Este termo é pouco
usado pelos fabricantes de etiquetas e até de embalagens em
flexografia. As tintas, que são constituídas de pigmentos ou
corantes (responsáveis pela cor) possuem, dependendo da origem e
tipo destes corantes diferentes resistência a exposição a luz.
Esta resistência é mais fácil compreendida quando vemos um
impresso, que exposto por alguns dias a luz do Sol (ambiente externo
por exemplo) perde sua cor ou muda de tom.
A Solidez a Luz então
é a resistência que a cor oferece quando exposta a luz direta do
Sol, luz difusa do dia ou até mesmo a exposição de luz artificial.
Este assunto, pouco
comentado é polêmico. Tintas com maior resistência são mais caras
que tintas com menos resistência e muitos convertedores, não
sabendo destas características acabam fabricando embalagens,
etiquetas, rótulos, banners, e outros impressos com tintas não
apropriadas para estes ambientes.
Em se tratando de
Brasil a questão fica mais grave pois temos uma complexidade de
condições climáticas devido a nossa extensão continental e aos
diversas variações entre a incidência do Sol na região Sul se
comparado com o Norte e/ou Nordeste. A umidade relativa e a grande
extensão costeira são outros pontos que interferem nos impressos ao
longo do tempo, mas que não vou comentar neste artigo.
O que temos que ter em
mente é que quando falamos de solidez a luz estamos falando
diretamente das características da tinta, do substrato empregado
para o projeto gráfico e do impresso em um todo, inclusive em sua
aplicação no frasco ou local final para apresentação ao cliente.
Esta propriedade
(resistência a luz) é medida por uma escala conhecida como escala
de azuis que varia de 1 a 8 graus (um a oito). Os números mais
baixos representam menor resistência enquanto o número maior
representa maior resistência ou solidez. A medição desta solidez é
feita em aparelhos com nomes bem estranhos como o FADE-O-METER ou o
XENOTEST que nada mais são que aceleradores do processo de exposição
seguindo normas internacionais como a DIN 16525.
Para você ter uma
ideia do que isto representa em termos reais vamos a um exemplo
hipotético:
Digamos que vamos
imprimir um rótulo com uma tinta que possui pigmento com 01 Grau da
escala, isso quer dizer que a cor do impresso terá resistência de
02 dias. Já se o pigmento utilizado estiver na escala de 08 graus, o
impresso terá uma vida útil (cor, ok) projetada para até 02 anos
de exposição a luz solar.
Por este motivo, ao
projetar uma embalagem, rótulo, etiquetas, cartuchos, papel de
presente, etc.. precisamos definir qual será a resistência ao
envelhecimento e a demanda o produto no mercado é um ponto que
auxilia na definição deste tempo. O substrato e o adesivo devem
também receber especial atenção para que a durabilidade do
conjunto seja concordante.
Mas lembre-se que eu
comentei no início desta matéria, pigmentos com maior solidez e
composições de tintas para atender maior resistência a luz acabam
por serem mais caros e o seu uso implica também em materiais como
substratos mais nobres, com mais resistência e melhor printabilidade
que também auxiliam na elevação dos custos de produção.
No entanto, o resultado
é compensador e percebido pelo cliente ao visitar as gôndolas e
locais onde estão expostos seus produtos.
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