência é mais fácil compreendida quando vemos um impresso, que exposto por alguns dias a luz do Sol (ambiente externo por exemplo) perde sua cor ou muda de tom.
A Solidez a Luz então é a resistência que a cor oferece quando exposta a luz direta do Sol, luz difusa do dia ou até mesmo a exposição de luz artificial.
Este assunto, pouco comentado é polêmico. Tintas com maior resistência são mais caras que tintas com menos resistência e muitos convertedores, não sabendo destas características acabam fabricando embalagens, etiquetas, rótulos, banners, e outros impressos com tintas não apropriadas para estes ambientes.

Em se tratando de Brasil a questão fica mais grave pois temos uma complexidade de condições climáticas devido a nossa extensão continental e aos diversas variações entre a incidência do Sol na região Sul se comparado com o Norte e/ou Nordeste. A umidade relativa e a grande extensão costeira são outros pontos que interferem nos impressos ao longo do tempo, mas que não vou comentar neste artigo.
O que temos que ter em mente é que quando falamos de solidez a luz estamos falando diretamente das características da tinta, do substrato empregado para o projeto gráfico e do impresso em um todo, inclusive em sua aplicação no frasco ou local final para apresentação ao cliente.
Esta propriedade (resistência a luz) é medida por uma escala conhecida como escala de azuis que varia de 1 a 8 graus (um a oito). Os números mais baixos representam menor resistência enquanto o número maior representa maior resistência ou solidez. A medição desta solidez é feita em aparelhos com nomes bem estranhos como o FADE-O-METER ou o XENOTEST que nada mais são que aceleradores do processo de exposição seguindo normas internacionais como a DIN 16525.
Para você ter uma ideia do que isto representa em termos reais vamos a um exemplo hipotético:
Digamos que vamos imprimir um rótulo com uma tinta que possui pigmento com 01 Grau da escala, isso quer dizer que a cor do impresso terá resistência de 02 dias. Já se o pigmento utilizado estiver na escala de 08 graus, o impresso terá uma vida útil (cor, ok) projetada para até 02 anos de exposição a luz solar.
Por este motivo, ao projetar uma embalagem, rótulo, etiquetas, cartuchos, papel de presente, etc.. precisamos definir qual será a resistência ao envelhecimento e a demanda o produto no mercado é um ponto que auxilia na definição deste tempo. O substrato e o adesivo devem também receber especial atenção para que a durabilidade do conjunto seja concordante.
Mas lembre-se que eu comentei no início desta matéria, pigmentos com maior solidez e composições de tintas para atender maior resistência a luz acabam por serem mais caros e o seu uso implica também em materiais como substratos mais nobres, com mais resistência e melhor printabilidade que também auxiliam na elevação dos custos de produção.
No entanto, o resultado é compensador e percebido pelo cliente ao visitar as gôndolas e locais onde estão expostos seus produtos.
Quer mais informações ou precisa de uma consultoria para sua empresa? Entre em contato pelo meu email flexonews.br@gmail.com

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