terça-feira, 13 de outubro de 2020

Vou montar uma empresa de rótulos e etiquetas!

 


O título não quer dizer que eu, após 35 anos atuando no setor vá ou queira montar uma indústria de etiquetas e rótulos para mim. O título é uma afirmação de alguns investidores que encontrei recentemente durante a pandemia e percebi que estes investidores estão mais "perdidos que cachorro que cai da mudança".

O motivo de estarem perdidos são principalmente dois:

  1. falta de conhecimento do segmento e o principal
  2. não contratar uma pessoa especializada para dar suporte e fazer os estudos de viabilidade necessários para abrir qualquer negócio.

Sim, a falta de conhecimento e principalmente um defeito do "brasileiro" de acreditar que sabe tudo e não precisa de ninguém dizendo o que e como fazer faz com que grande parte destas empresas levam mais tempo que o necessário para "decolar" (dar certo) e gastam muitas vezes mais do que precisam ou compram o que não é tão necessário quanto o apresentado pelos vendedores oportunistas que se aproveitam da falta de conhecimento e por que não dizer "humildade" dos futuros proprietários das indústrias de conversão de etiquetas e rótulos.

Mas, vou dar uma pequena dica, uma impressora só não faz de você "dono" de uma indústria de etiquetas e rótulos.

A coisa toda envolve outros equipamentos e profissionais como por exemplo:

  • antes de pensar em uma impressora tem que pensar em qual o mercado que você vai atuar;
  • uma vez tendo a ideias do mercado, escolha da impressora tem que pensar como dar o acabamento aos produtos impressos;
  • rebobinadeiras, sejam manuais ou elétricas são tão importantes quanto a energia elétrica para fazer sua empresa funcionar;
  • ter um bom computador para criar, ou seja, para a arte e ter softwares originais é no mínimo fundamental para o processo de criação e para começar certo, temos que respeitar os direitos autorais e de propriedades de quem cria aplicativos afinal se usamos para obter lucro nada mais justo que pagar pela ferramenta correto?;
  • funcionário ou colaborador (palavra da moda), sim, não importa se ele é fixo ou freelance tem que optar pelo bom, pelo melhor, pelo que entende e pelo que vai lhe trazer o resultado satisfatório com o mínimo de erros e perdas. Dê oportunidade a quem tem mais de 45 anos, estes caras tem experiência e vivência (se bem que tem alguns que são e continuam sendo mais ou menos, mas isso é em qualquer profissão), mas valorizem quem tem bagagem, quem tem experiência e que também precisam trabalhar e pagar suas contas. Afinal, a "garotada" de hoje não tá muito a fim de trabalhar no pesado, pegando em tintas, graxa, etc... todos eles querem ser Webdesigner, game designer e já querem começar por cima, então no esperem chegar na porta de sua empresa um funcionário com 25 anos, responsável, conhecedor, disposto a trabalhar e que quer "fazer carreira" no seu negócio que isso não vai acontecer ok.
  Bem, conhecimento é tudo, tanto na compra, aquisição, montagem de estratégia e na produção. Sem conhecimento, sem suporte, sem apoio, sem um estudo de viabilidade e do negócio que vai montar, não que vai dar errado, mas demora muito mais obter resultados e gasta-se pelo menos de 2 a 3 vezes a mais. Vejam o exemplo das prefeituras (tirando claro os roubos e desvios), que fazem uma estimativa de 1 milhão e quando terminam (quando chegam a terminar, pois grande parte nem chega a ser entregue) custou 3 ou até 4 milhões.

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