quarta-feira, 24 de março de 2021

Mais de um ano em pandemia, o que fazer?

 


"É só uma gripezinha!" Afirmavam alguns, outros, "É tudo intriga e invenção da mídia!", diziam outros. Uns até chegaram a mapear as mortes via registros de cartórios no ano anterior para mostrar que era "normal" morrer a quantidade de gente que morria no início da pandemia em Março e meses seguintes (referindo-me ao ano passado).

Mas a verdade é que o oxigênio, fundamental para vida no planeta já não muito abundante no ar que respiramos (ainda mais com a poluição), nos hospitais se tornou tão ou mais importante que o leito em que muitos estão na esperança de, ao menos, terem uma chance de sobreviver.

A falta de planejamento, a burocracia, o superfaturamento e o descaso nos transformaram em um grande "abatedouro" de vidas humanas, essa é a verdade.

Empresas e comércio reclamam, com razão, mas pouco fazem também para apresentar soluções, somente cobram, cobram e cobram. 

Perceberam que todos conhecem seus direitos? Pergunte a qualquer um sobre algum assunto e os direitos dele ele sabe "de cor e salteado" Tem gente que até a Constituição (que foi reescrita em 88) chegou a ler em tempos de pandemia só em busca dos "meus (ou seus) direitos".

Bem, mas e os deveres? Alguém sabe? Lembra ou respeita?

Sei que esta difícil para quem tem empresa,para quem depende da empresa e para quem é empregado ou prestador de serviços mas, ninguém apresentou uma solução. Sentaram no "meio fio" da responsabilidade e transferiram ela para outros.

Não vi nenhum empresário sugerir um escalonamento de horários, pessoal e dias de trabalho. Não vi nenhum empregado solicitar a alteração de seu horário de trabalho para um que fosse mais cômodo, seguro ou que lhe permitisse manter seu emprego e produção.

O mesmo acontece com lojistas, criticaram de governador a prefeito, de presidente a médicos mas, não apresentaram um plano de funcionamento ou estratégia para driblar o problema. 

Governantes também ficaram, com apoio da burocracia, num jogo de empurra-empurra. Um Governador sugere o fechamento os prefeitos são contra, agora que tudo esta colapsado prefeitos exigem do governador mão forte para fechar comércio, indústria e até transportes e o governador diz que a responsabilidade é do prefeito. Mas a solução não é deste ou daquele governo e sim do coletivo.

Eu em minha humildade de gestão pública e de administração de crises faço uma sugestão bem simples e barata, vejam: ruas de comércio, exemplo a Sta. Efigênia em São Paulo, dias pares abre o lado par da rua e dias ímpares o lado ímpar. As lojas do quarteirão do início da rua funcionam das 7 as 12 no primeiro dia e as do segundo quarteirão (ou quarteirões intercalados) das 13 as 18. e no próximo dia de funcionamento inverte. Isso faria os ônibus, circulação de pessoas e demais envolvidos a reduzirem mais de 60% é uma matemática simples e prática. Todo mundo ganha e continua aberto e funcionando.

Nas indústrias, há muitas que funcionam com apenas 8 funcionários ou até menos, e claro há outras com centenas de funcionários diretos e indiretos. Mas peguemos o exemplo de empresas de etiquetas que tem 5 pessoas isso já contando o entregador e a moça do faturamento. Neste caso o pessoal de vendas, faturamento, escritório poderia com raras exceções trabalhar de casa no Work in Home. O impressor, entregador e outros da produção poderiam ir, mas com a facilidade de poder escolher o horário. 

O entregador seria o menos flexível mas poderia trabalhar em dias alternados.

Não há nada que impede ao impressor ir trabalhar as 9 e sair as 19, que mal há nisso? Ele cumpriria seu horário e também sua produção e estaria indo em um horário mais "tranquilo" no ônibus ou condução.

E se ele quiser trabalhar a noite? que mal há nisso? Isso se chama flexibilização, otimização e readequação.

É isso que deveria ter sido feito desde o início PLANEJAMENTO. E não tentar achar os culpados ou ainda fazer batuque com panela contra o governo X ou Y. É desta forma que se resolvem as coisas com inteligência, com planejamento e com ações simples mas funcionais.

Mas, como sempre digo, é mais fácil procurar um culpado que apresentar a solução. É mais fácil falar de emprego que procurar um trabalho. É melhor reclamar dos outros e suas atitudes que ter atitude e não ter medo de ser criticado.

Enquanto nós (nada de governantes, prefeitos, deputados, etc.. etc..) ficarmos esperando que tudo seja resolvido pelos outros, estaremos sempre as margens da evolução e da solução.

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