segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Designer gráfico qual o caminho a seguir?

Foi-se o tempo em que conhecer bem um software e uma plataforma bastavam para nos dar estabilidade no emprego. Para o designer gráfico de outrora bastava o conhecimento intermediário de Corel Draw e PC Windows para ser contratado por uma indústria de etiquetas ou empresa de embalagens.
Agências publicitárias no entanto usavam o "suprassumo" da tecnologia digital para desenhos e artes, usam MAC (os consagrados Power PC Apple), softwares adobe como Photoshop e Illustrator e eventualmente o Freehand a Macromedia.
Mas o mundo foi mudando, tecnologias e custos mais acessíveis para PCs mais potentes rodando OS Windows e o surgimento de softwares livres como Linux (baseado no Unix) e a Adobe escrevendo também aplicativos para OS Windows como o Photoshop e o Illustrator, fizeram o mundo do designer focado em um único aplicativo mudar.
Recursos diferenciados, filtros melhorados e a incessante competição entre desenvolvedores para obter melhores resultados, recursos e facilidades para o usuários fizeram com que a escolha de plataforma e softwares se torna-se uma questão de "tempo e dinheiro". Claro que a pirataria em torno de softwares baseados em PC popularizou muito mais soluções como a da Corel além é claro da sua aparente facilidade de trabalhar com os atalhos e ferramentas mais simples.
Mas o que realmente conta é que a diversidade de aplicativos e formatos é muito grande e obrigou ao designer a aprender mais de uma ferramenta e trabalhar também com Photoshop, Corel e Illustrator que deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade diária para produção. Agências mandam formatos AI para empresas que trabalham com CDR e depois precisam dar saída em PDF para clicheria poder gerar o arquivo PRN para saída.
Ficou perdido com estas siglas? Então amigo, sinto-lhe informar que seus dias como designer estão contados. Se você não compreendeu nada do que foi dito sobre as extensões dos arquivos ainda a pouco acho uma boa ideia você dar uma pesquisada no Google para abrir sua mente.
Hoje no entanto não basta mais saber trabalhar com o pacote Adobe e Corel precisamos de mais. É cada vez mais constante o uso de ferramentas de modelagem 3D como o 3D Max, Rhino 3D, Blender e Maya para criação de embalagens, objetos, personagens e textos para ilustrações e não só para mídias impressas como também para web e pequenos comerciais e animações (filmes por assim dizer).
O designer gráfico hoje precisa ao menos conhecer estas ferramentas e extensões de arquivo para poder, de alguma forma utilizar os recursos criados por estes softwares para criação de suas artes para impressão.
Você pode não acreditar, mas já a alguns anos muitas agências e empresas nos mais diversos segmentos utilizam a computação gráfica e criações 3D para seus comerciais, folders, designer de embalagens e criação de Mock-up (maquete em tamanho natural) tridimensional com todas as características de cor, formato, curvaturas, ressaltos, depressões, movimentos, etc. A criação de Mock-up pelo processo 3D de designer gráfico além de rápida é muito econômica para as indústrias e pode ser feita tanto com softwares paramétricos 3D de engenharia como Inventor, Kompas, SolidWorks com também com softwares como Maya, Rhino, Blender e 3DMax.
Aprender designer 3D não é difícil, mas se você pensa em modelar (esculpir)  um personagem humanoide por exemplo do "Zero", isso requer muitos anos de prática, conhecimentos extremos de anatomia, proporção, perspectiva, luz e sombra.
Mesmo assim não se preocupe, os softwares de hoje são bem amigáveis, possuem ferramentas com nomes muito similares aos utilizados nos de desenho vetorial como Corel e Illustrator e modelos pré-carregados que poupam um enorme tempo para criação de um personagem pelo processo de extrusão e modelagem ficando para o designer a tarefas mais simples de ajustes como o aumento de um bíceps ou ainda um "narizinho arrebitado", cor dos olhos, tom de pele, entre outros de conceitos de acabamento. Gosto de chamar esta tarefa de "maquiagem", onde damos uma "cara bonita" ao personagem, dando a ele "vida".
Você pode criar qualquer coisa no software 3D com muito realismo. Este realismo tem um nome, é chamado de photorealistic. Vidro, metal, tom de pele, líquidos, plástico, nuvens, texturas de plantas, incorporar imagens (fotos) com os modelos criados, madeira, rochas, etc.
O 3D esta tão presente nos nossos dias que alguns exemplos deixamos  passar despercebidos ao longo dos anos. Estes exemplos usaram e abusaram de criações gráficas e 3D tanto na mídia impressa quanto em comerciais.
  • IPÊ - Assolan - bonequinho em forma de saquinho.
  • Unilever - Confort - família
  • SC-Johnson - Raid Protector - mosquitos
  • Dolly - Dollinho

Abaixo seguem mais exemplos de personagens, produtos e imagens criadas por aplicativos de modelagem 3D:
Criação de embalagem 3D com animação para apresentação virtual ao cliente.

Ambiente criado totalmente em 3D para arquitetura. Muito utilizado em folders de construtoras para promover apartamentos. ideia de utilização de espaço.

Desenho realístico de um veículo para campanha publicitária e criação de folder ou catálogo ou mesmo apresentação 3D virtual (visão 360°) em websites ou comerciais

Desenho 3D isolado da tampinha de garrafa. utilizado para criação de Mock-up 3D virtual.

Imagem photorealistic de furtas sento imersas em líquido (água) os softwares são tão "inteligentes" que simulam gravidade, viscosidade de fluidos e todos os conceitos físicos envolvidos na queda de um objeto na água e os efeitos destes. Não é necessário neste caso usar câmeras de altíssima velocidade para captar o momento, economia de centenas de reais na realização de um comercial ou criação de uma embalagem

Personagem, realística 3D. Pode ser criado para substituir um ator de "caro" para a campanha publicitária em comercias, revistas, impressos, etc.

Criação realística de objetos.



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