A passagem de material pela máquina é bem simples. Muitas vezes esta passagem pode ter variações conforme a geometria do trabalho ou o tipo de material, podendo ser omitido um ou outro guia na passagem.
A outros casos que devemos alterar o ângulo ou posição do eixo guia para poder facilitar a retirada de um esqueleto ou melhorar a tensão. Não se preocupe, esta é uma prática muito comum em flexografia e em outros processos de impressão rotativas que utilizem material em bobinas. Em geral não passamos o material em barras fixas, salvo claro, as máquinas que possuem guias que não são rotativos. Devemos usar a maior quantidade de guias possível para conduzir o material para o
interior da máquina e para seu rebobinamento ou acabamento. Isto se dá pelo fato que os rolos ou guias auxiliam no alinhamento do material e mantem a tensão constante.
Barras fixas aumentam o atrito, consecutivamente aumentando a tensão. Barras fixas também riscam (danificam) a superfície do substrato levando a uma perda da qualidade. Dica: se você estiver imprimindo e a tinta estiver borrando nos rolos guias, mesmo com a secagem ligada, revestir o cilindro guia com uma folha de lixa. Os grãos da lixa, promovem menor área de contato sobre a superfície da tinta (se comparado ao cilindro liso) e com isso não haverá transferência de tinta. Eixos
guias recartilhados tem esta finalidade. Da mesma forma que a dica acima aplicamos quando há excesso de adesivo ou adesão do esqueleto em rolos guias.
As guias fixas tendem a acumular mais adesivo nos limitadores laterais que as guias rotativas.
Por este motivo você deverá limpá-los a cada troca de bobina evitando assim que o substrato ”prenda” nesta lateral e ocorra ruptura. O excesso de adesivo acumulado nas guias poderá desprender e chegar ao tambor central, rolo infeed ou até mesmo na superfície do clichê. Ao perceber sons com o barulho de pequenos ”tec, tec” a cada evolução do cilindro, diminua a velocidade e observe se há massa de adesivo sobre o tambor central que prende o material.
Manchas e borrões podem ocorrer quando esta massa de adesivo atinge o tambor central sob o substrato ou o clichê nas regiões de imagem. Concluindo: não existe uma fórmula mágica ou uma passagem milagrosa de substrato pelos equipamentos flexo. Muitas passagens são resultados de adaptações e correções efetuadas pelo próprio operador que precisa dar produtividade.
Diferenças na largura de corte de material, desalinhamento de rolos e guias montadas em eixos finos (diâmetro inadequado) podem interferir muito no alinhamento e passagem e resultado final do impresso. Lembre-se que a melhor passagem de material em máquina é aquela que atende a geometria do trabalho, permite maior velocidade de produção e qualidade final dentro dos padrões estabelecidos pelo seu cliente.
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