A dúvida nos tempos de hoje são:
- Saio para vender, crio e personalizo etiquetas para meus clientes e ganho um pouco mais sobre o valor agregado ao produto ou
- uso marketplaces, diminuo meu quadro de funcionários e margem de lucro e me especializo em vender etiquetas em branco (sem impressão para automação).
É uma pergunta que muitos pequenos e até médios convertedores estão se fazendo.
Por um lado, personalizar etiquetas e rótulos gera um valor agregado maior, são produtos mais caros, de maior impacto e por vezes com menos concorrentes se comparado investir no mercado de etiquetas brancas de automação e logísticas, as famosas etiquetas brancas.
O mercado de etiquetas brancas cresce a cada dia em velocidade nunca antes vista. Muitas pequenas empresas, pessoas da economia informal e por conta de distânciamento social migraram seus negócios e fontes de renda para as redes sociais, marketplaces e internet. Com isso e com a baixa dos preços (mesmo com dólar quase a R$6,00 no dia em que escrevo esta matéria), nos equipamentos impressores térmicos (impressoras térmicas tipo Aquela do cavalinho das Savanas Africanas) fez com que este mercado ganha-se mais gás.
Porém, não só cresceu o consumo de etiquetas adesivas sem impressão em formatos que variam desde as 33x22mm até as 101,x152mm (4x6 polegadas) até algumas com formatos personalizados mas a venda de impressoras também cresceu.
Uma impressora hoje inkjet com tanque de tinta externo que dá maior economia custa pelo menos R$1.000,00 e uma laser não sai por menos de R$900,00 com sorte. Toner original é impraticável o preço (quase 1/3 do valor da impressora) e tinta original para as impressoras de cartucho individual descartável empata com o preço da impressora.
Isto fez crescer ainda mais a adesão para impressoras térmicas pois:
- você compra uma impressora térmica hoje para impressão de papéis térmicos (sem uso de ribbon) por aproximadamente R$750,00 (uma foguete box, que é muito boa eu uso uma);
- as etiquetas térmicas em rolo custam pelo menos 60% mais barato que as mesmas etiquetas em folha;
- dispensam o uso de ribbon, tinta, toner;
- são de 2 a 3 vezes mais rápidas por impressão de etiqueta que laser e de 3 a 4 vezes mais rápidas que inkjet;
- permitem uma qualidade de impressão de Data Matrix, QR-Code e códigos de barras muito superior a laser e sem comparação com a Inkjet o que é fundamental para o objetivo de agilidade e automação, 95% dos códigos dão leitura em média contra até 90% da laser e 80% da inkjet;
- dão pouca ou nenhuma manutenção, são robustas e funcionam em Windows, Linux e Mac os sem muito esforço.
Mas nem tudo são flores se comparar com as inkjet e laser temos algumas diferenças muito importantes a serem avaliadas:
- qualidade de resolução: estas impressoras térmicas seja do tal cavalinho africano seja uma foguete box tem no máximo 208 DPI de resolução contra no mínimo 600x600 DPI de uma Laser e 1200X600 de uma Inkjet. Para reproduzir textos pequenos e imagens é incomparável (textos pequenos estamos falando de fonte tamanho 6 ou menor);
- Largura útil: ficamos limitados a no máximo 101mm nas térmicas;
- cores de impressão: se for térmica somente preto (apesar de existir papéis térmicos com cores como azul);
- Imagens: péssima qualidade já que tem que reticular e converter para 208dpi perde-se muito, não faz bom degradee serve somente para traço.
Mas, voltando ao foco do título, imprimir o vender etiquetas sem impressão? Eu diria que você tem que avaliar o mercado e seus clientes.
Etiquetas sem impressão são muito mais baratas que as impressas, tem muito mais concorrentes e o preço de venda e lucro estão atrelados ao custo fixo de sua empresa e ao preço que você consegue pagar na matéria prima. Se você compra bem, barato com prazo bom, poderá ter uma liquidez maior na venda, já se você compra caro, com pouco prazo, tem uma venda não tão eficiente usando os canais de vendas online, então sua margem diminui ou até empata.
Outro detalhe a se levar em conta é o custo de envio e embalagens que você tem que considerar e computar e o custo de operação do marketplace que pode variar de 5% sobre o seu custo (no caso de usar seu website e somente o sistema de pagamento do marketplace) até 22% a 26% sobre o preço de venda do produto além é claro dos impostos incidentes na operação de venda caso optar por vender como PJ emitindo nota.
A embalagem não pode ultrapassar 3% sobre o preço de sua venda já contando com todo o sistema de proteção interna das etiquetas (plástico bolha, flocos, etc.).
Então em uma conta rápida teriamos:
- hoje vendendo sem estar no marketplace um produto hipotético custa R$10,00 o rolo ao colocar no Markepalce teriamos:
- R$10,00 do produto (preço de venda normal);
- 16% de custo de exposição e venda do produto no Mercado Livre por exemplo;
- se o seu produto custa menos de R$99,00 o preço de venda é acrescido de R$5,00 que é um valor cobrado para "beneficiar o frete grátis" regras do marketplace citado (até a data que escrevi esta matéria eram estas regras ok);
- custo de embalagem sobre o produto 3%;
- Impostos (recalcular já que o preço final é a soma do frete + taxas) digamos simples nacional em torno de 12% total;
- TOTAL: R$18,99 (dezoito reais e noventa e nove centavos)
Vejam que para vender no marketplace o produto que você comercializa por R$10,00 virou R$18,99 e destes sobram para você os mesmos R$10,00 da venda sem marketplace, mas tem um fator que não foi computado.
Ao vender, no marketplace o frete pode ser obrigatório a você vendedor oferecer gratuito a partir de um determinado valor (no mercado livre é de R$99,00), e para que não incida o frete e você não tenha que pagar por ele tem que saber escolher muito bem a categoria de seu produto, mas ai você perde exposição. É bem complicado entender de "bate e pronto" a lógica e como proceder neste novo sistema de venda que tende a ficar mesmo depois da pandemia.
Ter o apoio de um consultor, experimentar alguns anúncios "piloto", fazer algumas contas ajustes e montar kits ajuda muito a vender e ter menos impacto no preço e assim poder concorrer de forma mais lucrativa e com maior índice de sucesso no mecanismo de venda online.
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