Ruptura do Substrato - Automatização de equipamentos flexográficos.

 Quando estamos em produção, com uma máquina rotativa, uma das piores coisas que pode acontecer é o material se romper e a máquina continuar a ficar rodando. Dependendo do ponto de ruptura (rasgado) do substrato a "lambança" pode ser enorme.


Desde de tambor central sujo de tinta, impressa diversas vezes pela sobreposição da impressões sobre este cilindro, até o enrolamento do substrato em cilindros, porta clichês, rolos anilox e por ai vai.

Os estragos podem ser mínimos como podem atingir a ordem de vários e preciosos reais (R$), se incluirmos a perda de clichês, espalhamento de tinta, perda de substrato e tanto maior o problema quanto maior a velocidade e eventos somatórios que se sucedem a ruptura do substrato.

Estas ruptura em geral ocorrem por alguns motivos como os exemplos mais comuns a seguir:

  • espessura do substrato - quanto mais fino e frágil mais fácil romper
  • absorção a tinta - papel como Flor Post ou mesmo papéis mais finos de 45g/m² a 55g/m² se tornam mais frágeis quanto mais humidade absorvem
  • tensão de estiramento - muita tensão ou pouca tensão.
  • adesão (pega ou colamento) sobre o clichê por conta de não ter afastamento dos grupos impressores em paradas,
  • desalinhamento no interior da máquina
  • golpes ou impactos sofridos pelo substrato
  • sujeira ou irregularidade na rolaria
  • emendas mal feitas ou falta de emenda na bobina
Claro que é mais fácil a ruptura em papéis, e em substratos poliolefínicos (plásticos) o comum é um estiramento com perda de passo de foto célula inclusive.
Para se evitar que a máquina continue "girando" quando a ruptura do substrato ocorre ou quando há falta dele na máquina e só pare quando o operador se der conta, que pode ser tarde de mais, há um método muito simples, fácil de instalar e de configurar que custa muito baratinho, e quando digo barato é mesmo.
Em sua máquina, em alguns pontos estratégicos (ai tem que se estudar cada configuração de máquina e passagem de substrato) instalamos sensores que identificam se naquele ponto existe substrato passando pela máquina ou se este substrato esta com a tensão adequada.
Caso não haja passagem ou a tensão indicada este sensor envia um sinal (ou corta o que esta recebendo, não importa a lógica neste ponto), para um "rélé" que abre, desligando a alimentação do sistema de marcha da máquina. Em uma explicação mais simples é como se estivéssemos instalando botões de STOP Emergência em pontos estratégicos que serão acionados não por um ser humano, mas pelo substrato ou pela falta dele.

Este tipo de solução, simples, prática e rápida de implementar pode ser colocado em diversos pontos como na entrada e interior da máquina, mas também como outras soluções como a verificação do esqueleto (descarte de rebobinamento de corte de etiqeutas), que por vezes, quando se rompe, enrola todo sobre a faca, nos cilindros e eixos guia ou se prendem às etiquetas.
São poucos ou quase nenhum equipamento nacional que tem este dispositivo simples e prático e dos importados que conheço acho que só vi em duas marcas até hoje.
Se quiser saber mais sobre implementações e automação para sua impressora entre em contato flexonews.br@gmail.com, realizo consultoria para o setor flexográfico, banda estreita a mais de 30 anos e fui pioneiro neste segmento.
 

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