Bomba de circulação de tinta é necessário?
A tinta, no processo de impressão flexográfica, é de forma genérica um líquido de certa viscosidade que flui entre as rolarias do sistema de entintamento da máquina, preenche alvéolos dos cilindros anilox e por capilaridade são transferidas para a superfície do clichê que em contato com o substrato em baixa pressão transferem esta tinta sobre os relevos delimitados formando a imagem.
Tudo isso acontece em segundos, e quanto mais tecnológica e equipada for a máquina tanto mais rápido isso acontece.
As tintas flexográficas de hoje são compostas por diversos produtos como resinas, solventes, pigmentos ou corantes, tornado esta definição a mais simples possível. Em máquinas de banda larga, que possuem grande velocidade e que atualmente todas já possuem sistemas fechados de entintamento (doctor blade encapsulado) a bomba de circulação de tintas é um item de fábrica, não é possível produzir e alimentar de tinta os sistemas sem a bomba.
Por outro lado, em máquinas que usam rolos pescadores (ou mesmo doctor blade de ângulo reverso em sistemas abertos), com tinteiro o uso é facultativo.
Claro que, é muito mais fácil alimentar, controlar a velocidade e manter o pigmento disperso em sistemas que utilizam bombas do que ir alimentando manualmente "caneca a caneca" o tinteiro para manter o nível da tinta em contato com os rolos pescador ou mesmo anilox.
As bombas de tinta ou circulação de tinta tem duas funções básicas.
A primeira e mais obvia, levar a tinta do balde (ou reservatório de maior capacidade) que esta normalmente posicionado ao nível do solo, até o tinteiro. No tinteiro, através de um dreno de nivelamento, a tinta que atinge esse limite retorna para o balde (ou reservatório) em um ciclo contínuo.
A segunda função, e talvez a menos percebida, é manter a tinta em constante agitação e movimento, fazendo com que todos os seus componentes estejam sempre homogeneizados e os pigmentos bem dispersos no veículo da tinta. Também, ao se utilizar uma bomba, toda a diluição com solvente, adicionar retardador ou mesmo um antiespumante (no caso de tintas a base de água) torna-se mais fácil e sem prejuízos de perda de tonalidade por adição de componentes na tinta, comum quando tentamos diluir ou colocar algum aditivos diretamente no tinteiro.
Outro fator que é facilitado quando usamos bombas de tinta é a possibilidade de medição de viscosidade da tinta durante o processo de impressão, saber exatamente em que viscosidade a tinta esta sendo enviada para a maquina e entintando o clichê no momento exato em que se esta efetuando a impressão sem necessidade de paradas.
Tirar amostras e lotes de tintas para o laboratório e controle é facilitado e também a constância e padronização das cores é melhorada.
Por outro lado, utilizar bombas de tintas requer um volume maior desse insumo para a produção. Digamos que sua banheira de tintas (tinteiro) sem bomba as mangueiras mangueiras precisa de 5 litros (banda larga) ou 1 litro (banda estreita) para cobrir e permitir ao sistema a entintagem. Usando uma bomba precisaríamos desse mesmo volume acrescidos de mais alguns litros para preencher as mangueiras e manter o sistema de sucção da bomba submersa o suficiente para que o circuito se alimente e permita a circulação da tinta.
De forma hipotética, se em uma banda larga precisaríamos de 5 litros, com a bomba o mínimo seriam 10 litros, mais a quantidade necessária para rodar o pedido.
Já em banda estreita, a conta seria mais ou menos igual, levando-se em conta o tipo de bomba, volumes do tinteiro e reservatório.
Em banda larga usa-se hoje bombas pneumáticas de diafragma e as elétricas de rotor, já em banda estreita é muito comum as bombas peristáltica e até versões menores de elétricas de rotor.
Conclusão - o uso da bomba é sim uma ótima opção e facilita muito o controle de cor, alimentação e constância no padrão de impressão, seja em banda larga ou banda estreita. Sua implementação e uso é simples e mesmo máquinas mais antigas que não possuem este tipo de suporte (tomadas ou ligações de ar comprimido para alimentação das bombas), é bem simples adaptar.
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